Postos fronteiriços não têm capacidade para controlar os aportes de todos os viajantes
Os lugares vazios são já um cenário habitual no Eurostar mas nem por isso há um menor interesse na ligação ferroviária entre Londres e o continente europeu. A procura é suficiente para encher o comboio e se isso não acontece, é porque os postos fronteiriços não têm capacidade para controlar os aportes de todos os ageiros.
Na origem do problema, além do Brexit, está a pandemia de covid-19 e o seu impacto nas ligações internacionais. O número de ageiros já regressou entretanto à normalidade mas o número de funcionários nos postos fronteiriços nem por isso.
Desde a saída do Reino Unido da União Europeia que os aportes britânicos são processados à parte e como tal pede-se agora aos ageiros que cheguem uma hora e meia antes do comboio partir.
Apesar disso, as filas acumulam-se nas estações do Eurostar e o primeiro comboio da manhã nunca está cheio e conta com cerca de 250 lugares vazios todos os dias.
A forma encontrada pela Eurostar para contornar o problema foi reduzir em cerca de um terço o número de bilhetes vendidos.
Em Londres, o tempo de espera na estação de St. Pancras aumentou 30%. A solução está nas mãos das autoridades de Reino Unido e União Europeia e a pelo reforço de meios disponibilizados para os controlos fronteiriços. Para os ageiros, o melhor é chegar com tempo para não perder o comboio.