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Itália assinala o dia em memória das vítimas da Covid-19

Camiões a transportar caixões em Bergamo
Camiões a transportar caixões em Bergamo Direitos de autor Luca Bruno/Copyright 2020 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Luca Bruno/Copyright 2020 The AP. All rights reserved
De Giorgia Orlandi
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No dia em memória das vítimas da COVID-19, os sobreviventes expressam a sua gratidão aos médicos que lhes salvaram a vida.

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A Itália assinala a 18 de março o Dia da Memória em homenagem às vítimas da pandemia do coronavírus.** Nesse mesmo dia, há 5 anos, camiões militares transportaram os caixões de algumas vítimas desde o cemitério de Bergamo até outras cidades, para serem cremados.

A imagem espalhou-se pelo mundo, transmitindo a gravidade do que estava a acontecer na região. A Itália registou mais de 196 mil mortes, tornando-se o primeiro país ocidental a ser atingido pela pandemia, que causou dezenas de milhões de mortes em todo o mundo.

Hoje, aqueles que sobreviveram à pandemia sentem-se abençoados ao recordarem as suas memórias mais negras. Sergio Monticelli está entre eles. Está mais grato do que nunca aos médicos que lhe salvaram a vida no Hospital de São Camilo, em Roma, há cinco anos.

"Sinto-me muito emocionado, como se pode ver pela minha voz. Ver o Dr. Magliacani e toda a equipa, saber que fiquei aqui e depois regressei a casa. Outros não tiveram a mesma sorte", disse à Euronews logo após entrar no hospital.

Sergio tem memórias vivas do dia que mudou tudo para ele. "Quando estava a receber tratamento, um dos médicos disse-me que eu parecia inchado", recorda. "Era um sinal de que tinha menos oxigénio e, ao agirem rapidamente, salvaram-me a vida."

O Dr. Magliacani, que fez parte da equipa que cuidou de Sergio, compara a pandemia a um monstro. "A parte mais difícil foi ver os doentes em sofrimento", disse à Euronews. "Vimos pessoas a morrer, a implorar que lhes segurassem nas mãos".

Mas nem toda a gente mostrou gratidão pelo seu trabalho, observou o Dr. Magliacani. Ao contrário dos sobreviventes de cancro, explicou, muitos dos antigos doentes de Covid-19 preferem esquecer a experiência. "Muitos, incluindo alguns médicos, estão em negação sobre a realidade que enfrentámos", declarou. "A sociedade e as instituições parecem ter esquecido o quão crucial foi o nosso papel".

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