As autoridades da Arábia Saudita estão a reprimir as viagens ilegais a Meca para a peregrinação anual Hajj, depois de no ano ado se ter registado um maior número de mortes devido ao calor extremo do verão. Até à data, foi recusada a entrada a 269 678 muçulmanos sem autorização para a Hajj.
A Arábia Saudita impediu a entrada em Meca de cerca de 269 678 peregrinos sem autorização, durante a peregrinação anual do Hajj.
O governo atribui a culpa da sobrelotação do Hajj aos participantes sem autorização e afirma que estes representam um grande número de pessoas que morreram no ano ado devido ao calor extremo.
O número de expulsões revela a dimensão das peregrinações não autorizadas, bem como a procura de participantes no Hajj. Atualmente, estima-se que estejam em Meca 1,4 milhões de muçulmanos, prevendo-se a chegada de mais nos próximos dias.
Estão previstas multas até 5.000 dólares (4.400 euros) e outras medidas punitivas, como a deportação, para quem efetuar o Hajj sem autorização. Esta política abrange os cidadãos e as pessoas com residência na Arábia Saudita.
Numa conferência de imprensa em Meca, as autoridades disseram que tinham impedido a entrada de 269 678 pessoas sem autorização e que só aos titulares de autorizações seré permitido efetuar a peregrinação, mesmo que vivam na cidade durante todo o ano.
As autoridades também impam sanções a mais de 23.000 residentes sauditas por violarem os regulamentos do Hajj e revogaram as licenças de 400 empresas do Hajj.
O tenente-general Mohammed Al-Omari disse à imprensa que : "O peregrino está à nossa vista e quem desobedecer está nas nossas mãos".
A Hajj é a peregrinação islâmica anual a Meca e envolve uma série de rituais religiosos. É uma obrigação única na vida para todos os muçulmanos que a podem pagar e que são fisicamente capazes de a fazer.
Mas, nos últimos anos, a peregrinação tem sido marcada por preocupações com as temperaturas extremas, uma vez que os peregrinos realizam os seus rituais ao ar livre nas horas de maior calor.
Historicamente, não são raras as mortes durante o Hajj, que já viu, por vezes, mais de 2 milhões de pessoas deslocarem-se até à Arábia Saudita para uma peregrinação de cinco dias. Também já se registaram debandadas fatais e outros acidentes.
A Defesa Civil da Arábia Saudita disse no domingo que os drones estavam a ser utilizados pela primeira vez no Hajj. Estes podem ser utilizados para vigilância e controlo, bem como para apagar incêndios.