{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/12/05/guerra-israel-hamas-dia-60-as-bombas-e-o-plano-de-inundar-os-tuneis" }, "headline": "Guerra Israel-Hamas, dia 60: As bombas e o plano de inundar os t\u00faneis", "description": "A contraofensiva ao ataque terrorista de 7 de outubro intensifica-se agora no sul da Faixa de Gaza, onde os hospitais se revelam cen\u00e1rios indescrit\u00edveis envolvendo crian\u00e7as", "articleBody": "As sirenes voltaram a ouvir-se esta ter\u00e7a-feira de manh\u00e3 nas localidades israelitas pr\u00f3ximas da Faixa de Gaza. Estamos no 60.\u00b0 dia da contraofensiva de Israel ao ataque terrorista do Hamas de 7 de outubro e os ataques de parte a parte continuam. As opera\u00e7\u00f5es israelitas prosseguem no norte, mas intensificam-se agora na zona sul do enclave at\u00e9 h\u00e1 pouco controlado pelo bra\u00e7o armado do grupo palestiniano. Em cima da mesa, adianta o Wall Street Journal , est\u00e1 um plano iniciado por Israel em novembro para inundar a agora famosa \u0022teia\u0022 de t\u00faneis do Hamas com \u00e1gua do mar e obrigar os militantes palestinianos a sair para c\u00e9u aberto. O jornal norte-americano cita fontes norte-americanas n\u00e3o identificadas e avan\u00e7a que em meados de novembro as for\u00e7as militares israelitas instalaram um sistema com pelo menos cinco bombas de \u00e1gua a cerca de 1,6 quil\u00f3metros do campo de refugiados de Al-Shati.\u00a0 O objetivo \u00e9 bombear milhares de metros de c\u00fabicos de \u00e1gua do mar por hora e inundar os t\u00faneis usados pelos militantes do Hamas para se protegerem das for\u00e7as israelitas. O plano prev\u00ea que no espa\u00e7o de semanas os militantes n\u00e3o teriam condi\u00e7\u00f5es de se manter escondidos e protegidos nos t\u00faneis. O facto de o Hamas ter dito que pelo menos alguns dos cerca de 240 ref\u00e9ns raptados a 7 de outubro s\u00e3o mantidos em t\u00faneis poder\u00e1 estar a travar o plano israelita de inundar a \u0022teia\u0022 do grupo palestiniano. Israel n\u00e3o confirmou o plano, mas uma fonte das For\u00e7as de Defesa de Israel disse ao WSJ que \u0022as IDF est\u00e3o a operar para desmantelar as capacidades de terrorismo do Hamas de v\u00e1rias maneiras, recorrendo a diferentes ferramentas militares e tecnol\u00f3gicas\u0022. O jornal avan\u00e7a que o plano israelita de inundar os t\u00faneis foi apresentado aos Estados Unidos no m\u00eas ado\u00a0 e que ainda n\u00e3o havia conhecimento de uma decis\u00e3o tomada pelo governo de Benjamin Netanyhau sobre a inunda\u00e7\u00e3o dos t\u00faneis do Hamas. O cessar-fogo humanit\u00e1rio e a consequente troca de prisioneiros acordada entre Israel e o Hamas, com media\u00e7\u00e3o do Qatar, iniciados a 24 de novembro tiveram um fim precoce na manh\u00e3 de 1 de dezembro. Ap\u00f3s um atentado em Jerusal\u00e9m reivindicado pelo Hamas, os bombardeamentos israelitas voltaram a fazer-se sentir na Faixa de Gaza e a contraofensiva para destruir o Hamas devido ao ataque de 7 de outubro foi retomada, com a opera\u00e7\u00e3o das IDF a intensificar-se tamb\u00e9m no sul do enclave palestiniano. Esta ter\u00e7a-feira de manh\u00e3, Israel identificou tr\u00eas militares, um oficial e dois soldados, que morreram nesta nova fase da guerra ao Hamas em Gaza. Os tanques israelitas est\u00e3o agora a \u0022estrangular\u0022 a cidade de Khan Younis, onde os hospitais t\u00eam sido o destino de muitos dos feridos deste tr\u00e1gico conflito, j\u00e1 com quase 16 mil mortos nas contas do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade afeto ao Hamas, al\u00e9m dos 1.200 resultantes do ataque do grupo palestiniano em Israel no dia 7 de outubro. Mirjana Spoljaric Egger, a presidente da Cruz Vermelha Internacional, esteve esta segunda-feira no Hospital Europeu de Gaza, localizado na zona leste de Khan Younis, e assumiu-se chocada. \u0022O que ali vi est\u00e1 para l\u00e1 de tudo o que qualquer pessoa possa descrever. O que mais me chocou foram as crian\u00e7as com ferimentos atrozes e, ao mesmo tempo, orf\u00e3s, sem ningu\u00e9m para tomar conta delas\u0022, afirmou Mirjana Spoljaric Egger, numa mensagem v\u00eddeo partilhada pelas redes sociais a partir da Faixa de Gaza. Do outro lado da fronteira, houve celebra\u00e7\u00e3o, na segunda-feira, em Herzliya, cidade israelita a norte de Telavive. Foi o dia do regresso a casa dos irm\u00e3os Maya e Itay Regev, respetivamente, de 21 e 18 anos. Os dois tinham sido raptados a 7 de outubro pelo Hamas, quando participam no festival de m\u00fasica Supernova, a cerca de 5 quil\u00f3metros da fronteira com a Faixa de Gaza.\u00a0 O evento foi atacado pelos militantes do Hamas e da Jiad Isl\u00e2mica. Maya foi ferida a tiro numa perna e assim ou v\u00e1rias semanas \u00e0s m\u00e3os do grupo palestiniano em Gaza.\u00a0 Os irm\u00e3os acabaram por ser inclu\u00eddos no acordo de troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas.\u00a0 Maya foi libertada a 25 de novembro e levada diretamente para o centro m\u00e9dico Soroka, em Beersheba, onde foi operada. Itay Regev foi libertado a 29 de novembro, pouco mais de 24 horas antes de as tr\u00e9guas terem fracassado. ", "dateCreated": "2023-12-04T21:55:07+01:00", "dateModified": "2023-12-05T08:30:52+01:00", "datePublished": "2023-12-05T08:04:24+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F08%2F61%2F72%2F1440x810_cmsv2_68f30044-0027-5020-9625-ece64230b0a5-8086172.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Palestinianos em fuga dos bombardamentos em Khan Younis", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F08%2F61%2F72%2F432x243_cmsv2_68f30044-0027-5020-9625-ece64230b0a5-8086172.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Marques", "givenName": "Francisco", "name": "Francisco Marques", "url": "/perfis/562", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@frmarques4655", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Guerra Israel-Hamas, dia 60: As bombas e o plano de inundar os túneis

Palestinianos em fuga dos bombardamentos em Khan Younis
Palestinianos em fuga dos bombardamentos em Khan Younis Direitos de autor AP Photo/Fatima Shbair
Direitos de autor AP Photo/Fatima Shbair
De Francisco Marques
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A contraofensiva ao ataque terrorista de 7 de outubro intensifica-se agora no sul da Faixa de Gaza, onde os hospitais se revelam cenários indescritíveis envolvendo crianças

PUBLICIDADE

As sirenes voltaram a ouvir-se esta terça-feira de manhã nas localidades israelitas próximas da Faixa de Gaza. Estamos no 60.° dia da contraofensiva de Israel ao ataque terrorista do Hamas de 7 de outubro e os ataques de parte a parte continuam.

As operações israelitas prosseguem no norte, mas intensificam-se agora na zona sul do enclave até há pouco controlado pelo braço armado do grupo palestiniano.

Em cima da mesa, adianta o Wall Street Journal, está um plano iniciado por Israel em novembro para inundar a agora famosa "teia" de túneis do Hamas com água do mar e obrigar os militantes palestinianos a sair para céu aberto.

O jornal norte-americano cita fontes norte-americanas não identificadas e avança que em meados de novembro as forças militares israelitas instalaram um sistema com pelo menos cinco bombas de água a cerca de 1,6 quilómetros do campo de refugiados de Al-Shati. 

O objetivo é bombear milhares de metros de cúbicos de água do mar por hora e inundar os túneis usados pelos militantes do Hamas para se protegerem das forças israelitas. O plano prevê que no espaço de semanas os militantes não teriam condições de se manter escondidos e protegidos nos túneis.

O facto de o Hamas ter dito que pelo menos alguns dos cerca de 240 reféns raptados a 7 de outubro são mantidos em túneis poderá estar a travar o plano israelita de inundar a "teia" do grupo palestiniano.

Israel não confirmou o plano, mas uma fonte das Forças de Defesa de Israel disse ao WSJ que "as IDF estão a operar para desmantelar as capacidades de terrorismo do Hamas de várias maneiras, recorrendo a diferentes ferramentas militares e tecnológicas".

O jornal avança que o plano israelita de inundar os túneis foi apresentado aos Estados Unidos no mês ado  e que ainda não havia conhecimento de uma decisão tomada pelo governo de Benjamin Netanyhau sobre a inundação dos túneis do Hamas.

O cessar-fogo humanitário e a consequente troca de prisioneiros acordada entre Israel e o Hamas, com mediação do Qatar, iniciados a 24 de novembro tiveram um fim precoce na manhã de 1 de dezembro.

Após um atentado em Jerusalém reivindicado pelo Hamas, os bombardeamentos israelitas voltaram a fazer-se sentir na Faixa de Gaza e a contraofensiva para destruir o Hamas devido ao ataque de 7 de outubro foi retomada, com a operação das IDF a intensificar-se também no sul do enclave palestiniano.

Esta terça-feira de manhã, Israel identificou três militares, um oficial e dois soldados, que morreram nesta nova fase da guerra ao Hamas em Gaza.

Os tanques israelitas estão agora a "estrangular" a cidade de Khan Younis, onde os hospitais têm sido o destino de muitos dos feridos deste trágico conflito, já com quase 16 mil mortos nas contas do Ministério da Saúde afeto ao Hamas, além dos 1.200 resultantes do ataque do grupo palestiniano em Israel no dia 7 de outubro.

Mirjana Spoljaric Egger, a presidente da Cruz Vermelha Internacional, esteve esta segunda-feira no Hospital Europeu de Gaza, localizado na zona leste de Khan Younis, e assumiu-se chocada.

"O que ali vi está para lá de tudo o que qualquer pessoa possa descrever. O que mais me chocou foram as crianças com ferimentos atrozes e, ao mesmo tempo, orfãs, sem ninguém para tomar conta delas", afirmou Mirjana Spoljaric Egger, numa mensagem vídeo partilhada pelas redes sociais a partir da Faixa de Gaza.

Do outro lado da fronteira, houve celebração, na segunda-feira, em Herzliya, cidade israelita a norte de Telavive. Foi o dia do regresso a casa dos irmãos Maya e Itay Regev, respetivamente, de 21 e 18 anos.

Os dois tinham sido raptados a 7 de outubro pelo Hamas, quando participam no festival de música Supernova, a cerca de 5 quilómetros da fronteira com a Faixa de Gaza. 

O evento foi atacado pelos militantes do Hamas e da Jiad Islâmica. Maya foi ferida a tiro numa perna e assim ou várias semanas às mãos do grupo palestiniano em Gaza. 

Os irmãos acabaram por ser incluídos no acordo de troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas. 

Maya foi libertada a 25 de novembro e levada diretamente para o centro médico Soroka, em Beersheba, onde foi operada. Itay Regev foi libertado a 29 de novembro, pouco mais de 24 horas antes de as tréguas terem fracassado.

Outras fontes • AP, AFP, WSJ, Times of Israel, Haaretz, Al Jazeera

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Khan Younis sem água nem comida após ataques israelitas

Israel expande a ofensiva militar a toda a Faixa de Gaza

Reinício dos combates em Gaza