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Portugueses descobrem como cortar a comunicação intercélulas e travar o cancro do pâncreas

Técnicos do i3S a trabalhar no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, no Porto
Técnicos do i3S a trabalhar no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, no Porto Direitos de autor ESTELA SILVA/LUSA
Direitos de autor ESTELA SILVA/LUSA
De Francisco Marques
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Equipa da Universidade do Porto sugere dois caminhos terapêuticos para tornar as células estaminais cancerígenas mais permissivas à quimioterapia

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Uma equipa de investigadores, liderada por Sónia Melo, descobriu uma forma de cortar os canais de comunicação entre células estaminais cancerígenas, travar o desenvolvimento dos tumores e aumentar, por exemplo, a eficácia da quimioterapia na luta contra o cancro do pâncreas.

A descoberta foi publicada na revista especializada “Gut”, o que representa um reconhecimento internacional pelo trabalho da equipa do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, da Universidade do Porto, sobre o comportamento das células estaminais cancerígenas.

A investigadora especializada em comunicação intercelular e cancro, Sónia Melo, explica-nos que a ideia inicial era a de que "a comunicação entre as células acontecia ao acaso".

"O que nós percebemos é que não é assim. Há quem comande as outras células e, com essa informação, essas outras células adaptam-se para poder crescer melhor. Sobretudo quando são atacados, nomeadamente por quimioterapia, há esta capacidade de o tumor receber informação para conseguir sobreviver aquele ataque", contou a líder do estudo à RTP.

No comunicado distribuído pelo instituto da Universidade do Porto, a investigadora desvendou a nova arma contra o cancro do pâncreas: "Percebemos que quando cortamos essa comunicação entre as células estaminais cancerígenas e as outras células cancerígenas impedimos o crescimento do tumor."

O resultado foi alcançado com recurso a amostras de tumores pancreáticos de doentes do Centro Hospitalar Universitário de São João, do Porto, e que foram introduzidas em ratinhos. Os pequenos roedores foram depois medicados com moléculas para inibir a comunicação intercélulas e isso permitiu "travar a progressão do tumor", explicou o i3S, citado pela Lusa.

O estudo, realizado no âmbito da "Porto Comprehensive Cancer Center", que decorreu em 2021, indica dois caminhos para terapêuticas de combate ao cancro pancreático.

Por um lado, "a utilização de drogas para impedir a comunicação entre células cancerígenas" e, por outro, o recurso a "anticorpos para bloquear a proteína Agrin", existente no interior das vesículas extracelulares e que, "quando é enviada às outras células, impulsiona o tumor a crescer e a vencer as adversidades, nomeadamente, a quimioterapia".

Numa cooperação com técnicos dos hospitais da Luz e Beatriz Ângelo, a equipa do i3S analisou o sangue de pacientes com cancro pancreático e verificaram que os que apresentam maior número de vesículas extracelulares positivas para a proteína Agrin em circulação no sangue correm "um risco três vezes maior de progressão da doença.

A luta contra o cancro ganha assim um novo fôlego nesta versão da doença, o cancro do pâncreas, responsável em Portugal a cada ano por 1800 novos casos e tido como a segunda maior causa de morte entre vítimas de cancro.

Editor de vídeo • Francisco Marques

Outras fontes • RTP, Lusa, i3S

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