Ministro da Saúde francês itiu que pacientes da região de Paris podem começar a ser transferidos para outras regiões, devido ao elevado número de internamentos nos cuidados intensivos.
O ministro francês da Saúde, Olivier Véran, itiu, esta quinta-feira, a transferência de doentes com covid-19 dos hospitais da região de Paris para unidades de saúde de outras regiões em França.
O país registou 27166 novos casos de covid-19 e 265 mortes relacionadas com a doença, em 24 horas. Na região de Île-de-, os cuidados intensivos estão perto do limite, com mais de mil doentes internados, o número mais elevado desde meados de novembro.
De acordo com o ministro, caso o ritmo de contágios se mantenha, a região chegará aos 1 500 doentes de covid-19, no final de março.
Perante a situação "tensa e inquietante", Verán revelou que as transferências podem ter início já este fim de semana e abranger "dezenas, ou mesmo centenas de doentes", num momento que, de acordo com o ministro, a "solidariedade entre regiões" é "crucial" para "salvar vidas".
França vai, no entanto, aliviar as restrições à entrada no país de pessoas oriundas de alguns países de fora da União Europeia, como o Reino Unido, Israel, Austrália, Coreia do Sul, Singapura e Japão. Nestes casos, a partir desta sexta-feira, deixa de ser necessário apresentar um motivo imperioso para as deslocações de e para o território francês.
Polónia agrava restrições
Também na Polónia a tendência é para um aumento de casos de covid-19, com o país a atingir, esta quinta-feira, o maior máximo diário de contágios desde novembro.
Uma das explicações para a subida do número de infeções pode estar na propagação da estirpe britânica do vírus.
A evolução levou o governo polaco a impor novas restrições já a partir da próxima semana em várias cidades, incluindo a capital.
Portugal desconfina por fases
Já em Portugal foi anunciado um desconfinamento, mas de forma faseada, a partir da próxima semana.
O país tenta controlar o maior surto de coronavírus desde o início da pandemia, que levou o executivo de António Costa a encerrar escolas e serviços, em janeiro.
As restrições nas fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha são, no entanto, para manter pelo menos até à Páscoa.
União Europeia prossegue campanha de vacinação com alguns sobressaltos
O combate à covid-19 na Europa tem conhecido alguns avanços e recuos. E a chegada de vacinas ao mercado não está a ser exceção.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou esta quinta-feira a vacina de dose única da Johnson & Johnson e a União Europeia já encomendou 400 milhões de doses ao fabricante americano.
É a quarta vacina a receber luz verde da União Europeia e, por ser mais fácil de armazenar e aplicada apenas uma vez, implica uma logística de distribuição mais simples que a das concorrentes.
No Reino Unido, estudos mostraram uma eficácia de 96% da Novavax Covid-19, colocando a vacina mais perto da aprovação.
No entanto, também esta semana novas questões sobre a imunização foram levantadas, depois de Dinamarca, Noruega e Islândia terem suspendido a vacina da AstraZeneca para investigar a morte de pacientes vacinados com o produto da farmacêutica anglo-sueca.