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Borrell propõe suspensão das conversações políticas UE-Israel devido à guerra de Gaza

Josep Borrell tenciona apresentar a sua proposta na segunda-feira, quando os ministros dos Negócios Estrangeiros se reunirem em Bruxelas.
Josep Borrell tenciona apresentar a sua proposta na segunda-feira, quando os ministros dos Negócios Estrangeiros se reunirem em Bruxelas. Direitos de autor European Union, 2024.
Direitos de autor European Union, 2024.
De Shona MurrayJorge Liboreiro
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A proposta de Josep Borrell, feita tendo em conta as alegadas violações dos direitos humanos, tem grandes probabilidades de ser vetada pelos Estados-membros.

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Josep Borrell, o chefe da política externa da União Europeia, propôs a suspensão formal do diálogo político com Israel devido às alegadas violações dos direitos humanos e do direito internacional na Faixa de Gaza.

A proposta de Borrell foi levantada pela primeira vez durante uma reunião de embaixadores na quarta-feira e será oficialmente apresentada na próxima segunda-feira, quando os ministros dos Negócios Estrangeiros se reunirem em Bruxelas, disseram à Euronews um funcionário da UE e dois diplomatas com conhecimento do processo.

A suspensão do diálogo político depende da unanimidade entre os Estados-membros, pelo que é quase certo que o plano falhe, dadas as fortes divisões em torno da guerra entre Israel e o Hamas.

A maioria das vozes que usaram da palavra durante a reunião expressaram uma opinião negativa, embora nem todos os enviados tenham falado, disseram as fontes à Euronews.

Mas a suspensão, por si só, pode não ser o verdadeiro objetivo de Borrell, cujo mandato está a chegar ao fim. O que o chefe da política externa pretende, sugeriu o funcionário da UE, é obrigar as capitais a declarar inequivocamente a sua posição sobre o comportamento controverso de Israel.

"Trata-se, antes de mais, de um sinal político de que algo não está bem na relação", disse o funcionário, sob condição de anonimato. "Ao mesmo tempo, seria uma forma de forçar Israel a explicar e justificar finalmente as suas ações".

A proposta de Borrell baseia-se no Acordo de Associação UE-Israel, que contém disposições juridicamente vinculativas em matéria de direitos humanos.

No início deste ano, Espanha e Irlanda escreveram uma carta conjunta a exigir uma "revisão urgente" do acordo, tendo em conta a catástrofe humanitária que a campanha militar de Israel provocou na Faixa de Gaza, densamente povoada.

A iniciativa hispano-irlandesa encontrou forte resistência por parte de países como a Alemanha, a Chéquia, a Áustria e a Hungria, considerados entre os mais fortes apoiantes de Israel no bloco. A Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, ignorou-a em grande medida.

Borrell, cujo pensamento está frequentemente alinhado com o de Madrid, nunca esqueceu o pedido conjunto. O alto representante tentou convocar um Conselho de Associação com Israel para discutir o cumprimento do seu acordo com a UE, mas tal ainda não aconteceu.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, mais de 1 700 israelitas e mais de 43 000 palestinianos, incluindo mais de 13 000 crianças palestinianas, foram dados como mortos.

Israel tem sido repetidamente criticado por obstruir a agem de ajuda humanitária e o trabalho da UNRWA, a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos, que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenciona proibir.

"Não há nenhum sítio seguro em Gaza. Incluindo as zonas seguras", disse Scott Anderson, diretor dos assuntos da UNRWA em Gaza, numa entrevista recente à Euronews.

"Infelizmente, todas as partes envolvidas no conflito não estão a respeitar a integridade dos locais que deveriam ser seguros para os civis, incluindo hospitais e escolas".

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