O ataque é mais um exemplo de como a Rússia tem mantido a infraestrutura energética ucraniana como alvo, fazendo aumentar os receios de que o Kremlin tenha como objetivo paralisar a capacidade de produção de energia do país, antes do início do inverno rigoroso.
A Rússia lançou um ataque aéreo maciço contra a Ucrânia na sexta-feira, lançando dezenas de rockets e drones.
Segundo informou Volodymyr Zelenskyy, as defesas ucranianas abateram 81 mísseis, incluindo 11 mísseis de cruzeiro que foram intercetados por aviões de guerra F-16, fornecidos por aliados ocidentais no início deste ano.
“É necessária uma reação forte do mundo: um ataque maciço - uma reação maciça. Esta é a única forma de acabar com o terror”, afirmou Zelenskyy, nas suas redes sociais.
O ministro da Energia da Ucrânia, Herman Halushchenko, afirmou que a Rússia tinha como alvo a rede de energia do país. “O inimigo continua o seu terror”, afirmou.
Halushchenko afirmou que os funcionários do setor estão a trabalhar para “minimizar as consequências negativas para o sistema energético”, prometendo divulgar mais pormenores sobre os danos quando a situação de segurança o permitir.
Em Moscovo, o ministério da Defesa afirmou que os militares russos utilizaram mísseis de precisão de longo alcance e drones em “instalações de combustível e energia de importância crítica na Ucrânia que asseguram o funcionamento do complexo industrial militar”.
O ataque, explicam, foi uma retaliação ao ataque ucraniano de quarta-feira, que utilizou o Sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACM), fornecido pelos EUA, contra uma base aérea russa.
A ofensiva desta sexta-feira é a mais recente de uma série de ataques deste tipo, que suscitaram receios de que o Kremlin esteja a visar a rede elétrica ucraniana, numa altura em que o inverno rigoroso está prestes a chegar.
Cerca de metade das infraestruturas energéticas da Ucrânia foram destruídas durante a guerra e os cortes de eletricidade são comuns e generalizados.