Agricultores afirmam que existe um problema com o Pacto Ecológico e a entrada de produtos sem controlo da Ucrânia e exigem uma audiência com o primeiro-ministro Donald Tusk.
Os agricultores polacos realizaram um protesto pacífico no Sejm, a Câmara Baixa do Parlamento, exigindo uma reunião com o primeiro-ministro Donald Tusk e prometem ocupar local até que isso aconteça.
Os protestos são motivados pela preocupação com as pressões económicas das importações de cereais ucranianos e com as disposições ambientais do Pacto Ecológico da UE, que, segundo dizem, ameaçam os seus meios de subsistência.
Além disso, a ação do sindicato realça o crescente mal-estar entre os agricultores polacos, que argumentam que tanto o afluxo de produtos agrícolas da Ucrânia como as rigorosas políticas ambientais da UE estão a prejudicar injustamente as suas explorações.
"Hoje queremos protestar contra o Pacto Ecológico, contra a abertura da fronteira aos produtos que entram no país vindos da Ucrânia", disse um porta-voz do sindicato durante uma conferência de imprensa.
Protestos semelhantes foram organizados por agricultores em países de toda a UE, com os manifestantes a bloquear as principais auto-estradas para exigir que seja dada prioridade aos produtos europeus e que sejam flexibilizados os regulamentos ambientais que, segundo afirmam, estão a penalizar as suas empresas.
Os protestos polacos atraíram o apoio do partido conservador polaco Lei e Justiça, que perdeu o poder para Tusk nas eleições do outono ado, e da Confederação de extrema-direita.
Numa tentativa de atenuar a pressão financeira sobre os agricultores, o governo introduziu novos subsídio destinados a ajudar a gerir os efeitos dos excedentes de cereais no mercado.