{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2024/08/19/lei-antiespionagem-china-diz-garantir-ambiente-orientado-para-o-mercado" }, "headline": "Lei antiespionagem: China diz garantir ambiente \u0022orientado para o mercado\u0022", "description": "Segundo a Associa\u00e7\u00e3o Alem\u00e3 de Fabricantes de Medicamentos, os inspetores alem\u00e3es recusam-se a visitar os locais de produ\u00e7\u00e3o na China por receio de serem presos ao abrigo da lei antiespionagem. Revis\u00e3o recente tornou legisla\u00e7\u00e3o mais restritiva. China \u00e9 importante fornecedor de medicamentos da UE.", "articleBody": "A China respondeu \u00e0s preocupa\u00e7\u00f5es levantadas pelas empresas da Uni\u00e3o Europeia (UE) sobre a revis\u00e3o da lei antiespionagem de Pequim, que foi alargada, em fevereiro deste ano, para incluir a transfer\u00eancia dos chamados \u201csegredos de trabalho\u201d.A China diz que est\u00e1 empenhada em proporcionar \u00e0s empresas estrangeiras um ambiente \u201corientado para o mercado\u201d e \u201cbaseado na lei\u201d.\u0022Esta revis\u00e3o da lei visa apenas uma s\u00e9rie de atividades de espionagem que p\u00f5em em perigo a seguran\u00e7a nacional e n\u00e3o as atividades comerciais normais. Assim, desde que as empresas e o pessoal em causa possam atuar em conformidade com a lei, n\u00e3o h\u00e1 motivo para preocupa\u00e7\u00f5es\u201d, afirmou uma porta-voz do Minist\u00e9rio dos Neg\u00f3cios Estrangeiros da China. A revis\u00e3o da lei inclui mais restri\u00e7\u00f5es \u00e0 transfer\u00eancia de dados para outras partes, mas continua a ser vaga quanto ao tipo de dados que s\u00e3o considerados uma amea\u00e7a \u00e0 \u201cseguran\u00e7a nacional\u201d pelo governo chin\u00eas.A preocupa\u00e7\u00e3o em torno da lei est\u00e1 especialmente presente na ind\u00fastria farmac\u00eautica, uma vez que as empresas estrangeiras t\u00eam receio de tentar certificar locais de fabrico na China.A Associa\u00e7\u00e3o Alem\u00e3 de Fabricantes de Medicamentos disse recentemente que muitos dos seus inspetores se recusam a visitar e inspecionar locais de produ\u00e7\u00e3o na China por receio de serem presos ao abrigo da lei antiespionagem, que foi introduzida em 2014 e cuja revis\u00e3o inicial entrou em vigor a 1 de julho de 2023.Em mar\u00e7o de 2023, um funcion\u00e1rio da farmac\u00eautica japonesa Astellas Pharma Inc. foi preso sob acusa\u00e7\u00f5es de espionagem.Ind\u00fastria farmac\u00eautica dependente da ChinaA China \u00e9 um importante fornecedor de medicamentos \u00e0 UE e estas novas restri\u00e7\u00f5es correm o risco de agravar a perturba\u00e7\u00e3o das cadeias de abastecimento.Segundo a revista European Pharmaceutical Manufacturer (EPM), mais de 40% dos ingredientes farmac\u00eauticos activos (API) a n\u00edvel mundial s\u00e3o provenientes da China, onde \u00e9 produzida uma parte essencial de medicamentos comuns como o paracetamol e o ibuprofeno. Neste sentido, est\u00e1 a aumentar a depend\u00eancia dos mercados ocidentais das importa\u00e7\u00f5es chinesas.As perturba\u00e7\u00f5es, explica a EPM, podem limitar o o a medicamentos que salvam vidas, dificultando o funcionamento dos sistemas de sa\u00fade em todo o mundo. As falhas nas cadeias de abastecimento de medicamentos poder\u00e3o tamb\u00e9m levar a flutua\u00e7\u00f5es de pre\u00e7os e da concorr\u00eancia pela limitada capacidade de fabrico e fornecimento de materiais, diminuindo potencialmente a capacidade de compra e agravando as desigualdades no o aos cuidados de sa\u00fade.", "dateCreated": "2024-08-19T13:24:48+02:00", "dateModified": "2024-08-19T17:36:25+02:00", "datePublished": "2024-08-19T17:36:25+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F66%2F24%2F18%2F1440x810_cmsv2_df494fb8-24fe-5311-a348-64ea4196dd2c-8662418.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Congresso Nacional do Povo, Pequim ", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F66%2F24%2F18%2F432x243_cmsv2_df494fb8-24fe-5311-a348-64ea4196dd2c-8662418.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Lei antiespionagem: China diz garantir ambiente "orientado para o mercado"

Congresso Nacional do Povo, Pequim
Congresso Nacional do Povo, Pequim Direitos de autor Captura de ecrã, Associated Press
Direitos de autor Captura de ecrã, Associated Press
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Segundo a Associação Alemã de Fabricantes de Medicamentos, os inspetores alemães recusam-se a visitar os locais de produção na China por receio de serem presos ao abrigo da lei antiespionagem. Revisão recente tornou legislação mais restritiva. China é importante fornecedor de medicamentos da UE.

PUBLICIDADE

A China respondeu às preocupações levantadas pelas empresas da União Europeia (UE) sobre a revisão da lei antiespionagem de Pequim, que foi alargada, em fevereiro deste ano, para incluir a transferência dos chamados “segredos de trabalho”.

A China diz que está empenhada em proporcionar às empresas estrangeiras um ambiente “orientado para o mercado” e “baseado na lei”.

"Esta revisão da lei visa apenas uma série de atividades de espionagem que põem em perigo a segurança nacional e não as atividades comerciais normais. Assim, desde que as empresas e o pessoal em causa possam atuar em conformidade com a lei, não há motivo para preocupações”, afirmou uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

A revisão da lei inclui mais restrições à transferência de dados para outras partes, mas continua a ser vaga quanto ao tipo de dados que são considerados uma ameaça à “segurança nacional” pelo governo chinês.

A preocupação em torno da lei está especialmente presente na indústria farmacêutica, uma vez que as empresas estrangeiras têm receio de tentar certificar locais de fabrico na China.

A Associação Alemã de Fabricantes de Medicamentos disse recentemente que muitos dos seus inspetores se recusam a visitar e inspecionar locais de produção na China por receio de serem presos ao abrigo da lei antiespionagem, que foi introduzida em 2014 e cuja revisão inicial entrou em vigor a 1 de julho de 2023.

Em março de 2023, um funcionário da farmacêutica japonesa Astellas Pharma Inc. foi preso sob acusações de espionagem.

Indústria farmacêutica dependente da China

A China é um importante fornecedor de medicamentos à UE e estas novas restrições correm o risco de agravar a perturbação das cadeias de abastecimento.

Segundo a revista European Pharmaceutical Manufacturer (EPM), mais de 40% dos ingredientes farmacêuticos activos (API) a nível mundial são provenientes da China, onde é produzida uma parte essencial de medicamentos comuns como o paracetamol e o ibuprofeno. Neste sentido, está a aumentar a dependência dos mercados ocidentais das importações chinesas.

As perturbações, explica a EPM, podem limitar o o a medicamentos que salvam vidas, dificultando o funcionamento dos sistemas de saúde em todo o mundo. As falhas nas cadeias de abastecimento de medicamentos poderão também levar a flutuações de preços e da concorrência pela limitada capacidade de fabrico e fornecimento de materiais, diminuindo potencialmente a capacidade de compra e agravando as desigualdades no o aos cuidados de saúde.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

O Parlamento Europeu está sob ameaça de espionagem?

Porque é que a UE está tão preocupada com a lei anti-espionagem da China?

"Estado da União": Migração, espionagem e natureza