No último dia da sua viagem, o líder da Igreja Católica apelou a um "cessar-fogo imediato" nos conflitos que decorrem no Líbano e em Gaza, e exortou os membros do clérigo a não encobrirem crimes sexuais.
O Papa Francisco encerrou a sua viagem ao “coração da Europa”, depois de ar pelo Luxemburgo e pela Bélgica.
O líder da Igreja Católica, que tem manifestado preocupação com a intensificação dos conflitos no Médio Oriente, apelou a um cessar-fogo imediato. Este domingo, criticou o uso "imoral" da força no Líbano e em Gaza, numa tentativa de apelo à moderação por parte de Israel.
Também este domingo, durante uma missa em Bruxelas, o Sumo Pontífice exortou todos os membros da Igreja Católica a nunca encobrirem abusos sexuais, respondendo à indignação causada pelo escândalo que devastou a credibilidade da igreja.
Na sexta-feira, o rei Filipe da Bélgica e o primeiro-ministro belga Alexander De Croo pediram medidas mais concretas a favor das vítimas de abusos sexuais por parte do clero católico. Os crimes sexuais cometidos por clérigos, ao longo de décadas, afetaram mais de 500 pessoas na Bélgica.
Francisco assumiu a vergonha pelos abusos sexuais cometidos no seio da Igreja Católica, bem como pelo seu encobrimento.
A viagem ao Luxemburgo e à Bélgica tinha como objetivo fortalecer a fé Católica nestes países, onde predominava o catolicismo. Na sequência dos recentes escândalos, houve uma queda do número de pessoas que praticam esta religião e que frequentam a igreja no Luxemburgo e na Bélgica.