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Cinco anos de Covid-19: fake news sobre vacinas continuam a circular

Justin Bishop, 13 anos, observa enquanto a enfermeira Jennifer Reyes o inocula com a primeira dose da vacina Pfizer COVID-19 no Mount Sinai South Nassau Vaxmobile, em 2021
Justin Bishop, 13 anos, observa enquanto a enfermeira Jennifer Reyes o inocula com a primeira dose da vacina Pfizer COVID-19 no Mount Sinai South Nassau Vaxmobile, em 2021 Direitos de autor Mary Altaffer/Copyright 2021 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Mary Altaffer/Copyright 2021 The AP. All rights reserved.
De Talyta França
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Cinco anos após o início da pandemia de Covid-19, a desinformação sobre as vacinas ainda circula amplamente nas redes sociais.

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Em fevereiro de 2025, uma nova onda de publicações voltou a espalhar alegações falsas sobre os efeitos colaterais da vacina da Pfizer, afirmando que a farmacêutica teria divulgado uma lista de reações graves, incluindo insuficiência cardíaca e morte súbita. No entanto, essas informações não têm fundamento.  

Publicações falsas no X sugerem que a Pfizer publicou lista de efeitos colaterais da vacina da COVID-19.
Publicações falsas no X sugerem que a Pfizer publicou lista de efeitos colaterais da vacina da COVID-19.Euronews

A Euronews entrou em o com a Pfizer, que negou as alegações. A farmacêutica afirmou que nunca publicou tal lista e esclareceu que todas as informações sobre a segurança e eficácia da vacina contra a Covid-19, assim como de qualquer outro medicamento ou vacina, são periodicamente revistas e atualizadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). 

No site da EMA, pode ser consultado o relatório oficial sobre a vacina, onde são listados os efeitos colaterais conhecidos e mais comuns. Entre eles, destacam-se a dor de cabeça, febre e náusea, que afetam cerca de uma em cada 10 pessoas que tomam a vacina. Estes sintomas são geralmente temporários e não representam risco grave para a saúde.

De acordo com Marco Cavaleri, chefe do departamento de Ameaças à Saúde Pública na EMA, esses são sintomas já vistos durante testes clínicos feitos antes da aprovação da vacina. 

“O que não pôde ser realmente determinado na pré-aprovação nos testes clínicos foram os eventos adversos muito raros”, explicou Cavaleri “E no que diz respeito à vacina de RNA mensageiro, os únicos eventos adversos raros que reconhecemos como causados ​​pelas vacinas são a miocardite e a pericardite.”

É importante notar que, embora tenham sido citados na lista que circulou nas redes sociais, efeitos adversos como miocardite (inflamação no músculo do coração) e paralisia facial ocorrem numa pessoa a cada 10.000 vacinados, de acordo com relatório da EMA. 

Contudo, esses efeitos raros também são associados ao começo das campanhas de vacinação, segundo Cavaleri, quando duas doses da vacina eram aplicadas num curto período de tempo, afetando maioritariamente jovens e adolescentes entre 12 e 25 anos.

“Além desse evento adverso, que é bastante significativo, mesmo que muito raro, não vimos mais nada realmente preocupante com o RNA mensageiro”, disse Cavaleri.

A disseminação de notícias falsas sobre os efeitos colaterais da vacina da Pfizer não parou por aí. Algumas alegações ainda mencionaram outros problemas graves, como insuficiência hepática e morte súbita, mas é importante esclarecer que nenhum desses efeitos está listado nos relatórios oficiais da EMA. 

As autoridades de saúde a nível mundial, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a própria Agência Europeia de Medicamentos, reiteram, nas suas plataformas oficiais, que a vacina da Pfizer é segura e eficaz. Estes órgãos confirmam que os benefícios da vacinação superam amplamente os riscos, e que a monitorização contínua da vacina é feita em todos os Estados-membros da União Europeia. 

"Muitos dos eventos adversos relatados ocorreriam de qualquer maneira, independentemente de a vacina ter sido istrada ou não," disse Cavaleri. “Quando se vacina quase todo o mundo, é inevitável que alguns desses [efeitos] adversos que iriam acontecer de qualquer maneira sejam relatados porque tiveram uma associação temporal com a vacinação, mas não são causados ​​pela vacina.”

Cavaleri afirma que para as vacinas aprovadas pela EMA, o risco benefício é positivo e reitera o comprometimento do órgão com a saúde pública. "Nós, como órgão neutro, não pressionamos por uma coisa ou outra. Só nos importamos com as pessoas, com a sua saúde pública e bem-estar."

Além disso, a Pfizer assegurou em resposta enviada para a Euronews que colabora regularmente com várias autoridades internacionais para monitorizar a segurança dos seus produtos. 

“A Pfizer tem processos robustos para cumprir as suas responsabilidades regulamentares de monitorizar, notificar e analisar de perto todos os eventos adversos e coletar informações relevantes para avaliar quaisquer novos riscos potenciais de segurança que possam estar associados à vacina Covid-19”, disse o porta-voz da Pfizer a Euronews.

Para mais informações sobre o tema e investigações atualizadas, consulte o site da EMA, bem como as diretrizes publicadas pela Organização Mundial da Saúde.

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