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Irlanda do Norte: entre o mercado britânico e europeu

Irlanda do Norte: entre o mercado britânico e europeu
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Apesar das tensões entre Bruxelas e Londres, Irlanda do Norte pode tornar-se numa plataforma comercial única no mundo, a meio caminho entre dois blocos

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Depois de várias rondas negociais sem sucesso, o Reino Unido e a União Europeia (UE) mantêm um braço-de-ferro pós-"Brexit" por causa do Protocolo da Irlanda do Norte.

A ameaça de uma guerra comercial persiste.

No olho do furacão encontram-se empresas da Irlanda do Norte. As que estão ligadas ao setor da agricultura podem vir a sofrer, em caso de confronto, ainda que nesta contenta todos possam perder alguma coisa, como explicou, em entrevista à Euronews, Victor Chestnett, do sindicato de agricultores Ulster: “Não vejo quaisquer vencedores no caso de existir uma guerra comercial. Isso não quer dizer que não aconteça, mas não antevejo nada de bom para qualquer lado que iniciasse uma guerra comercial para tentar usar qualquer indústria, sejam agricultores ou qualquer outra indústria, como peões num jogo maior. Penso que estaria completamente errado. Não acredito que as pessoas gostassem muito."

À falta de um consenso, o Reino Unido acena com a possibilidade de rutura do Protocolo da Irlanda do Norte.

Adotado depois de um longo processo de divórcio entre Londres e Bruxelas, mantém a Irlanda do Norte na União Aduaneira e no Mercado Único Europeu.

Mas o protocolo também tem sido alvo de críticas por causa da burocracia associada e das barreiras relacionadas com circulação de bens entre o Reino Unido e a Irlanda do Norte.

Bruxelas abriu a porta a mudar algumas regras, o que pode oferecer, de acordo com os especialistas, oportunidades de investimento.

“Tivemos reuniões regulares com o governo canadiano e dos EUA. Disseram: a Irlanda do Norte tem um grande potencial por ter o duplo à UE e ao Reino Unido, sendo um território único no mundo por causa disso. E é por esse motivo que, enquanto comunidade empresarial, não temos dito ao governo: vamos rasgar o Protocolo da Irlanda do Norte, invocar o Artigo 16.º. [Temos] dito antes: vamos chegar a um acordo com a UE e fazê-lo funcionar", referiu Seamus Leheny, da associação comercial Logistics UK.

O protocolo deu à Irlanda do Norte um estatuto especial. O território mantém aberta a fronteira com a República da Irlanda, em nome da paz regional, depois de décadas de conflitos sangrentos.

Mas muitos defensores da comunidade unionista entendem que a relação comercial afeta a identidade britânica.

Por causa disso, tem havido uma escalda da violência sectária.

“As pessoas tomaram medidas bastante drásticas como forma de mostrar a frustração e raiva com o Protocolo da Irlanda do Norte. Não acredito que seja o caminho certo a seguir. Penso que vimos como essa história termina. Não termina muito bem quando há pessoas a pegar em armas de fogo nas ruas da Irlanda do Norte. Sabemos que isso não produz bons resultados”, lembrou Winston Irvine, porta-voz da comunidade unionista.

O Reino Unido quer fazer alterações ao protocolo como, por exemplo, no que respeita ao papel supervisor do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE). Mas para Bruxelas essa é uma linha vermelha.

Uma sondagem da Queens University de Belfast revelou que esse não é grande motivo de preocupação para as pessoas.

Enquanto as partes tentam reconciliar-se, as empresas da Irlanda do Norte continuam a operar na incerteza.

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