Umm Osama Tabsh vive agora no sítio onde trabalhava e a turma já não está completa. A professora partilha a sua história com a euronews
Na Faixa de Gaza as salas de aula assumiram um papel mais importante que nunca, não só para preparar o futuro mas também para se proteger no presente. As escolas funcionam como refúgio mas não estão imunes aos bombardeamentos e já mais de 130 professores perderam a vida.
Umm Osama Tabsh teve mais sorte, em conversa com a euronews ite que ainda não acredita no que está a acontecer:
“Sinto que estou num pesadelo, que isto não é a realidade. Como é que cheguei a ter de viver numa escola, numa sala de aula, para onde eu costumava adorar vir todas as manhãs para ensinar os meus estudantes e ar aqui um bom momento?
Hoje, faz 31 dias que estou aqui dia e noite. Vivo aqui porque não só é um abrigo para pessoas deslocadas de Gaza, mas também porque perdi muitas das minhas alunas. Estava a ensina-las, mas elas foram mortas pelos ataques israelitas."
O território contava com mais de 625 mil estudantes, a grande maioria não tem agora o a qualquer tipo de ensino.
Entre os bombardeamentos, as crianças fazem os possíveis para continuar a sê-lo. Uma tarefa não é fácil, numa guerra que já matou mais de 4500 crianças de acordo com os números avançados pelo Hamas.