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Maduro acusa Borrell de apoiar a guerra em Gaza e faz aumentar as tensões com a UE

O presidente venezuelano Nicolas Maduro fala a apoiantes durante uma manifestação pró-governo, em Caracas, Venezuela, sábado, 17 de agosto de 2024.
O presidente venezuelano Nicolas Maduro fala a apoiantes durante uma manifestação pró-governo, em Caracas, Venezuela, sábado, 17 de agosto de 2024. Direitos de autor Cristian Hernandez/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Cristian Hernandez/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Mared Gwyn Jones
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O presidente da Venezuela dirigiu uma série de insultos a Josep Borrell, depois da União Europeia ter pedido à autoridade eleitoral da Venezuela que publique os resultados das presidenciais de julho.

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Nicolás Maduro lançou uma guerra de palavras contra a União Europeia, depois do bloco ter questionado a decisão do Supremo Tribunal da Venezuela de ratificar a vitória amplamente contestada do presidente venezuelano nas presidenciais de julho.

Num discurso proferido na terça-feira em Caracas, Maduro dirigiu uma série de insultos principalmente contra o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

"Josep Borrell apoia o holocausto palestiniano, é cúmplice do massacre em Gaza. E agora está a apontar as suas armas para a Venezuela", disse Maduro, apesar de Borrell ser amplamente considerado o crítico mais firme da UE em relação à guerra entre Israel e o Hamas.

Maduro afirmou ainda que Borrell também está a ser "desviado" pelos Estados Unidos e que está a instigar uma "guerra aberta contra a Rússia a partir da Ucrânia".

A declaração de Borrell, emitida em nome da UE no sábado, referia que os registos de votação disponíveis ao público, ou "atas", sugerem que o líder da oposição Edmundo González Urrutia "parece ser o vencedor" das eleições presidenciais da Venezuela "por uma maioria significativa".

Borrell também manifestou a sua preocupação com o "agravamento da crise política na Venezuela", onde os apoiantes da oposição política saíram à rua para protestar contra a pretensão de Maduro de obter um terceiro mandato de seis anos como presidente.

A oposição contesta as alegações das autoridades de que Maduro ganhou por pouco as eleições de julho, com 51,2% dos votos, e publicou provas que sugerem que foi derrotado por uma margem de cerca de 3,5 milhões de votos.

Mas o Supremo Tribunal da Venezuela, que é maioritariamente composto por membros leais a Maduro, confirmou a sua reeleição na semana ada. O tribunal alegou que as contagens de votos publicadas online pela oposição, que alegavam que Maduro tinha perdido as eleições por uma esmagadora maioria, foram forjadas.

Os EUA e dez governos latino-americanos chegaram ao ponto de "rejeitar categoricamente" a decisão do tribunal.

UE pediu à autoridade eleitoral da Venezuela para publicar os resultados

A UE questionou a decisão do tribunal e está a pedir à autoridade eleitoral da Venezuela, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que é maioritariamente formada por aliados de Maduro, que publique a repartição completa e verificada dos resultados. Até à data, o CNE ainda não os publicou.

"Só os resultados completos e verificáveis de forma independente serão aceites e reconhecidos para garantir que a vontade do povo venezuelano é respeitada", lê-se na declaração da UE.

"Não é só a União Europeia que tem fortes indícios de que a contagem final da votação (...) não corresponde ao que as autoridades anunciaram", afirmou Peter Stano, porta-voz da UE para os Negócios Estrangeiros, acrescentando que um relatório da ONU também chega à mesma conclusão.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão debater a resposta à crise política no país quando se reunirem em Bruxelas, na quinta-feira. Qualquer declaração ou ação exigirá o apoio unânime dos 27 Estados-membros da UE.

Em julho, a Hungria bloqueou uma primeira declaração dos 27 países que denunciava "irregularidades" na votação presidencial.

"Quinta-feira será uma oportunidade para os Estados-membros trocarem pontos de vista sobre tudo o que aconteceu na Venezuela desde as eleições presidenciais", explicou Stano.

O bloco afirmou recentemente que os apelos a novas sanções eram "prematuros" enquanto a crise política persistisse.

As relações entre a UE e a Venezuela estão desgastadas desde que a UE denunciou a reeleição de Maduro em 2018 como não-livre e injusta, levando o bloco a introduzir sanções como parte dos esforços internacionais para enfraquecer o domínio de Maduro no poder.

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