A nova campanha de ataques aéreos dos EUA teve início depois de os rebeldes terem ameaçado voltar a atacar navios "israelitas" por Israel ter bloqueado a entrada de ajuda na Faixa de Gaza.
Ataques aéreos, alegadamente norte-americanos, nos arredores da capital do Iémen, controlada pelos rebeldes, mataram pelo menos sete pessoas e feriram 29, segundo os Houthis, que também afirmaram ter abatido outro drone americano MQ-9 Reaper.
Imagens do canal de notícias por satélite al-Masirah dos Houthis mostraram bombeiros a trabalhar para apagar um incêndio, alegadamente causado pelos ataques aéreos. O rescaldo mostrava escombros espalhados por uma rua, com uma pessoa a ser levada do local, que os Houthis identificaram como uma fábrica de cerâmica no bairro de Bani Matar, em Sanaa, a capital.
Os Houthis referiram outros ataques nas províncias de Hodeida, al-Jawaf e Marib, embora não tenham sido mencionadas vítimas.
O Comando Central do exército americano, responsável pela supervisão das operações, não confirmou os ataques aéreos.
A Casa Branca declarou que foram efetuados mais de 200 ataques aéreos no âmbito da campanha em curso, que teve início a 15 de março.
Os ataques aéreos dos EUA visaram os rebeldes pelos seus ataques a navios em águas do Médio Oriente, relacionados com o conflito entre Israel e o Hamas.
Estes ataques já causaram mais de 120 mortos, segundo o Ministério da Saúde dos Houthis.
Houthis dizem ter abatido drone norte-americano
Entretanto, os Houthis afirmaram ter abatido um drone americano MQ-9 Reaper no domingo à noite sobre a província de Hajjah, no Iémen, situada perto da fronteira com a Arábia Saudita, no Mar Vermelho.
O porta-voz militar dos Houthi, brigadeiro-general Yahya Saree, disse que este foi o quarto abate em duas semanas, utilizando um "míssil fabricado localmente".
Os rebeldes possuem mísseis terra-ar, como o míssil 358 de fabrico iraniano, capaz de abater aviões. Embora o Irão negue armar os rebeldes, foram encontradas armas fabricadas por Teerão no Iémen, apesar do embargo de armas imposto pelos EUA.
A campanha dos EUA no Iémen não mostra sinais de parar, com a istração Trump a associar também estes ataques a um esforço mais amplo para pressionar o Irão sobre as suas ambições nucleares. O secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou que as operações demonstram a capacidade dos EUA para atacar em profundidade e longe, afirmando que o seu objetivo é impedir o Irão de obter armas nucleares.