Conflito entre Israel e o Hamas começou há um mês e para já não há sinal de um possível cessar-fogo humanitário
Um mês depois do início da guerra entre Israel e o Hamas, não há fim à vista para o conflito nem sinais de um "cessar-fogo", rejeitado por Telavive.
A maior parte da Faixa de Gaza foi completamente destruída pelos bombardeamentos israelitas, que fizeram até ao momento mais de 10.000 mortos, segundo as autoridades sanitárias locais, incluíndo 4000 menores, o que levou mesmo a ONU a dizer que o enclave palestiniano se está a transformar num "cemitério para crianças".
António Guterres, secretário-geral da ONU:"Gaza está a tornar-se um cemitério de crianças. Centenas de raparigas e rapazes estão a ser mortos ou feridos todos os dias. Num período de quatro semanas, foram mortos mais jornalistas do que em qualquer outro conflito em pelo menos três décadas. Mais trabalhadores humanitários das Nações Unidas foram mortos do que em qualquer período comparável na história da nossa organização."
As forças israelitas intensificaram as operações, afirmando estar a visar infraestruturas do Hamas e a minimizar as baixas civis. Washington e Telavive têm debatido a possibilidade de "pausas táticas" para permitir a entrada de ajuda humanitária, mas o primeiro-ministro israelita rejeita um "cessar-fogo" enquanto o Hamas não libertar os reféns.
Um novo grupo de palestinianos de dupla nacionalidade e feridos pode sair da Faixa de Gaza para o Egito pela agem de Rafah, depois de dois dias de suspensão nas operações de evacuação.
Entretanto, militantes do Hamas no Líbano dizem ter lançado 16 "rockets" contra Israel e rebeldes hutis do Iémen, apoiados pelo Irão, afirmaram ter lançado um ataque com drones.
Nos muros da Cidade Velha de Jerusalém, foram projetadas as fotos dos mais de 200 israelitas sequestrados durante o ataque transfronteiriço do Hamas a 7 de outubro, que se saldou em 1400 mortes e esteve na origem da guerra.