Acusam o executivo polaco de ataque à liberdade de imprensa
"A negro", foi assim que várias televisões na Polónia abriram emissão. Estão em protesto contra os impostos que o Governo propôs para a comunicação social.
Os meios de comunicação acusam o executivo de querer limitar a liberdade de imprensa e de pôr em causa a democracia no país. O governo diz que os "ricos" também "têm de contribuir para o desenvolvimento económico".
"Não podemos deixar que os pobres fiquem cada vez mais pobres e os ricos mais ricos. Eles também devem participar no desenvolvimento socioeconómico", disse Mateusz Morawiecki, primeiro-ministro da Polónia.
A proposta de novas taxas foi vista como um ataque à imprensa e uma forma indireta de censura
Borys Budka, líder da Plataforma Cívica, fala de um ataque indireto.
"Vejo o ataque aos meios de comunicação independentes como uma tentativa de introduzir censura, por um lado, mas acima de tudo uma tentativa das autoridades de se colocarem fora de qualquer controlo.", itiu.
A polémica chegou à Comissão Europeia, que mostrou preocupação com a proposta de medida do governo polaco.
"Estamos cientes das preocupações levantadas pela comunicação social polaca.", disse Christian Wigand, porta-voz da Comissão Europeia. "As nossas preocupações sobre o pluralismo dos média na Polónia são bem conhecidas e foram descritas, como sabem, no nosso relatório sobre o estado de direito", itiu.
Mas não foram só as televisões que manifestaram desagrado. Também os jornais fizeram primeiras páginas de luto, com frases de protesto.
Os especialistas dizem que o governo polaco quer seguir os os do governo da Hungria, o primeiro a introduzir este mesmo imposto, depois da vitória de Viktor Orbán em 2014. Falam de um ataque à imprensa independente.
A rádio húngara Klubradio, independente, foi obrigada a fechar portas esta semana, por odem do tribunal.