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Mediterrâneo e mar que banha sul da Florida batem recorde de aquecimento

Um homem mergulha para as águas do Mediterrâneo em Beirute, Líbano
Um homem mergulha para as águas do Mediterrâneo em Beirute, Líbano Direitos de autor AP Photo/Hassan Ammar
Direitos de autor AP Photo/Hassan Ammar
De Francisco Marques
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Investigadores registam novo máximo no mar europeu com base em dados do Copernicus

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As águas do Mar Mediterrâneo bateram esta segunda-feira o recorde para a temperatura diria mais alta à superfície, anunciou à agência Press o principal centro de estudos marítimos espanhol.

Em plena onda de calor pelo sul da Europa, com incêndios graves no sudeste da Grécia, na ilha italiana da Sicília e na costa sul do Mediterrâneo, na Argélia, a superfície do mar que separa a Europa de África e que liga a Turquia ao Atlântico chegou aos 28,71.°C.

"Foi batido um novo recorde para o período de 1982-2023 para a temperatura média diária da superfície do mar no Mediterrâneo, com 28,71ºC", revelaram os investigadores do Instituto de Ciências do Mar (ICM), localizado em Barcelona.

Os investigadores asseguram terem sido registados em algumas zonas do mar, entre a Sicília e Nápoles, em Itália,  picos de temperatura acima dos 30.°C.

O recorde anunciado tem por base dados de satélite do Copernicus. O observatório europeu ainda terá de confirmar esses dados.

O anterior recorde estava nos 28,25.°C e tinha sido registado há duas décadas, a 23 de agosto de 2023.

O novo máximo agrava o perifo para os ecossistemas marinhos do Mediterrâneo, onde algumas espécies já começaram a alterar as rotinas e, por exemplo, os locais de reprodução.

Um estudo publicado no ano ado referiu a mortalidade acentuada no Mediterrâneo de diversas espécies, incluindo ouriços do mar, corais e bivalves, numa profundidade entre a superfícies e os 45 metros, devido às ondas de calor registadas entre 2015 e 2019.

A região do Mediterrâneo é considerada um hot spot das alterações climáticas pelo Intergovernamental das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.

Num cenário já itido de aquecimento global de 1,5.°C, em relação à era pré-industrial, presume-se que mais de 20% dos peixes e invertebrados no Mediterrâneo oriental podem desaparecer da zona até 2060 e as receitas da pesca podem diminuir 30% até 2050. Em média, o planeta já está 1,2.°C mais quente.

Temperaturas do oceano no sul da Flórida preocupam os cientistas

A temperatura da superfície do oceano em Florida Keys e nos seus arredores subiu para níveis recorde, no meio de avisos recentes de monitores meteorológicos globais sobre o impacto perigoso do aquecimento das águas nos ecossistemas e eventos climáticos extremos.

Uma boia de temperatura da água localizada dentro do Parque Nacional de Everglades, nas águas da Baía de Manatee, atingiu um máximo de 38,44 Celsius no final da tarde de segunda-feira, segundo dados do governo dos EUA.

As temperaturas normais da água na região nesta altura do ano devem situar-se entre os 23 e os 31 graus centígrados, segundo a istração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).

A NOAA alertou no início deste mês para o facto de as águas mais quentes em torno da Flórida poderem sobrecarregar as tempestades tropicais e os furacões, que acumulam mais energia em águas mais quentes. Segundo a agência, o aumento das temperaturas está também a afetar gravemente os recifes de coral.

Outras fontes • AFP

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