{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/cultura/2020/06/24/as-criancas-de-kim-il-sung" }, "headline": "As crian\u00e7as de Kim Il Sung", "description": "Document\u00e1rio conta a hist\u00f3ria de 5000 \u00f3rf\u00e3o norte-coreanos a quem o sonho europeu foi roubado.", "articleBody": "\u0022As crian\u00e7as de Kim il Sung\u0022, \u00e9 um document\u00e1rio que conta a hist\u00f3ria de cerca de 5.000 \u00f3rf\u00e3os norte coreanos enviados para regi\u00f5es da antiga URSS. Pol\u00f3nia, Rom\u00e9nia, Bulg\u00e1ria, Hungria, Checoslov\u00e1quia e Alemanha de Leste, \u0022aliados comunistas\u0022. O objetivo era ajudar a reconstruir o pa\u00eds, devastado pela guerra, com projetos liderados pelos sovi\u00e9ticos. Estas crian\u00e7as estudaram e criaram la\u00e7os nas comunidades que os acolheram e depois, de um dia para o outro, foram chamadas de volta a casa, como explica o realizador: \u0022Imagine-as a ler Shakespeare. Elas tinham apenas lido sobre Kim Il Sung e idolatravam-no. Se tivessem ficado na Coreia do Norte nunca teriam tido o com civiliza\u00e7\u00f5es \u00fanicas e a cultura europeia. Ao discutirem m\u00fasica e literatura com os professores europeus, foi-lhes introduzida a ideia de liberdade. Acho que esse foi um motivo muito importante para Kim Il Sung trazer essas crian\u00e7as de volta para o pa\u00eds, repentinamente, e coloc\u00e1-las sob o seu controlo, em vez de deix\u00e1-las na Europa\u0022 , explica Kim Deog-young. Uma antiga professora polaca, Halina Dobek, que ensinou algumas dessas crian\u00e7as, explica que \u0022do ponto de vista psicol\u00f3gico foi dif\u00edcil\u0022 . Elas precisavam do calor humano, de quem cuidasse delas, precisavam de apoio por isso foi \u0022sem entusiasmo\u0022 que partiram da Pol\u00f3nia rumo \u00e0 Coreia do Norte. Barbara Michalowska, filha de uma outra professora, Jadwiga Gardocka, conta que a m\u00e3e lhe disse que nas cartas que as crian\u00e7as lhe escreveram elas diziam que queriam voltar para a Pol\u00f3nia, que tinham saudades. Uma delas escreveu que \u0022voltar foi como abandonar o para\u00edso\u0022 . Mas desde a separa\u00e7\u00e3o n\u00e3o voltaram a ver-se. O ent\u00e3o l\u00edder norte-coreano fez orelhas moucas aos repetidos pedidos dos europeus para permitir o reencontro. O document\u00e1rio chega \u00e0s salas de cinema norte-coreanas a 25 de junho, o dia que marca o 70\u00ba anivers\u00e1rio do in\u00edcio da Guerra da Coreia. ", "dateCreated": "2020-06-23T08:15:40+02:00", "dateModified": "2020-06-24T16:29:52+02:00", "datePublished": "2020-06-24T16:29:47+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F76%2F65%2F72%2F1440x810_cmsv2_bc261b95-0fcb-5bd6-9271-e3ac27a30eb4-4766572.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Documentary Kim Il Sung's Children", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F76%2F65%2F72%2F432x243_cmsv2_bc261b95-0fcb-5bd6-9271-e3ac27a30eb4-4766572.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "name": "Nara Madeira" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

As crianças de Kim Il Sung

Documentary Kim Il Sung's Children
Documentary Kim Il Sung's Children Direitos de autor Lee Jin-man/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
Direitos de autor Lee Jin-man/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
De Nara Madeira com AP
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Documentário conta a história de 5000 órfão norte-coreanos a quem o sonho europeu foi roubado.

PUBLICIDADE

"As crianças de Kim il Sung", é um documentário que conta a história de cerca de 5.000 órfãos norte coreanos enviados para regiões da antiga URSS. Polónia, Roménia, Bulgária, Hungria, Checoslováquia e Alemanha de Leste, "aliados comunistas". O objetivo era ajudar a reconstruir o país, devastado pela guerra, com projetos liderados pelos soviéticos.

Estas crianças estudaram e criaram laços nas comunidades que os acolheram e depois, de um dia para o outro, foram chamadas de volta a casa, como explica o realizador:

"Imagine-as a ler Shakespeare. Elas tinham apenas lido sobre Kim Il Sung e idolatravam-no. Se tivessem ficado na Coreia do Norte nunca teriam tido o com civilizações únicas e a cultura europeia. Ao discutirem música e literatura com os professores europeus, foi-lhes introduzida a ideia de liberdade. Acho que esse foi um motivo muito importante para Kim Il Sung trazer essas crianças de volta para o país, repentinamente, e colocá-las sob o seu controlo, em vez de deixá-las na Europa", explica Kim Deog-young.

Uma antiga professora polaca, Halina Dobek, que ensinou algumas dessas crianças, explica que "do ponto de vista psicológico foi difícil". Elas precisavam do calor humano, de quem cuidasse delas, precisavam de apoio por isso foi "sem entusiasmo" que partiram da Polónia rumo à Coreia do Norte.

Barbara Michalowska, filha de uma outra professora, Jadwiga Gardocka, conta que a mãe lhe disse que nas cartas que as crianças lhe escreveram elas diziam que queriam voltar para a Polónia, que tinham saudades. Uma delas escreveu que "voltar foi como abandonar o paraíso".

Mas desde a separação não voltaram a ver-se. O então líder norte-coreano fez orelhas moucas aos repetidos pedidos dos europeus para permitir o reencontro.

O documentário chega às salas de cinema norte-coreanas a 25 de junho, o dia que marca o 70º aniversário do início da Guerra da Coreia.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Diplomacia musical para aproximar coreias

Coreia do Norte: Por detrás da cortina de ferro

Denzel Washington apanhado de surpresa com Palma de Ouro honorária em Cannes