{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2024/12/20/compras-tansfronteiricas-na-romenia-antes-da-abertura-do-espaco-schengen" }, "headline": "Compras tansfronteiri\u00e7as na Rom\u00e9nia antes da abertura do espa\u00e7o Schengen", "description": "J\u00e1 existe muito o entre as regi\u00f5es das fronteiras: muitas pessoas do lado h\u00fangaro atravessam para a Rom\u00e9nia com o objetivo de fazerem compras, e os romenos v\u00eam comprar casas, uma vez que s\u00e3o muito mais baratas na Hungria.", "articleBody": "Espera-se que a ades\u00e3o da Rom\u00e9nia ao espa\u00e7o sem fronteiras Schengen potencie um novo processo de integra\u00e7\u00e3o entre a Rom\u00e9nia e a Hungria.Muitas pessoas j\u00e1 se mudaram das grandes cidades romenas para o outro lado da fronteiras, e n\u00e3o s\u00f3 h\u00fangaros.\u0022Foi importante para a vida de Biharkeresztes o facto de tantas pessoas se terem mudado. 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Atualmente, a Rom\u00e9nia tem uma taxa de IVA de 9% sobre os alimentos, pelo que muitas pessoas podem fazer compras mais baratas do que no seu pa\u00eds. E a gasolina \u00e9 atualmente cerca de 20 forints mais barata por litro.H\u00e1 tamb\u00e9m muitas pessoas que vivem na Hungria mas trabalham do outro lado da fronteira, por exemplo, no parque industrial de Oradea. S\u00e3o talvez as maiores v\u00edtimas da situa\u00e7\u00e3o atual, pelo menos entre os que vivem na regi\u00e3o. T\u00eam de se deslocar todos os dias e, se houver uma perturba\u00e7\u00e3o na fronteira, podem facilmente chegar atrasados ao trabalho. Segundo as pessoas que entrevist\u00e1mos, os carros am normalmente com rapidez, mas por vezes t\u00eam de esperar meia hora.A situa\u00e7\u00e3o \u00e9 ainda pior para os camionistas, que por vezes t\u00eam de esperar at\u00e9 um dia no posto de agem. No entanto, n\u00e3o ser\u00e1 assim por muito mais tempo. 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Compras tansfronteiriças na Roménia antes da abertura do espaço Schengen

Sinal em Biharkeresztes: a fronteira fica a 3 quilómetros, Oradea fica a 18 quilómetros
Sinal em Biharkeresztes: a fronteira fica a 3 quilómetros, Oradea fica a 18 quilómetros Direitos de autor Euronews
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De Magyar Ádám
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Já existe muito o entre as regiões das fronteiras: muitas pessoas do lado húngaro atravessam para a Roménia com o objetivo de fazerem compras, e os romenos vêm comprar casas, uma vez que são muito mais baratas na Hungria.

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Espera-se que a adesão da Roménia ao espaço sem fronteiras Schengen potencie um novo processo de integração entre a Roménia e a Hungria.

Muitas pessoas já se mudaram das grandes cidades romenas para o outro lado da fronteiras, e não só húngaros.

"Foi importante para a vida de Biharkeresztes o facto de tantas pessoas se terem mudado. Compraram uma casa aqui, pensaram em continuar a sua vida aqui. É claro que algumas pessoas se mudam para trabalhar, outras levam os filhos para o jardim de infância ou para a escola em Oradea, mas muitas pessoas vivem a sua vida quotidiana aqui", disse Béla Péter Dani, que acrescentou que Biharkeresztes fazia tradicionalmente parte da área de influência de Oradea até Trianon. A redefinição da fronteira separou as famílias, mas nas últimas décadas tem havido uma ligação renovada e mais vibrante entre a capital do distrito e as povoações circundantes, que fazem parte da Hungria.

É muito mais barato comprar uma casa no lado húngaro do que na Roménia

Embora a maior parte das pessoas que se mudam para Biharkeresztes sejam húngaras, não é raro ver imóveis à venda anunciados tanto em húngaro como em romeno. A migração foi explicada por um vendedor no mercado de Natal de Oradea, do outro lado da fronteira.

Estátuas de Endre Ady, Ákos Dutka, Gyula Juhász e Tamás Emőd no centro de Oradea
Estátuas de Endre Ady, Ákos Dutka, Gyula Juhász e Tamás Emőd no centro de OradeaEuronews

"Por 15 mil euros, pode comprar-se aqui uma casa de 250 metros quadrados num meio hectare. Está bem, precisa de ser renovada, obviamente. Na Hungria, pode comprar-se por metade desse preço e a diferença é que aqui as infraestruturas não estão construídas, ao o que lá as infraestruturas já estão construídas, os esgotos e a eletricidade estão ligados", explica Éva Kállai, que é natural de Oradea e que, apesar de ter vivido na Hungria e em França, se sente mais em casa na sua terra natal.

Assim, comprar uma casa na zona romena de Oradea é muito caro, mas nas aldeias do outro lado da fronteira é mais barato, porque estão numa considerada remota do ponto de vista doméstico. De Budapeste, são necessárias quase três horas para chegar a Biharkeresztes, de carro e 3 horas e meia de comboio, se não houver atrasos. A cidade mais próxima é Debrecen, a 1 hora de carro e a 2 horas de transportes públicos. A partir daí, a grande cidade mais próxima é Oradea, que fica a cerca de meia hora de autocarro. É certo que o autocarro circula com pouca frequência e que, por enquanto, é necessário ar pelos controlos fronteiriços.

Quando a fronteira estiver aberta, as viagens entre os dois países serão ainda mais rápidas, o que pode levar a um aumento dos preços dos imóveis no lado húngaro, para onde muitos romenos se poderiam mudar, da mesma forma que muitas pessoas de Bratislava se mudaram para Rajka, na Hungria.

Os romenos locais esperam há muito tempo pela adesão do país ao espaço Schengen, o que vai facilitar a transição.

"Já devia ter acontecido há muito tempo, era altura de aderirmos ao espaço Schengen. Abre muitas oportunidades, especialmente oportunidades económicas. Pessoalmente, estou feliz por não ter de esperar muito tempo na fronteira", disse-nos um estudante romeno, Adrian, numa rua pedonal de Oradea.

Húngaros atravessam a fronteira com a Roménia para reabastecer e fazer compras, e alguns até vão trabalhar

Ao contrário do que acontece do lado romeno, os húngaros não procuram imóveis baratos do outro lado da fronteira, mas sim ir às compras ou abastecer-se de combustível.

A poucos quilómetros da fronteira, perto de Oradea, há um grande centro comercial onde vimos vários carros com matrícula húngara estacionados. Atualmente, a Roménia tem uma taxa de IVA de 9% sobre os alimentos, pelo que muitas pessoas podem fazer compras mais baratas do que no seu país. E a gasolina é atualmente cerca de 20 forints mais barata por litro.

O posto fronteiriço de Nagykerek, onde as pessoas ainda estão a ser controladas
O posto fronteiriço de Nagykerek, onde as pessoas ainda estão a ser controladasEuronews

Há também muitas pessoas que vivem na Hungria mas trabalham do outro lado da fronteira, por exemplo, no parque industrial de Oradea. São talvez as maiores vítimas da situação atual, pelo menos entre os que vivem na região. Têm de se deslocar todos os dias e, se houver uma perturbação na fronteira, podem facilmente chegar atrasados ao trabalho.

Segundo as pessoas que entrevistámos, os carros am normalmente com rapidez, mas por vezes têm de esperar meia hora.

A situação é ainda pior para os camionistas, que por vezes têm de esperar até um dia no posto de agem. No entanto, não será assim por muito mais tempo. No dia 1 de janeiro, a polícia deixará a fronteira e, embora continue a efetuar controlos aleatórios durante seis meses, o plano é acabar com eles.

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