"Gaza pertence aos palestinianos e às pessoas que vivem em Gaza", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, em entrevista exclusiva à Euronews.
"Faremos os possíveis para que os palestinianos tenham um futuro pacífico num Estado palestiniano", afirmou José Manuel Albares, ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, em entrevista à Euronews, na qual deixou claro que a Espanha continuará a defender a solução de dois Estados. "Gaza pertence, sem dúvida, aos palestinianos e às pessoas que vivem em Gaza", afirmou José Manuel Albares.
O presidente do Parlamento Europeu manifestou a sua preocupação com os "colonos violentos que matam palestinianos inocentes na Cisjordânia", tendo em conta que isto "é contrário ao direito internacional", e sublinhou a necessidade de a Palestina "estar sob a alçada de uma única Autoridade Palestiniana", que deverá viver "em boa vizinhança com um Israel pacífico". Acrescentou ainda que "a UE tem de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para conseguir implementá-lo".
Em relação ao alívio das sanções à Síria, Albares manifestou o desejo de conseguir "um futuro inclusivo e pacífico para a Síria" e de garantir a "soberania e integridade territorial livre de interferências estrangeiras" do país, mas insistiu na criação das salvaguardas necessárias para garantir os direitos de todas as minorias. "O que eu quero é uma constituição com direitos iguais para todos os sírios, quer sejam mulheres ou homens, incluindo aqueles que pertencem a uma minoria étnica ou religiosa", disse à Euronews.
"amos demasiado tempo a pensar no que os outros dizem ou pensam", disse Albares sobre as declarações de Donald Trump relativamente ao desejo de conquistar a Gronelândia, e acrescentou que "o que realmente importa" é "a união dos europeus em torno dos valores que partilhamos entre nós". O ministrou deixou claro que "a Gronelândia faz parte da integridade territorial da Dinamarca, que é membro da União Europeia".
A Euronews também questionou Albares sobre o facto de Trump ter acusado a Espanha de não cumprir o objetivo da NATO de direcionar 2 % do PIB para a despesa com a defesa. Albares argumentou que a Espanha precisa de manter o ritmo de aumento das despesas com a defesa. "Temos de nos focar nos números absolutos e os números absolutos dizem que, se olharmos para o dinheiro real que estamos a gastar ao invés de olharmos para percentagens, a Espanha é o oitavo contribuinte líquido para a defesa dentro da NATO", afirmou.