Esta semana, debatemos a defesa e segurança na Europa, a guerra tarifária entre Estados Unidos e a União Europeia e ainda a situação política em Portugal, após a queda do governo no Parlamento.
Nesta segunda edição do "Bruxelas, meu amor?" em português, convidamos Rui Faria da Cunha (presidente da Câmara de Comércio Luso-Belga), Rita Siza (jornalista - correspondente do Público) e Paulo Dentinho (jornalista, correspondente da RTP em Bruxelas).
"Esta é uma grande oportunidade para as empresas portuguesas. Como diz um célebre ditado chines, quando sopram ventos de mudança, temos duas possibilidades: ou vamos construir muros ou então moinhos de vento. Se conseguirmos estabelecer parcerias com outras empresas europeias — é fundamental fazer consórcios -- , as empresas vão responder afirmativamente e com qualidade aos desafios que vão surgir pela frente com este rearmamento da Europa", defende Rui Faria da Cunha.
Paulo Dentinho destaca que "esta alteração total da nova istração norte-americana veio pulverizar toda a previsibilidade que estava em cima da mesa e isso faz com que os aliados europeus se interroguem sobre o futuro. Sobre o plano de rearmamento, é preciso medidas para atrair o capital europeu e saber que condições é que o governo português vai dar. Não sabemos e agora ainda menos."
Rita Siza alerta para o risco acrescido quanto à reação da Rússia: "no quadro da NATO, apesar do presidente dos EUA pôr em causa constantemente o respeito pelo artigo 5º da defesa colectiva, os procedimentos estão bastante trabalhados, no caso de ameaça iminente ou até de um ataque direto contra um aliado, e dificilmente os EUA recuariam no seu compromisso com a NATO".
Este debate foi gravado dia 12 de março, em Bruxelas, logo após o chumbo da moção de confiança na Assembleia da República, em Portugal.