O Tisza, o maior partido da oposição na Hungria, está a pedir a opinião dos cidadãos húngaros sobre várias questões, nomeadamente impostos, o salário do primeiro-ministro e a adesão da Ucrânia à UE.
A campanha "Voz da Nação" do partido Tisza já começou na Hungria. O maior partido da oposição húngara, líderado por Péter Magyar, iniciou uma consulta popular de forma a entender a opinião dos húngaros sobre diferentes temas através de 13 questões.
A maioria das perguntas está relacionada com a política fiscal, tributária ou social, mas há também questões fundamentais de política externa, como a adesão da Hungria à UE ou à NATO e o apoio à adesão da Ucrânia à UE.
Na conferência de imprensa de lançamento da campanha, o líder do partido procurou sublinhar a diferença em relação às consultas nacionais do partido no poder, o Fidesz.
"Não agimos como o governo tem vindo a fazer há mais de uma década, decidindo coisas antecipadamente em reuniões governamentais, ou anunciando-as, muitas vezes, durante a presidência do Fidesz, e depois pedindo ao povo 7, 6, 8 mil milhões de forints de dinheiro público num exercício de recolha de dados chamado consulta nacional", afirmou Péter Magyar, o principal político do Tisza.
O governo húngaro está também a lançar uma sondagem de opinião, cujo único tema é a adesão da Ucrânia à UE.
"Toda a gente já viu uma consulta nacional, é a mesma coisa, só que, desta vez, não estamos a pedir a opinião das pessoas sobre dez ou mais questões, mas sobre uma única questão: será claro como a água", prometeu o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, durante uuma entrevista à rádio Kossuth.
Tanto o partido do governo como o Tisza acusam-se mutuamente de utilizar ambas as consultas, sobretudo para criar uma base de dados de eleitores. O questionário da Voz do Povo pode ser preenchido pessoalmente e em linha até 11 de abril, mas ainda não há data para o início do escrutínio iniciado pelo governo.