{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/08/01/lideres-do-azerbaijao-e-da-armenia-em-entrevista-exclusiva-a-euronews" }, "headline": "L\u00edderes do Azerbaij\u00e3o e da Arm\u00e9nia em entrevista exclusiva \u00e0 Euronews", "description": "Negoci\u00e1mos durante meses para conseguir realizar uma entrevista em conjunto com os l\u00edderes do Azerbaij\u00e3o e da Arm\u00e9nia.", "articleBody": "Os dois pa\u00edses est\u00e3o envolvidos num dos conflitos mais duradouros do mundo.\u00a0O Nagorno-Karabakh tem sido palco de alguns dos epis\u00f3dios mais violentos da hist\u00f3ria recente do C\u00e1ucaso do Sul. Apesar de um acordo de cessar-fogo mediado pela R\u00fassia em 2020, as tens\u00f5es est\u00e3o longe de ter chegado ao fim . Media\u00e7\u00e3o: o papel da UE, dos Estados Unidos e da R\u00fassia Os Estados Unidos e a Uni\u00e3o Europeia t\u00eam vindo a desempenhar um papel mais importante na media\u00e7\u00e3o da crise, desde o vazio deixado pela R\u00fassia, medidador tradicional do poder regional, que se encontra agora atolado na Ucr\u00e2nia). E as conversa\u00e7\u00f5es t\u00eam vindo a encher as pessoas de esperan\u00e7a de uma paz duradoura. Mas os \u00faltimos desenvolvimentos em torno dos desacordos sobre o Corredor de Lachin e as alega\u00e7\u00f5es de que o Azerbaij\u00e3o est\u00e1 a bloquear a \u00fanica agem que liga a Arm\u00e9nia aos arm\u00e9nios no interior do Nagorno-Karabakh, parecem indicar que o caminho para a paz ser\u00e1 longo. Coloc\u00e1mos as mesmas perguntas a Ilham Aliyev e a Nikol Pashinyan e demos-lhes a oportunidade de expressarem os seus pontos de vista, sem interrup\u00e7\u00f5es ou contesta\u00e7\u00f5es. Um lado tenso e zangado, outro vencedor e bem-disposto A ideia era dar a ambas as partes uma plataforma para exprimirem os seus pontos de vista sobre o conflito e sobre as possibilidades de paz. Ficou claro quem se sentia vencedor quando me encontrei com os dois l\u00edderes ao longo da semana ada: Aliyev chegou ao encontro sorridente e claramente \u00e0 vontade, enquanto Pashinyan estava tenso, quase zangado. Ambos tinham muito a dizer sobre a raz\u00e3o pela qual se encontravam nos respectivos estados de esp\u00edrito. Aliyev disse que vencer a \u00faltima guerra total contra a Arm\u00e9nia era \u0022a miss\u00e3o da sua vida pol\u00edtica\u0022 e que agora estava pronto para falar de paz. Enquanto Pashinyan insistiu que muitos dos pontos acordados em sucessivas negocia\u00e7\u00f5es \u0022estavam a ser violados\u0022 e que \u0022ningu\u00e9m prometeu que seria f\u00e1cil alcan\u00e7ar a paz\u0022. Ambos os l\u00edderes concordaram que a media\u00e7\u00e3o internacional era importante e ben\u00e9fica, mas reconheceram os diferentes interesses de certos intervenientes - e o facto de a paz na regi\u00e3o n\u00e3o servir o mesmo objetivo para todos. A paz: um trabalho que pode levar gera\u00e7\u00f5es Mas talvez o aspeto mais interessante destas duas entrevistas tenha a ver com coisas que n\u00e3o aparecem nesta edi\u00e7\u00e3o espec\u00edfica de Global Conversation: as conversas que tive com pessoas de ambos os lados durante as minhas viagens pelo Azerbaij\u00e3o e pela Arm\u00e9nia. O ressentimento e a dor ainda est\u00e3o vivos. A liga\u00e7\u00e3o que as pessoas sentem \u00e0 terra naquela parte do mundo une-os e divide-os em igual medida. Sejam quais forem os corpos diplom\u00e1ticos que consigam negociar entre si na Europa, nos Estados Unidos ou mesmo em Moscovo, o caminho para a paz ter\u00e1 de incluir os povos. E esse \u00e9 um trabalho que pode levar gera\u00e7\u00f5es, mas que parece ser a \u00fanica forma de construir uma realidade diferente para o Nagorno-Kharabah, a Arm\u00e9nia e o Azerbaij\u00e3o.\u00a0E para os seus habitantes. Clique no v\u00eddeo para ver as entrevistas na \u00edntegra ", "dateCreated": "2023-07-25T14:29:48+02:00", "dateModified": "2023-08-01T19:40:49+02:00", "datePublished": "2023-08-01T19:00:38+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F77%2F71%2F90%2F1440x810_cmsv2_0b9ce5cf-3f86-5473-a3d3-c578e30340b1-7777190.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Negoci\u00e1mos durante meses para conseguir realizar uma entrevista em conjunto com os l\u00edderes do Azerbaij\u00e3o e da Arm\u00e9nia.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F77%2F71%2F90%2F432x243_cmsv2_0b9ce5cf-3f86-5473-a3d3-c578e30340b1-7777190.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Borges", "givenName": "Anelise", "name": "Anelise Borges", "url": "/perfis/1443", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@AnneliseBorges", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue anglaise" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

Líderes do Azerbaijão e da Arménia em entrevista exclusiva à Euronews

Líderes do Azerbaijão e da Arménia em entrevista exclusiva à Euronews
Direitos de autor euronews
Direitos de autor euronews
De Anelise Borgeseuronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Negociámos durante meses para conseguir realizar uma entrevista em conjunto com os líderes do Azerbaijão e da Arménia.

Os dois países estão envolvidos num dos conflitos mais duradouros do mundo. O Nagorno-Karabakh tem sido palco de alguns dos episódios mais violentos da história recente do Cáucaso do Sul. Apesar de um acordo de cessar-fogo mediado pela Rússia em 2020, as tensões estão longe de ter chegado ao fim.

Mediação: o papel da UE, dos Estados Unidos e da Rússia

Os Estados Unidos e a União Europeia têm vindo a desempenhar um papel mais importante na mediação da crise, desde o vazio deixado pela Rússia, medidador tradicional do poder regional, que se encontra agora atolado na Ucrânia). E as conversações têm vindo a encher as pessoas de esperança de uma paz duradoura.

Mas os últimos desenvolvimentos em torno dos desacordos sobre o Corredor de Lachin e as alegações de que o Azerbaijão está a bloquear a única agem que liga a Arménia aos arménios no interior do Nagorno-Karabakh, parecem indicar que o caminho para a paz será longo.

Colocámos as mesmas perguntas a Ilham Aliyev e a Nikol Pashinyan e demos-lhes a oportunidade de expressarem os seus pontos de vista, sem interrupções ou contestações.

Um lado tenso e zangado, outro vencedor e bem-disposto

A ideia era dar a ambas as partes uma plataforma para exprimirem os seus pontos de vista sobre o conflito e sobre as possibilidades de paz.

Ficou claro quem se sentia vencedor quando me encontrei com os dois líderes ao longo da semana ada: Aliyev chegou ao encontro sorridente e claramente à vontade, enquanto Pashinyan estava tenso, quase zangado.

Ambos tinham muito a dizer sobre a razão pela qual se encontravam nos respectivos estados de espírito.

Aliyev disse que vencer a última guerra total contra a Arménia era "a missão da sua vida política" e que agora estava pronto para falar de paz. Enquanto Pashinyan insistiu que muitos dos pontos acordados em sucessivas negociações "estavam a ser violados" e que "ninguém prometeu que seria fácil alcançar a paz".

Ambos os líderes concordaram que a mediação internacional era importante e benéfica, mas reconheceram os diferentes interesses de certos intervenientes - e o facto de a paz na região não servir o mesmo objetivo para todos.

A paz: um trabalho que pode levar gerações

Mas talvez o aspeto mais interessante destas duas entrevistas tenha a ver com coisas que não aparecem nesta edição específica de Global Conversation: as conversas que tive com pessoas de ambos os lados durante as minhas viagens pelo Azerbaijão e pela Arménia.

O ressentimento e a dor ainda estão vivos. A ligação que as pessoas sentem à terra naquela parte do mundo une-os e divide-os em igual medida.

Sejam quais forem os corpos diplomáticos que consigam negociar entre si na Europa, nos Estados Unidos ou mesmo em Moscovo, o caminho para a paz terá de incluir os povos. E esse é um trabalho que pode levar gerações, mas que parece ser a única forma de construir uma realidade diferente para o Nagorno-Kharabah, a Arménia e o Azerbaijão. E para os seus habitantes.

Clique no vídeo para ver as entrevistas na íntegra

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

As versões arménia e azeri do recrudescimento da violência

Věra Jourová sobre o combate à corrupção e os novos pacotes legislativos

Provedora de Justiça da UE: "Europa tem de ter autoridade moral para se afirmar a nível global"