{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2021/05/28/protestos-na-colombia-duram-ha-um-mes-e-nao-tem-fim-a-vista" }, "headline": "Protestos na Col\u00f4mbia duram h\u00e1 um m\u00eas e n\u00e3o t\u00eam fim \u00e0 vista", "description": "Os protestos e a viol\u00eancia na Col\u00f4mbia come\u00e7aram a 28 de abril e ainda n\u00e3o t\u00eam fim \u00e0 vista. J\u00e1 morreram dezenas de pessoas e milhares ficaram feridas", "articleBody": "A Col\u00f4mbia completa, esta sexta-feira, um m\u00eas de protestos antigovernamentais naquele que \u00e9 o maior levantamento social da hist\u00f3ria recente do pa\u00eds. H\u00e1 quatro semanas que os atos de protesto e viol\u00eancia nas ruas se repetem diariamente, numa onda que cobra j\u00e1 um pesado balan\u00e7o de v\u00edtimas, com dezenas de mortos, milhares de feridos e mais de uma centena de desaparecidos. Aquilo que come\u00e7ou por ser um protesto contra a reforma fiscal proposta pelo governo, transformou-se num movimento de contesta\u00e7\u00e3o global. O presidente, Ivan Duque recuou no diploma da reforma fiscal, afirmando: \u0022Dei uma instru\u00e7\u00e3o muito clara \u00e0 equipa do Minist\u00e9rio das Finan\u00e7as para que, no \u00e2mbito do processo legislativo, construa um novo texto com o Congresso\u0022, mas isso n\u00e3o acalmou os \u00e2nimos. Os manifestantes exigiram tamb\u00e9m o fim da reforma dos cuidados de sa\u00fade, que o congresso acabou por rejeitar, e, finalmente, exigiram mudan\u00e7as profundas num modelo de sociedade que consideram injusto e sem apoios. As manifesta\u00e7\u00f5es t\u00eam sido reprimidas pela for\u00e7a. As organiza\u00e7\u00f5es internacionais apontam o dedo a Bogot\u00e1: \u0022Testemunh\u00e1mos o uso excessivo da for\u00e7a por agentes de seguran\u00e7a, tiroteios, uso de muni\u00e7\u00f5es vivas, espancamentos de manifestantes e deten\u00e7\u00f5es\u0022, disse Marta Hurtado, porta-voz da Alta Comiss\u00e1ria das Na\u00e7\u00f5es Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. Segundo as autoridades, s\u00e3o 43 as v\u00edtimas mortais dos protestos, mas a ONG Human Rights Watch garante ter den\u00fancias cred\u00edveis sobre 61 mortes, 24 das quais foi poss\u00edvel confirmar que t\u00eam rela\u00e7\u00e3o com as manifesta\u00e7\u00f5es. Trata-se de 22 civis e dois policias. O executivo conservador acusa as guerrilhas e os traficantes de droga de financiarem e articularem o movimento antigovernamental. As conversa\u00e7\u00f5es entre a Comiss\u00e3o Nacional de Greve e o governo progridem muito lentamente, enquanto alguns movimentos apelam \u00e0 reconcilia\u00e7\u00e3o nacional. Os protestos come\u00e7aram no dia 28 de abril, na cidade de Tulu\u00e1, no departamento de Valle del Cauca. Sem lideran\u00e7a nem agenda espec\u00edfica, os manifestantes t\u00eam muitas reivindica\u00e7\u00f5es, que se resumem num estado mais solid\u00e1rio e justo face \u00e0 crise econ\u00f3mica provocada pela pandemia e numa reforma da policia para acabar com os casos de abuso da autoridade e da for\u00e7a. ", "dateCreated": "2021-05-28T06:02:45+02:00", "dateModified": "2021-05-28T13:19:32+02:00", "datePublished": "2021-05-28T13:19:28+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F70%2F61%2F74%2F1440x810_cmsv2_2869afed-fee4-5b35-b03b-1025a3482c75-5706174.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Os protestos e a viol\u00eancia na Col\u00f4mbia come\u00e7aram a 28 de abril e ainda n\u00e3o t\u00eam fim \u00e0 vista. J\u00e1 morreram dezenas de pessoas e milhares ficaram feridas", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F70%2F61%2F74%2F432x243_cmsv2_2869afed-fee4-5b35-b03b-1025a3482c75-5706174.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Protestos na Colômbia duram há um mês e não têm fim à vista

Protestos na Colômbia duram há um mês e não têm fim à vista
Direitos de autor Fernando Vergara/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
Direitos de autor Fernando Vergara/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Os protestos e a violência na Colômbia começaram a 28 de abril e ainda não têm fim à vista. Já morreram dezenas de pessoas e milhares ficaram feridas

PUBLICIDADE

A Colômbia completa, esta sexta-feira, um mês de protestos antigovernamentais naquele que é o maior levantamento social da história recente do país.

Há quatro semanas que os atos de protesto e violência nas ruas se repetem diariamente, numa onda que cobra já um pesado balanço de vítimas, com dezenas de mortos, milhares de feridos e mais de uma centena de desaparecidos.

Aquilo que começou por ser um protesto contra a reforma fiscal proposta pelo governo, transformou-se num movimento de contestação global.

O presidente, Ivan Duque recuou no diploma da reforma fiscal, afirmando: "Dei uma instrução muito clara à equipa do Ministério das Finanças para que, no âmbito do processo legislativo, construa um novo texto com o Congresso", mas isso não acalmou os ânimos. Os manifestantes exigiram também o fim da reforma dos cuidados de saúde, que o congresso acabou por rejeitar, e, finalmente, exigiram mudanças profundas num modelo de sociedade que consideram injusto e sem apoios.

As manifestações têm sido reprimidas pela força. As organizações internacionais apontam o dedo a Bogotá: "Testemunhámos o uso excessivo da força por agentes de segurança, tiroteios, uso de munições vivas, espancamentos de manifestantes e detenções", disse Marta Hurtado, porta-voz da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

Segundo as autoridades, são 43 as vítimas mortais dos protestos, mas a ONG Human Rights Watch garante ter denúncias credíveis sobre 61 mortes, 24 das quais foi possível confirmar que têm relação com as manifestações. Trata-se de 22 civis e dois policias.

O executivo conservador acusa as guerrilhas e os traficantes de droga de financiarem e articularem o movimento antigovernamental.

As conversações entre a Comissão Nacional de Greve e o governo progridem muito lentamente, enquanto alguns movimentos apelam à reconciliação nacional.

Os protestos começaram no dia 28 de abril, na cidade de Tuluá, no departamento de Valle del Cauca.

Sem liderança nem agenda específica, os manifestantes têm muitas reivindicações, que se resumem num estado mais solidário e justo face à crise económica provocada pela pandemia e numa reforma da policia para acabar com os casos de abuso da autoridade e da força.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Marcha contra a imigração junta milhares de pessoas em Varsóvia

Protestos em Israel depois de governo ter anunciado planos para tomar toda a Faixa de Gaza

Protestos em cidades da Índia após tiroteio que causou pelo menos 26 mortos em Caxemira