Paris deu início no sábado ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, assinalado desde há 40 anos a 25 de novembro e reconhecido pela ONU desde 1999
Paris foi palco este sábado de um protesto de milhares de pessoas contra a violência de género. O evento foi promovido no âmbito do Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que se celebra esta quinta-feira.
Milhares de ativistas desfilaram pelas ruas da capital sa pedindo respeito pelos direitos das mulheres, o fim dos abusos sexistas e sexuais, e exigindo ao Governo gaulês políticas justas de combate a estes crimes.
Os organizadores dizem ter conseguido juntar 50 mil pessoas. As autoridades dizem ter sido 18 mil participantes no protesto. Em comparação com o balanço do protesto de há dois anos, após a suspensão do ano ado devido à Covid-19, a participação em ambas as estimativas caiu agora para metade.
Até à próxima quinta-feira, 25 de novembro, a data em que se celebra anualmente desde há 40 anos o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, há mais protestos anunciados em diversas cidades de França.
A data é celebrada desde 1981. Foi reforçado pelas Nações Unidas, em 1993, com a adoção da Declaração para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres e, em 1999, com a designação oficial pela ONU do dia 25 de novembro como símbolo dessa luta.
A data foi escolhida em honra das irmãs Mirabal, três ativistas políticas da Republica Dominicana que foram brutalmente assassinadas em 1960 por ordem do então líder daquele país das Caraíbas, Rafael Trujillo.
Portugal entra na luta
Em Lisboa, decorreu na semana ada o primeiro Fórum Portugal Contra a Violência, tendo por objetivo "promover a discussão e reflexão em torno dos novos instrumentos de intervenção multissetorial de prevenção e combate à violência doméstica, bem como os seus impactos no terreno".
Há um ano, no âmbito deste dia internacional, foi lançada em Portugal a campanha #EuSobrevivi, como força de reforçar a vigilância contra a violência doméstica e o alerta para os desafios impostos pela pandemia de Covid-19.
Em junho deste ano, a Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade relançou a campanha, incluída num novo plano de reforço de prevenção e combate à violência doméstica.