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Bares e cafés de Bruxelas boicotam Mundial do Catar

Organização do Mundial do Catar tem estado envolta em polémica desde o início
Organização do Mundial do Catar tem estado envolta em polémica desde o início Direitos de autor AP Photo
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Vários estabelecimentos recusam transmitir jogos por causa, por exemplo, da situação dos direitos humanos no país

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Na contagem decrescente para o arranque do Mundial do Catar multiplicam-se os boicotes de cidades, de cafés, bares, de políticos, personalidades ou de empresas.

É assim também em Bruxelas, com os proprietários de vários cafés a dizerem que não vão instalar ecrãs gigantes como de costume.

Alegam razões éticas, sociais e ambientais polémicas, que ensombram o evento.

"É realmente uma soma de vários fatores, desde a forma como o contrato foi atribuído, a escândalos de corrupção, a escândalos relacionados com a construção dos estádios, à escolha do país. A juntar a isso está o absurdo da atual crise energética, com todas as pessoas a questionar-se como vão pagar as contas, enquanto há um campeonato a decorrer em estádios com ar condicionado no meio do deserto", sublinhou Emmanuel Simonis, proprietário do icónico café Caberdouche, em Bruxelas, em entrevista à Euronews.

Simonis diz que os empregados e os clientes alinharam e que está pronto para sentir o impacto financeiro da perda.

Não é caso único. Em cidades como Paris ou Lille, por exemplo, não haverá as tradicionais fanzones.

A Amnistia Internacional fala em mais de 1,5 milhões de migrantes a trabalhar no Catar, grande parte em condições abusivas e desumanas.

Alguns perderam a vida. Motivos que levaram o Parlamento Europeu a aprovar quatro resoluções de alerta sobre a situação no país.

"Tudo o que envolve o Mundial do Catar é uma confusão. O Catar nunca deveria organizar o evento devido à situação do país em matéria de direitos humanos. Não é uma democracia, é altamente problemático. Temos visto algumas melhorias com os direitos dos trabalhadores migrantes, mas isso não devolve a vida de nenhum daqueles que morreu na construção dos estádios durante os primeiros anos. Não sinto vontade de ver o Mundial, apesar de gostar realmente de futebol", referiu Hannah Neumann, eurodeputada alemã do grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia.

O chefe da diplomacia europeia é uma das personalidades que não estará presente.

Josep Borrell tentou pressionar as autoridades do Catar com vários diálogos sobre direitos humanos, mas os problemas parecem persistir.

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