Trégua na Faixa de Gaza entra no sexto e último dia, mas pode prolongar-se graças à libertação de mais reféns e prisioneiros.
A trégua entre Israel e o Hamas entrou no sexto e último dia. As várias partes estão envolvidas em esforços diplomáticos para prolongar o acordo. Segundo a agência Presse, o Hamas está disposto a prolongar a trégua por mais quatro dias em troca de prisioneiros palestinianos. Israel confirmou que recebeu a lista dos 10 reféns que deverão ser libertados esta quarta-feira.
O braço armado do Hamas, as Brigadas Qassam, anunciou também a libertação adicional de duas mulheres israelitas com cidadania russa.
O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que iria trabalhar para prolongar a pausa nos combates em Gaza numa próxima visita a Israel. "Nos próximos dias, vamos concentrar-nos em fazer o que pudermos para prolongar a pausa, de modo a podermos continuar a libertar mais reféns e a receber mais assistência humanitária", disse o chefe da diplomacia de Washington.
Vida em Gaza cada vez mais difícil
Os habitantes da Faixa de Gaza tentam conseguir os bens básicos durante a trégua. As pessoas que se abastecem de combustível e outros produtos têm de esperar horas em longas filas que se formam antes do amanhecer. Mohammed Matar é dono de uma instalação de dessalinização de água e assiste a estas cenas todos os dias: "As pessoas chegam aqui a pé, vindas de longe, a cerca de 10, 20 ou 30 quilómetros, só para obter água potável", diz.
As forças israelitas que operam na Cisjordânia ocupada invadiram o campo de refugiados de Jenin na terça-feira à noite. Segundo os residentes, o Tsahal demoliu um prédio de apartamentos, acreditando que havia um túnel debaixo do edifício.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está sob intensa pressão para trazer os reféns para casa e poderá ter dificuldade em retomar a ofensiva contra o Hamas se houver a perspetiva de mais libertações.