{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2019/06/27/breves-de-bruxelas-acordo-comercial-ue-mercosul-mais-perto" }, "headline": "\u0022Breves de Bruxelas\u0022: Acordo comercial UE-Mercosul mais perto?", "description": "\u0022Breves de Bruxelas\u0022: Acordo comercial UE-Mercosul mais perto?", "articleBody": "Os pequenos produtores belgas de carne de vaca temem perder quota de mercado europeu para pa\u00edses como o Brasil, que \u00e9 segundo maior produtor de carne do mundo. Este produto \u00e9 um dos t\u00f3picos mais contenciosos na ronda negocial (t\u00e9cnica e pol\u00edtica) do acordo de livre com\u00e9rcio entre Uni\u00e3o Europeia e Mercosul, esta semana, em Bruxelas. 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A Uni\u00e3o Europeia j\u00e1 \u00e9 um dos maiores parceiros comerciais do Mercorsul, mercado composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Com o acelerar das negocia\u00e7\u00f5es por parte da Comiss\u00e3o Europeia, dois blocos de Estados-membros enviaram cartas ao presidente, Jean-Claude Juncker. Sete pa\u00edses, incluindo Alemanha, Espanha e Portugal, pedem que o acordo seja finalizado o quanto antes poss\u00edvel. Por outro lado, quatro pa\u00edses, incluindo Fran\u00e7a e Pol\u00f3nia, pedem \u0022medidas para proteger a economia rural\u0022. Lutar contra o protecionismo comercial A\u00e7\u00facar, etanol, sumo de laranja, aves dom\u00e9sticas e arroz s\u00e3o outros produtos agr\u00edcolas do Mercosul previstos no acordo, que est\u00e1 a ser negociado h\u00e1 vinte anos. 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Face \u00e0 \u0022regra do mais forte\u0022 que Donald Trump quer impor, n\u00f3s apresentamos uma pol\u00edtica comercial diferente\u0022, disse Inmaculada Rodr\u00edguez-Pi\u00f1ero, eurodeputada socialista espanhola que \u00e9 membro da comiss\u00e3o parlamentar de Com\u00e9rcio. Centenas de organiza\u00e7\u00f5es da sociedade civil, sobretudo ecologistas e de defesa dos direitos humanos, t\u00eam criticado o acordo que foi tema de v\u00e1rias a\u00e7\u00f5es de protesto em Bruxelas, mas os dois blocos querem concluir o mesmo antes da tomada de posse da pr\u00f3xima Comiss\u00e3o Europeia, a 1 de novembro. Este \u00e9 o tema de abertura do programa \u0022Breves de Bruxelas\u0022, que a em revista a atualidade europeia di\u00e1ria. 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"Breves de Bruxelas": Acordo comercial UE-Mercosul mais perto?

Raça "blanc bleu belge" produzida pelo criador Yves-Marie Desbruyères
Raça "blanc bleu belge" produzida pelo criador Yves-Marie Desbruyères Direitos de autor Isabel Marques da Silva/Euronews
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De Isabel Marques da Silva
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"Breves de Bruxelas": Acordo comercial UE-Mercosul mais perto?

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Os pequenos produtores belgas de carne de vaca temem perder quota de mercado europeu para países como o Brasil, que é segundo maior produtor de carne do mundo. Este produto é um dos tópicos mais contenciosos na ronda negocial (técnica e política) do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, esta semana, em Bruxelas.

Yves-Marie Desbruyères está preocupado mesmo que a quota para o bloco sul-americano seja inferior a um por cento da carne de vaca consumida na Europa (900 mil toneladas de quota para oito milhões de toneladas consumidas por ano).

O criador da raça Belgian Bleu Blanc, que tem 180 cabeças numa fazenda em Malles, na região da Valónia, diz que as condições de concorrência não são justas.

"Eu gostaria de poder trabalhar sem subsídios e ter um preço justo pelos nossos produtos. Mas a verdade é que se importarem mais produtos do Mercosul, onde se fazem menores contribuições para a segurança social e se pagam menos impostos e taxas ambientais, então não conseguiremos ser competitivos. Só espero que espetadores percebam que, ao consumir produtos belgas locais, ajudarão a preservar o ambiente e os ecossistemas", disse Yves-Marie Desbruyères em entrevista à euronews.

Isabel Marques da Silva/Euronews
Yves-Marie Desbruyères teme perder mercadoIsabel Marques da Silva/Euronews

A União Europeia já é um dos maiores parceiros comerciais do Mercorsul, mercado composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Com o acelerar das negociações por parte da Comissão Europeia, dois blocos de Estados-membros enviaram cartas ao presidente, Jean-Claude Juncker.

Sete países, incluindo Alemanha, Espanha e Portugal, pedem que o acordo seja finalizado o quanto antes possível. Por outro lado, quatro países, incluindo França e Polónia, pedem "medidas para proteger a economia rural".

Lutar contra o protecionismo comercial

Açúcar, etanol, sumo de laranja, aves domésticas e arroz são outros produtos agrícolas do Mercosul previstos no acordo, que está a ser negociado há vinte anos.

Os setores dos serviços e dos contratos públicos estão incluídos e a associação UE Brasil sugere que seja o ponto de partido para a cooperação na economia digital, que terá maior potencial no futuro.

"Por que é não temos uma estratégia comum em inteligência artificial? A Europa acaba de apresentar sua própria estratégia. Por que é que não criamos uma área comum para os serviços de armazenamento de dados na nuvem? O que gostaria de ver é mais cooperação na área de novas empresas tecnológicas, que é uma área mais importante do que a quantidade de carne exportada", afirmou Luigi Gambardella, presidente da Associação UE BRASIL, em Bruxelas.

A União Europeia quer vender mais carros e peças para os mesmos, maquinaria pesada, produtos farmacêuticos e químicos, mas também vinho e laticínios para os 270 milhões de consumidores naqueles quatro países.

As instituições comunitárias dizem que se deve lutar contra o protecionismo através de acordos comerciais mais justos.

"No acordo comercial com o Mercosul há um capítulo sobre desenvolvimento sustentável que seria o mais ambicioso de todos os assinados até agora e há, também, uma clara proteção dos direitos humanos. Trata-se de um modelo de comércio em que a União Europeia não exporta apenas bens e serviços, mas também exporta valores e princípios. Face à "regra do mais forte" que Donald Trump quer impor, nós apresentamos uma política comercial diferente", disse Inmaculada Rodríguez-Piñero, eurodeputada socialista espanhola que é membro da comissão parlamentar de Comércio.

Centenas de organizações da sociedade civil, sobretudo ecologistas e de defesa dos direitos humanos, têm criticado o acordo que foi tema de várias ações de protesto em Bruxelas, mas os dois blocos querem concluir o mesmo antes da tomada de posse da próxima Comissão Europeia, a 1 de novembro.

Este é o tema de abertura do programa "Breves de Bruxelas", que a em revista a atualidade europeia diária. Em destaque estão, também, as seguintes notícias:

  • A União Europeia pretende reforçar a cooperação com Marrocos em matéria de migração e apoia a política daquele país norte-africano neste domínio. Após a reunião do Conselho de Associação UE-Marrocos, realizada em Bruxelas, quarta-feira, a diplomacia comunitária congratulou-se, também, com o facto de o acordo de pescas entrar em vigor em breve.
  • O Partido britânico brexit lidera as negociações para formar uma bancada eurocética no Parlamento Europeu mas falhou o prazo de quarta-feira. A entrada dos eurodeputados italianos do Movimento 5 estrelas ainda não é clara. Contudo, um novo grupo poder ser formado em qualquer momento da legislatura.
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