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Consulado da Venezuela em Lisboa alvo de ataque com engenho explosivo

Um homem agita uma bandeira durante um protesto dos opositores do presidente venezuelano Nicolas Maduro na véspera da sua tomada de posse para um terceiro mandato em Caracas
Um homem agita uma bandeira durante um protesto dos opositores do presidente venezuelano Nicolas Maduro na véspera da sua tomada de posse para um terceiro mandato em Caracas Direitos de autor Matias Delacroix/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
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De Manuel Ribeiro Roberto Macedonio Vega
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O consulado venezuelano em Lisboa foi alvo de um ataque na noite de sábado por um engenho explosivo. Não há feridos a registar, apenas alguns danos materiais, segundo a Polícia.

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O Consulado Geral da Venezuela em Lisboa foi alvo de um ataque com engenho explosivo no sábado à noite. De acordo com a agência de notícias Lusa, por volta das 22h00 de sábado, uma pessoa ainda não identificada atirou uma “espécie de cocktail molotov” contra a parede do edifício do Consulado Geral da Venezuela em Lisboa.

À Euronews, fonte do Comando Metropolitano da Polícia de Segurança Pública de Lisboa relatou que a PSP foi chamada ao local, no sábado à noite, onde efetuou o respetivo perímetro de segurança, “para preservar as provas” e "chamou os bombeiros". Depois disso, o caso foi de imediato “remetido para a Polícia Judiciária” que está a investigar.

“Nenhuma pessoa foi atingida”, disse outra fonte policial à Lusa que, por sua vez, reporta apenas “danos materiais” naquilo que terá sido “mais um ato simbólico, uma vez que foi contra o edifício", acrescentou a mesma fonte.

O governo venezuelano já reagiu ao ataque ao Consulado Geral, afirmando que “nenhuma agressão ”descontrolada” impedirá a “revolução bolivariana”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano escreveu, na sua conta do Instagram, que “o fascismo atacou com bombas incendiárias o nosso Consulado Geral em Lisboa, Portugal, atacando os serviços prestados aos nossos compatriotas”, afirmou Yván Gil.

“As agressões irracionais de grupos desequilibrados não serão capazes de reverter os avanços da Revolução Bolivariana”, acrescentou o ministro, pedindo às autoridades portuguesas rápida resolução do sucedido. “Agradecemos a rápida intervenção das autoridades portuguesas, que evitou danos maiores. Esperamos que as investigações iniciadas permitam encontrar os responsáveis e apurar as respetivas responsabilidades”, escreveu.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros Português, por sua vez, condenou o ataque ao Consulado Venezuelano e promete mais segurança.

Em nota enviada, e publicada na rede X, o MNE determinou o reforço da segurança à representação venezuelana em Portugal e classificou o sucedido de "um acto intolerável":

Maduro está preparar-se com Cuba e Nicarágua “para o caso de um dia termos de pegar em armas”

Maduro está a preparar-se para “pegar em armas”. Foi o que disse no final do dia de sábado, garantindo que, se tiver de atuar “pela força”, fá-lo-á para se manter no poder.

Trata-se de uma ameaça direta que não tinha sido vista até agora e que faz temer uma possível escalada armada do conflito.

O líder chavista também quis vangloriar-se das suas alianças internacionais, embora só tenha cinco: China, Rússia, Irão, Cuba e Nicarágua. Neste sentido, Nicolás Maduro afirmou que está a preparar-se com estes dois últimos países para uma possível intervenção militar no país.

Entretanto, líderes históricos da América Latina, como os antigos presidentes colombianos Álvaro Uribe e Iván Duque, falaram pela primeira vez de uma possível intervenção de forças internacionais em território venezuelano para pôr fim ao regime bolivariano. Até agora, a possibilidade de um conflito regional desta dimensão não tinha sido considerada.

Uma das chaves é o apoio do exército. As Forças Armadas Nacionais Bolivarianas expressaram “a sua mais enérgica e categórica rejeição das novas sanções impostas”, disse o comandante-em-chefe do país. Esta é, por sua vez, uma demonstração de apoio a Nicolás Maduro.

Venezuela cada vez mais isolada

O ataque aconteceu dias depois da contestada tomada de posse de Nicolas Maduro para um novo mandato de mais seis anos, apesar de a oposição afirmar que não existem provas claras de que tenha vencido as eleições de julho ado.

A oposição venezuelana, liderada por Edmundo Gonzalez e Maria Corina Machado, afirma que "foi consumado um golpe de Estado". Recorde-se que Machado foi detida por um breve período na quinta-feira, quando abandonava uma manifestação em Caracas convocada para tentar impedir que Maduro fosse empossada.

Maduro reúne pouco apoio internacional e a Venezuela está pouco a pouco a isolar-se do mundo. Maduro ordenou recentemente, de forma unilateral, o encerramento de uma grande parte das suas fronteiras. Primeiro bloqueou os postos fronteiriços com a Colômbia, pouco antes da celebração da sua tomada de posse, e agora é a vez do Brasil.

De acordo com um comunicado emitido pelo governo de Lula, “as autoridades venezuelanas estão a fechar a fronteira da Venezuela com o Brasil até segunda-feira, 13 de janeiro”.

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