Sínodo recomenda que se encontrem formas de formar mulheres diáconas, mas não ite ainda o sacerdócio no feminino
O ano é 2023 e a cúpula da Igreja Católica considera "urgente garantir que as mulheres possam participar nos processos de decisão e assumir papéis de responsabilidade" dentro da estrutura eclesiástica.
O resultado de quase um mês de debate à porta fechada está num documento aprovado por maioria de dois terços no Sínodo que não fala em sacerdócio feminino mas abre a porta à possibilidade das mulheres serem diáconas, embora não detalhe como.
A reunião teve pela primeira vez mulheres entre os participantes e é apresentada como "um marco" na Igreja Católica.
No texto, os bispos exortam a Igreja a ouvir e a não discriminar "as pessoas que se sentem marginalizadas ou excluídas devido ao seu estado civil, identidade e sexualidade", mas não propõem qualquer abertura nestas matérias, apelando apenas para que se e "o tempo necessário" a refletir sobre estas questões.
Ao longo das 42 páginas, texto regista as denúncias feitas pelas mulheres de que "o clericalismo, o machismo e o uso inapropriado da autoridade continuam a marcar o rosto da Igreja".
O Papa Francisco convocou o sínodo há mais de dois anos, como parte dos esforços de reforma geral para tornar a Igreja um lugar mais acolhedor, onde os leigos têm uma maior participação .