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EUA dizem estar a avaliar resposta do Hamas ao plano de cessar-fogo norte-americano na Faixa de Gaza

Blinken na cimeira sobre ajuda humanitária para Gaza na Jordânia
Blinken na cimeira sobre ajuda humanitária para Gaza na Jordânia Direitos de autor Alaa Al Sukhni/ALAA AL SUKHNI
Direitos de autor Alaa Al Sukhni/ALAA AL SUKHNI
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Hamas pediu "alterações" à proposta de cessar-fogo apresentada por Biden e apoiada pela ONU. Secretário de Estado dos EUA garantiu que Israel reafirmou o seu "compromisso" com o plano.

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Os Estados Unidos estão a "avaliar" as alterações pedidas pelo Hamas na resposta ao plano de cessar-fogo em três fases apresentado por Joe Biden e apoiado pela ONU.

Na noite de terça-feira, o porta-voz do conselho de segurança dos Estados Unidos recusou fornecer pormenores sobre a resposta do Hamas, mas confirmou que fora recebida e que estava a ser analisada. "Estamos a avaliá-la agora mesmo", disse John Kirby, sem acrescentar outros detalhes.

Ao final do dia de terça-feira, o Hamas revelou ter enviado uma resposta ao plano de paz norte-americano aos mediadores egípcios e cataris, acrescentando que tinham sido pedidas "alterações" e que a prioridade do grupo é colocar um fim ao conflito. Jihad Taha, porta-voz do Hamas, revelou depois que a resposta inclui "alterações que confirmam o cessar-fogo, retirada, reconstrução e [troca de] prisioneiros".

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que está novamente a viajar pelo Médio Oriente, numa tentativa de pressionar para que o plano de paz detalhado por Biden seja aceite por todas as partes, sublinhou que o primeiro-ministro israelita tinha "reafirmado o seu compromisso" para com a proposta norte-americana divulgada no final de maio.

No segundo dia da visita ao Médio Oriente, Blinken encontrou-se em Israel com os líderes da oposição israelita e com familiares dos reféns que ainda se encontram na Faixa de Gaza. O secretário de Estado norte-americano viajou depois para a Jordânia, para participar numa cimeira de emergência sobre a ajuda humanitária a Gaza, onde a maioria da população foi deslocada e mais de um milhão de pessoas sofre com a fome por falta de abastecimento alimentar.

Blinken anunciou durante a cimeira que os Estados Unidos financiarão com mais 404 milhões de dólares (cerca de 375 milhões de euros) a ajuda humanitária à Faixa de Gaza e incentivou as outras nações a aumentarem os donativos.

Resolução da ONU sobretudo "simbólica"

Recorde-se que o Conselho de Segurança da ONU adotou na segunda-feira uma resolução apresentada pelos Estados Unidos que apela ao Hamas para que aceite o plano de cessar-fogo em três fases detalhado por Joe Biden. Foi a primeira vez que o organismo das Nações Unidas deu apoio a um acordo de paz que prevê o fim das hostilidades na Faixa de Gaza. A resolução foi adotada com 14 votos a favor e apenas uma abstenção, da Rússia.

Em comunicado, logo após a aprovação da resolução, o Hamas disse congratular-se com a decisão do Conselho de Segurança, mas veio entretanto pedir as já referidas "alterações" que não foram detalhadas.

Do lado israelita, o governo diz ter aceitado o plano dos Estados Unidos, mas o próprio primeiro-ministro Benjamin Netanyahu procurou distanciar-se deste acordo, perante o adensar das tensões dentro da coligação no poder.

A resolução adotada pela ONU pede a ambas as partes em conflito que "implementem na totalidade" os termos do acordo "sem atrasos e sem condições".

De acordo com este plano, idosos, doentes e mulheres reféns seriam libertados em troca da liberdade de prisioneiros palestinianos, numa primeira fase de um cessar-fogo de seis semanas. O cessar-fogo tornar-se-ia um fim permanente das hostilidades na segunda-fase, que prevê a libertação de todos os reféns mediante negociação com intervenção dos Estados Unidos, Egito e Catar. A terceira fase estabelece as bases para a reconstrução da Faixa de Gaza.

Os analistas item que a resolução da ONU é importante, mas que é sobretudo simbólica, sem reflexos imediatos no terreno, onde as hostilidades prosseguem.

"Esta é uma votação importante, mas é uma votação simbólica. Penso que o que é importante quando estamos a falar da resolução é não exagerar o seu significado no terreno. É fantástico que uma grande parte da comunidade internacional esteja de acordo, a favor de um cessar-fogo permanente. Mas, no fim do dia, Israel continua a sua incursão terrestre em Rafah. Continuamos a ver os civis de Gaza a sofrer", disse à AP Maya Ungar, da International Crisis Group, organização não-governamental dedicada à resolução e prevenção de conflitos armados internacionais.

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