“Precisamos de aliviar as tensões militares e aproveitar esta oportunidade para exortar todas as partes a seguirem esta via”, afirmou o Chefe da Política Externa da UE, Josep Borrell, durante a sua visita a Beirute.
O Chefe da Política Externa da UE, Josep Borrell, visitou o Líbano na quinta-feira, numa missão para discutir questões regionais no meio da escalada de conflitos no Médio Oriente.
O Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança da UE exortou o Líbano e Israel a trabalharem no sentido de diminuir as tensões ao longo da fronteira, uma vez que membros do grupo militante Hezbollah e militares israelitas levaram a cabo ataques transfronteiriços ao longo da tensa fronteira.
No ano ado, funcionários ocidentais e árabes visitaram Beirute com o objetivo de aliviar as tensões na fronteira entre o Líbano e Israel, mas o Hezbollah declarou que os ataques só cessarão se Israel suspender a sua ofensiva em Gaza.
“Desde a última vez que visitei o Líbano, em janeiro, os tambores da guerra não pararam de ressoar”, disse Borrell aos jornalistas em Beirute, durante uma conferência de imprensa conjunta com o Ministro dos Negócios Estrangeiros libanês, Abdallah Bouhabib.
“Desde então, os receios que eu referi têm vindo a aumentar: mais escalada, receios de que a guerra em Gaza se alastre e receios de um sofrimento humano mais generalizado”, acrescentou.
Borrell também visitou o quartel-general da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) em Naqoura e reuniu-se com as forças de manutenção da paz dos 16 países da UE que contribuem para a força.
De acordo com a Resolução 1701 da UE, que exige a cessação total das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, o apoio do bloco ao povo libanês e uma solução diplomática são cruciais para restaurar a estabilidade.
No ado, Borrell criticou o governo israelita por causa da guerra em Gaza, afirmando que a crise no território palestiniano era uma “tragédia provocada pelo homem”.