O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas estima que as chuvas sazonais invulgarmente fortes no Afeganistão causaram a morte de mais de 300 pessoas e destruíram milhares de casas, a maioria das quais em Baghlan, a zona mais afetada pelas inundações de sexta-feira.
Os sobreviventes das inundações que afetaram o afeganistão ficaram sem casa, sem terra e sem fonte de subsistência, disse o Programa Alimentar Mundial (PAM), uma das maiores agências humanitárias do mundo. A maior parte de Baghlan, a zona mais afetada pela água, é "inível por camiões", disse, acrescentando que está a recorrer a todas as alternativas possíveis para fazer chegar os alimentos aos sobreviventes.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou as suas condolências às vítimas, segundo um comunicado divulgado no domingo, acrescentando que o organismo mundial e as agências de ajuda estão a trabalhar com o governo dirigido pelos talibãs para ajudar.
"As Nações Unidas e os seus parceiros no Afeganistão estão a coordenar-se com as autoridades de facto para avaliar rapidamente as necessidades e prestar assistência de emergência", segundo o comunicado.
Entre as vítimas mortais contam-se 51 crianças, segundo a UNICEF, um dos vários grupos de ajuda internacional que estão a enviar equipas de socorro, medicamentos, agasalhos e outros artigos. A Organização Mundial de Saúde disse que entregou 7 toneladas de medicamentos e kits de emergência para as áreas afetadas.
Entretanto, a agência das Nações Unidas para a migração tem estado a distribuir pacotes de ajuda que incluem abrigos temporários, artigos não alimentares essenciais, módulos solares, vestuário e ferramentas para reparar os abrigos danificados.
A mais recente catástrofe veio na sequência de uma anterior, quando pelo menos 70 pessoas morreram em abril devido a fortes chuvas e inundações repentinas no país. As águas também destruíram cerca de 2.000 casas, três mesquitas e quatro escolas nas províncias ocidentais de Farah e Herat, e nas províncias meridionais de Zabul e Kandahar.