{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2014/11/07/abrir-a-cortina-de-ferro-numa-viagem-de-bicicleta" }, "headline": "Abrir a Cortina de Ferro numa viagem de bicicleta", "description": "Abrir a Cortina de Ferro numa viagem de bicicleta", "articleBody": "A ideia \u00e9 atravessar a Europa de bicicleta. Mais precisamente, fazer o percurso que acompanha os vest\u00edgios da Cortina de Ferro, a linha que separava o leste e o oeste num continente europeu em antagonismo. H\u00e1 25 anos, o regime totalit\u00e1rio da Uni\u00e3o Sovi\u00e9tica colapsava. Mas os conflitos recentes, sobretudo na Ucr\u00e2nia, despertaram novamente o debate sobre o imperialismo russo. Come\u00e7amos pela Est\u00f3nia. A nossa primeira paragem \u00e9 em Hara, onde se situava uma base de submarinos sovi\u00e9ticos. Hoje em dia, \u00e9 um local privilegiado para a pesca. Os receios do ado n\u00e3o parecem ter grande eco aqui. Um habitante local afirma n\u00e3o acreditar \u201cque a Guerra Fria possa regressar. A R\u00fassia j\u00e1 n\u00e3o \u00e9 o Imp\u00e9rio Sovi\u00e9tico. Apesar de o Partido Comunista continuar a existir, j\u00e1 n\u00e3o det\u00e9m o poder. Atualmente \u00e9 outro partido que governa\u2026\u201d. No entanto, a sucess\u00e3o recente de epis\u00f3dios de tens\u00e3o entre Moscovo e os pa\u00edses da NATO \u00e9 um facto e gera preocupa\u00e7\u00f5es.O percurso da Cortina de Ferro consiste em cerca de 10 mil quil\u00f3metros, do Mar de Barents ao Mar Negro. O trajeto atravessa vinte pa\u00edses. Alguns dos tro\u00e7os mais representativos situam-se, para al\u00e9m da Est\u00f3nia, na Litu\u00e2nia e Alemanha.Segundo a NATO, s\u00f3 este ano, mais de 100 avi\u00f5es militares russos foram intercetados em espa\u00e7os a\u00e9reos alheios. Em Portugal, aconteceu recentemente. 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Rudi era um guarda da antiga RDA, mas acabou por integrar uma organiza\u00e7\u00e3o clandestina que ajudava pessoas a fugir para o Ocidente. O regime comunista emitiu uma ordem para o abater. Rudi explica que \u201ca parte mais perigosa foi exatamente quando as autoridades de Berlim Este ordenaram que eu fosse morto em Berlim Ocidental. Uma noite estava eu a ir para casa\u2026 Um dos agentes da Stasi estava escondido atr\u00e1s duns arbustos e um outro tinha instru\u00e7\u00f5es para falar comigo, de forma a desviar a aten\u00e7\u00e3o. Nesse momento, o primeiro teria de saltar dos arbustos e desfazer-me o cr\u00e2nio com um martelo\u2026 Se tivessem conseguido, o t\u00edtulo no jornal no dia seguinte seria: \u2018Roubo termina em morte\u2019\u201d.Rudi conseguiu escapar, mas muitos outros n\u00e3o. Os soldados de leste tiveram ordem para abater mesmo at\u00e9 \u00e0 queda do regime. A \u00faltima v\u00edtima foi em 1989. \u201cNa noite de 5 de fevereiro, Chris Gueoffroy foi morto. 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A pergunta de Rudi vai continuar a ecoar numa altura em que se receiam novas clivagens entre o Leste e o Ocidente.B\u00f3nus 1: Eerik-Niiles KrossPara ouvir a entrevista integral (em ingl\u00eas) com o antigo respons\u00e1vel pelos servi\u00e7os secretos da Est\u00f3nia, Eerik-Niiles Kross, clique nesta liga\u00e7\u00e3o: B\u00f3nus 2: Rasa Jukneviciene (primeira parte)Para ouvir a entrevista (em ingl\u00eas) com a ex-ministra da Defesa da Litu\u00e2nia, Rasa Jukneviciene, clique nesta liga\u00e7\u00e3o: B\u00f3nus 3: Rasa Jukneviciene (segunda parte)Para ouvir a entrevista (em ingl\u00eas) com a ex-ministra da Defesa da Litu\u00e2nia, Rasa Jukneviciene, clique nesta liga\u00e7\u00e3o: B\u00f3nus 4: Michael Paul, SWPPara ouvir a entrevista integral (em alem\u00e3o) com um dos mais reputados especialistas alem\u00e3es em geopol\u00edtica e seguran\u00e7a, Michael Paul, da SWP, clique nesta liga\u00e7\u00e3o: B\u00f3nus 5: Rudi ThurowRudi Thurow conta a sua impressionante hist\u00f3ria de vida, como antigo guarda que ajudava alem\u00e3es da RDA a fugir:", "dateCreated": "2014-11-07T12:50:55+01:00", "dateModified": "2014-11-07T12:50:55+01:00", "datePublished": "2014-11-07T12:50:55+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F287626%2F1440x810_287626.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Abrir a Cortina de Ferro numa viagem de bicicleta", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F287626%2F432x243_287626.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9rie: a minha Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

Abrir a Cortina de Ferro numa viagem de bicicleta

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A ideia é atravessar a Europa de bicicleta. Mais precisamente, fazer o percurso que acompanha os vestígios da Cortina de Ferro, a linha que separava o leste e o oeste num continente europeu em antagonismo. Há 25 anos, o regime totalitário da União Soviética colapsava. Mas os conflitos recentes, sobretudo na Ucrânia, despertaram novamente o debate sobre o imperialismo russo.

Começamos pela Estónia. A nossa primeira paragem é em Hara, onde se situava uma base de submarinos soviéticos. Hoje em dia, é um local privilegiado para a pesca. Os receios do ado não parecem ter grande eco aqui. Um habitante local afirma não acreditar “que a Guerra Fria possa regressar. A Rússia já não é o Império Soviético. Apesar de o Partido Comunista continuar a existir, já não detém o poder. Atualmente é outro partido que governa…”. No entanto, a sucessão recente de episódios de tensão entre Moscovo e os países da NATO é um facto e gera preocupações.

O percurso da Cortina de Ferro consiste em cerca de 10 mil quilómetros, do Mar de Barents ao Mar Negro. O trajeto atravessa vinte países. Alguns dos troços mais representativos situam-se, para além da Estónia, na Lituânia e Alemanha.

Segundo a NATO, só este ano, mais de 100 aviões militares russos foram intercetados em espaços aéreos alheios. Em Portugal, aconteceu recentemente. Na região do Báltico, há quem denuncie que o Kremlin estará a conduzir testes de capacidade militar e a experimentar a vulnerabilidade informática nesta área. Em Tallin, a capital estoniana, encontramos Kalev Vapper, um campeão mundial de vela que evoca os tempos da Cortina de Ferro.

“Antes havia bóias enormes na água, com um diâmetro de quatro ou cinco metros, que estavam ligadas por uma corrente de metal robusta. Debaixo de água, estava uma cortina anti-submarinos. Eu lembro-me quando tinha dez ou onze anos comecei a velejar em Optimist. Um dia houve uma competição. A partida era no rio. Eu fui o primeiro a chegar ao mar, mas antes fui intercetado pelos guardas que estavam na desembocadura do rio. Um deles apontou-me a metralhadora e disse-me: ‘se fores para o mar, mato-te!’”, conta Vapper.

No aeroporto de Tallin, falámos com Eerik-Niiles Kross, o antigo responsável pelo serviços secretos da Estónia, que não esconde a posição crítica relativamente aos vizinhos russos. Segundo Kross, “a Rússia está claramente a tentar restabelecer o poder imperial. É um contexto delicado. Para a Rússia, a Guerra Fria continuou, ou regressou. O Ocidente está a fazer de conta que não. Portanto, temos uma situação na qual o Ocidente não sabe como lidar com uma Rússia agressiva e imprevisível.”

A antiga prisão de Tallin encerrou inúmeros dissidentes políticos e intelectuais condenados por violar a liberdade de expressão. O pai de Eerik-Niiles Kross esteve preso aqui, antes de ser deportado para a Sibéria. Em 1989, o filho celebrou a liberdade no coração dos acontecimentos. “Foi uma coincidência. Tinha comprado um bilhete de autocarro para Berlim. Quando cheguei, o Muro caiu. Ajudei a derrubá-lo. Vi os guardas do lado ocidental a dar garrafas de champanhe através dos buracos no Muro…”, revela Kross.

Avançamos para a Lituânia, onde pedalámos ao lado da ex-ministra da Defesa. Rasa Jukneviciene foi uma das signatárias da declaração de independência deste país. Visitámos uma antiga base soviética de mísseis nucleares. Os fundos europeus ajudaram a transformar esta estrutura subterrânea num museu da Guerra Fria.

Também Jukneviciene declara que Putin quer ressuscitar a União Soviética e que a União Europeia e a NATO deviam pensar numa estratégia de contenção: “Foi mais ou menos a partir de 2008 que a Rússia começou a reconstruir, a restruturar, a modernizar as suas forças armadas em torno dos Estados bálticos, arrancando do norte até à região de Kalininegrado. São eles que têm o maior número de armas nucleares.”

Este percurso faz parte da rede Eurovelo. Apenas cerca de um terço da pista para as bicicletas está concluído. Entramos na capital alemã pela parte este e percorremos as zonas onde o Muro de Berlim ainda está de pé. Michael Cramer é um eurodeputado que esteve por detrás do projeto do percurso da Cortina de Ferro. Aliás, o conceito é uma extrapolação doutra ideia de Cramer: o percurso do Muro de Berlim.

Nesta cidade, outro ponto de encontro incontornável é a Porta de Bradenburgo. Michael Paul pertence ao grupo de reflexão SWP, onde aprofunda temas de geopolítica e segurança. Nas palavras de Paul, “a Guerra Fria acabou. Foi Putin quem o disse explicitamente há 13 anos, no Bundestag. Não vai haver uma reedição da Guerra Fria. Nós hoje fazemos face a várias formas de guerra; veja-se a Ucrânia, por exemplo. Também enfrentamos um sentimento globalizado de insegurança. Eu não acredito que Putin esteja a tentar reconstruir a União Soviética. Os seus objetivos não são imperialistas. Ao contrário da União Soviética, a Rússia de hoje já não é capaz de implementar uma visão imperialista.”

Direção: o museu Checkpoint Charlie. Rudi era um guarda da antiga RDA, mas acabou por integrar uma organização clandestina que ajudava pessoas a fugir para o Ocidente. O regime comunista emitiu uma ordem para o abater. Rudi explica que “a parte mais perigosa foi exatamente quando as autoridades de Berlim Este ordenaram que eu fosse morto em Berlim Ocidental. Uma noite estava eu a ir para casa… Um dos agentes da Stasi estava escondido atrás duns arbustos e um outro tinha instruções para falar comigo, de forma a desviar a atenção. Nesse momento, o primeiro teria de saltar dos arbustos e desfazer-me o crânio com um martelo… Se tivessem conseguido, o título no jornal no dia seguinte seria: ‘Roubo termina em morte’”.

Rudi conseguiu escapar, mas muitos outros não. Os soldados de leste tiveram ordem para abater mesmo até à queda do regime. A última vítima foi em 1989. “Na noite de 5 de fevereiro, Chris Gueoffroy foi morto. Estava a tentar fugir juntamente com um amigo. O amigo foi preso, mas Chris foi alvejado com dez tiros. Porque é que não o prenderam também"> Notícias relacionadas

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