Cerca de 300 recém-nascidos são abandonados, todos os anos, em maternidades na Hungria.
A organização não-governamental Aldeias de Crianças SOS convocou uma manifestação em frente à estação de comboios de Nyugati, em Budapeste, para sensibilizar a população para o elevado número de recém-nascidos que são abandonados no país.
Todos os anos, cerca de 300 recém-nascidos são abandonados em maternidades na Hungria, enquanto o número de famílias de acolhimento continua a ser reduzido devido aos baixos salários. Houve mesmo um ano em que 14 recém-nascidos foram deixados em incubadoras públicas instaladas nas ruas.
Atualmente, faltam cerca de 2.000 pais adotivos no sistema, segundo a ONG. Um problema que se agrava pela demora dos processos de adoção.
Os ativistas deixaram também bonecos a imitar bebés em várias estátuas da capital húngara, para sensibilizarem para opapel das famílias de acolhimento.
A Aldeias de Crianças SOS receia que os recém-nascidos sejam privados da ligação com os pais, do o pele a pele e da amamentação, elementos que a ONG diz serem cruciais para o desenvolvimento de qualquer criança.
“Estimamos que 80% destas crianças não foram abandonadas intencionalmente pelas mães, mas estas não as podiam levar para casa devido às suas condições de vida, por serem pobres ou sem-abrigo”, explicou a porta-voz da Aldeias de Crianças SOS, Gabriella Varró.
Embora muitos dos recém-nascidos abandonados escapem à morte, am os primeiros meses das suas vidas sozinhos em camas de hospital, sem leite materno ou qualquer relação com um progenitor.