Papa Francisco já está em Singapura, o quarto e último destino da sua viagem ao sudeste asiático.
O Papa Francisco aterrou em Singapura esta quarta-feira, às 14:50 (hora local, 6:50 em Lisboa) para a última etapa da sua viagem mais longa e distante.
O sumo pontífice voltou a ser recebido com euforia, tal como tem acontecido nos países asiáticos que visitou nesta digressão, desta vez por um grupo de crianças a dançar.
O Papa recebeu ainda as boas-vindas, logo no aeroporto, do ministro da Cultura, Comunidade e Juventude de Singapura, Edwin Tong, e do Embaixador de Singapura na Santa Sé.
Em Singapura os católicos representam apenas 3,5% (cerca de 176 mil pessoas) e os budistas são o maior grupo religioso, representando cerca de 33%.
Contudo, também existem, ainda que em menor percentagem, muçulmanos (15%), taoístas (11%) e hindus (5%).
A população é composta por cerca de 74% de chineses, 13,5% de malaios e 9% de indianos.
Despedida de Timor-Leste
O Papa chegou a Singapura ainda no rescaldo da apoteótica viagem a Timor-Leste onde, ao contrário de Singapura, mais de 90% da população é católica.
Durante a visita a Timor-Leste, o pontífice celebrou uma missa de terça-feira que juntou uma multidão de 600 mil pessoas - quase metade da população do país - e terminou a visita falando aos jovens timorenses.
O Papa Francisco incitou-os a trabalhar em conjunto para moldarem o futuro do país e a construir sobre os alicerces das gerações mais velhas.
“Avancem com a felicidade da juventude, mas não se esqueçam de uma coisa”, disse Francisco: "Vocês são os herdeiros daqueles que perseveraram na fundação desta nação. Por isso, não percam a vossa memória, a memória daqueles que perseveraram com tanto sacrifício para consolidar esta nação”, declarou, referindo a independência do país em 2002.
Nas observações finais, o Papa avisou a multidão para ter cuidado com os “crocodilos” que chegam à terra e “querem mudar a vossa cultura, a vossa história”, numa aparente referência ao ado colonial de Timor-Leste mas também ao facto de o país se ter tornado aliciante para organizações comerciais internacionais interessadas nas reservas naturais de petróleo e gás, que servem como alicerce da economia timorense.
O Papa Francisco há muito que critica as empresas multinacionais que exploram os países pobres pelos seus recursos naturais em benefício próprio, sem compensar adequadamente a população local ou proteger o ambiente.