O incêndio nos depósitos de combustíveis de Matanzas, em Cuba, continua fora de controlo. Equipas da Venezuela e México chegaram à ilha para ajudar
Cuba está a enfrentar o maior desastre industrial da sua história. Na segunda-feira, quando estavam em curso operações de combate a incêndios num depósito de combustível na cidade de Matanzas, uma série de grandes explosões ampliou a zona da tragédia. Quatro depósitos de combustível foram cedendo às chamas, uns atrás dos outros.
Em conferência de imprensa, Alexander Ávalos, da Brigada Nacional de Combate a Incêndios, disse: "O fogo cresceu agora em tamanho. Já estão comprometidos os quatro tanques de uma capacidade de 50 mil metros cúbicos. Estamos a defender o Terminal 321 onde se encontram os tanques de produtos claros, principalmente evitando a propagação do incêndio".
Até agora, há a registar um morto e 125 feridos, mas há 14 pessoas desaparecidas, na maioria bombeiros, que estavam a combater as chamas, no momento das explosões.
Os habitantes de Matanzas, a 100 km de Havana, estão preocupados.
Estamos muito preocupadas com as crianças, os idosos e a economia de Matanzas - onde estamos - e a economia do país. Não sabemos como isto vai terminar e, oxalá que Deus queira e ajude a que venham mais pessoas e mais países ajudar-nos.
Equipas do México e Venezuela estão já em Cuba para ajudar a apagar o incêndio.
Um duro golpe, num país que desde maio não consegue satisfazer a procura de energia de uma população de 11 milhões de habitantes. As autoridades impam cortes de energia de até 12 horas por dia em algumas regiões.