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Generais angolanos fogem da imprensa no primeiro dia de audiências

Advogado Sérgio Raimundo à saída da audiência
Advogado Sérgio Raimundo à saída da audiência Direitos de autor Euronews
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De Ricardo Figueira com LUSA
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O ex-chefe da Casa Militar do PR, Hálder Vieira Dias "Kopelipa" e o ex-chefe de comunicações das FA Leopoldino "Dino" do Nascimento são arguidos num processo de corrupção.

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Os generais no centro do processo de corrupção que faz as manchetes em Angola apareceram no primeiro dia de audiências, em Luanda, mas os jornalistas não os viram, já que o advogado Sérgio Raimundo conseguiu que Hélder Vieira Dias, conhecido por "Kopelipa" e Leopoldino do Nascimento, conhecido por "Dino", saíssem pelas traseiras, sem serem vistos. O advogado também não quis prestar declarações à imprensa.

"Kopelipa" foi chefe da Casa Militar da Presidência da República, durante os mandatos de José Eduardo dos Santos e "Dino" foi chefe das comunicações das Forças Armadas angolanas. Os dois homens são acusados de terem favorecido a compra de imóveis, por parte de um fundo chinês, usando dinheiro do Estado.

Os dois generais estão a ser ouvidos na condição de arguidos para lhes serem aplicadas as medidas de coação, mas não podem ser presos preventivamente antes do despacho de pronúncia, já que "gozam de imunidades".

Os dois edifícios no centro deste processo são o CIF Luanda One e CIF Two, os dois prédios mais altos na zona de Ingombota, em Luanda. Ambos pertencem à filial angolana do China International Fund e foram apreendidos pelo Estado em fevereiro.

A apreensão aconteceu na sequência de uma outra, realizada uma semana antes, de mais de mil imóveis inacabados, edifícios, estaleiros e terrenos na urbanização Vida Pacífica e no Kilamba, arredores de Luanda, que se encontravam na posse das empresas chinesas China International Fund, Limited (CIF Hong Kong) e China International Fund, Limitada (CIF Angola).

Estes imóveis terão sido pagos com fundos públicos, mas não estavam na esfera patrimonial do Estado.

Em abril do ano ado, a PGR angolana já tinha anunciado a recuperação de 262 milhões de euros ao consórcio CIF Angola, na qualidade de entidade gestora do projeto de construção do novo Aeroporto Internacional de Luanda.

A CIF Limited é uma empresa privada chinesa com sede em Hong Kong e um escritório em Pequim, fundada em 2003 para financiar projetos de reconstrução nacional e desenvolvimento de infraestruturas nos países em desenvolvimento, principalmente em África.

Em Angola, participou na construção de vários empreendimentos sociais e detém vários empreendimentos, incluindo uma fábrica de cimento, na localidade de Bom Jesus, em Luanda.

Segundo um relatório do centro de estudos britânico Chatham House, publicado em 2009, a CIF teria ligações à China Angola Oil Stock Holding Ltd, que negociaria com o petróleo angolano através da China Sonangol International Holding.

Entre os diretores da China Sonangol International Holding estaria Manuel Vicente, ex-presidente da petrolífera estatal angolana e ex-vice-Presidente de Angola.

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