Kaja Kallas está à frente da nação báltica há três anos e meio e tem sido uma defensora acérrima da Ucrânia.
Kaja Kallas demitiu-se oficialmente do cargo de primeira-ministra da Estónia para se tornar chefe da política externa da União Europeia no final deste ano.
Kallas - a primeira mulher a ocupar a chefia do governo do país báltico - apresentou a sua demissão formal ao presidente Alar Karis, na segunda-feira, durante uma breve reunião no Palácio Presidencial de Tallinn, a capital do país.
Sob o comando de Kallas, 47 anos, a Estónia tem sido um dos países europeus que mais apoiaram a Ucrânia após a invasão russa em larga escala em fevereiro de 2022.
Há três anos e meio que Kallas está à frente do país de 1,3 milhões de habitantes.
"Foi um período repleto de crises, de marcos históricos, como o coronavírus, a recessão económica e a guerra na Europa, quando a Rússia destruiu o nosso quadro de segurança anterior com a sua agressão na Ucrânia", resumiu Alar Karis.
O seu último dever principal foi representar a Estónia na cimeira da NATO em Washington, na semana ada.
No seu novo papel, Kallas substituirá o espanhol Josep Borrell, que é o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança Comum desde 2019.
Na Estónia, a decisão de Kallas de abandonar o cargo provocou automaticamente a demissão do seu governo tripartido, composto pelo Partido Reformista de centro-direita, o Partido Social-Democrata e o partido liberal Estónia 200.
A coligação manter-se-á como governo de gestão até à tomada de posse do novo executivo, no final de julho ou início de agosto.
Em 29 de junho, o Partido Reformista anunciou que tinha escolhido Kristen Michal, veterana do partido e ministra do clima, como candidata a substituir Kallas como primeiro-ministro.
A nomeação de Michal terá de ser aprovada por Karis e pelo parlamento de 101 lugares - conhecido como Riigikogu - onde a coligação detém atualmente uma confortável maioria.
Michal é ministro do Clima desde abril do ano ado.
O antigo ministro da Economia e da Justiça, de 49 anos, tem estado ativo no Partido Reformista, a principal força política da Estónia, desde o final da década de 1990.