Encontro entre os líderes europeus que deveria servir para fechar os cargos de topo da União Europeia, na noite de segunda-feira, acabou sem acordo.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, parece ainda estar a caminho de um segundo mandato, embora os líderes da UE não tenham conseguido formalmente chegar a acordo sobre quem vai ocupar os cargos de topo, que devem ser decididos após as eleições para o Parlamento Europeu.
Os chefes de Estado e de Governo da UE reuniram-se em Bruxelas pela primeira vez desde as eleições para fazer um balanço dos resultados e discutir potenciais candidatos a três cargos de topo: o Presidente da Comissão Europeia, o Presidente do Conselho Europeu e o Chefe de Política Externa da UE.
António Costa, ex-primeiro-ministro de Portugal, e Kaja Kallas, primeira-ministra da Estónia, são os outros dois nomes na corrida.
O atual presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, adiantou aos jornalistas que ainda há muito mais a discutir.
"Foi uma boa conversa, vai na direção certa, mas não há acordo esta noite nesta fase. Os partidos políticos estão a desempenhar um papel nesta matéria neste momento. Eles fizeram propostas, e teremos a oportunidade nos próximos dias para trabalhar mais e preparar as decisões que precisamos de tomar", afirmou.
As expectativas de um avanço precoce na noite ada eram muito otimistas, mas Ursula von der Leyen ainda segue na "pole position" para se tornar presidente da Comissão Europeia pela segunda vez.
No entanto, as negociações serão difíceis, especialmente com os parceiros de coligação escolhidos, os Verdes e os Socialistas, que querem garantias de que está empenhada no bloco ao centro e não é tentada a avançar para a extrema-direita em direção a grupos que têm vindo a crescer em número.