O primeiro-ministro húngaro foi recebido em Berlim pelo chanceler alemão Olaf Scholz, mas sem grande alarido, uma vez que as relações entre os dois países não atravessam o melhor momento.
E se no sul da Europa a temperatura está elevada, na Alemanha a história parece ser bem diferente. O primeiro-ministro húngaro foi recebido em Berlim pelo chanceler alemão Olaf Scholz sem grande alarido, uma vez que as relações entre os dois países parecem geladas.
Viktor Orban está de visita a Berlim antes de a Hungria assumir a presidência rotativa do Conselho da UE durante seis meses.
O líder populista já tinha estado com Olaf Scholz há dois dias, na quarta-feira, para o jogo de futebol do Euro 24 entre Alemanha-Hungria, mas a política esteve fora da agenda.
Esta é a segunda vez consecutiva que Orbán visita Scholz em Berlim, sem ter direito a uma conferência de imprensa ou a honras militares - formalidade que é normalmente concedida em visitas de Estado.
Embora a presidência do Conselho da UE tenha pouco poder, é ela que escolhe os temas que vão, ou não, para o topo da agenda semanal em Bruxelas.
A adesão de outros Estados-Membros à UE - nomeadamente a Sérvia, a Moldávia e a Ucrânia - será um dos temas fundamental para o governo de Orbán. O líder húngaro também manifestou interesse na integração dos Estados dos Balcãs Ocidentais, em parte devido à sua amizade com a Sérvia. Tanto Orbán como o líder sérvio Aleksandar Vucic são vistos como aliados do líder russo Vladimir Putin.
Orbán tem estado na lista negra da UE no que se refere às políticas de migração da Hungria e à sua posição anti-ucraniana mas, apesar da receção fria, Scholz conseguiu arranjar tempo para se encontrar com Orbán no meio de um dia repleto de reuniões e eventos.
O líder húngaro também visitará a Itália para se encontrar com a líder Giorgia Meloni na próxima semana, uma vez que as decisões sobre os principais cargos da UE serão tomadas no final do mês. Pelo menos 15 dos 27 dirigentes da UE têm de apoiar os candidatos para os próximos cinco anos.