{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2020/01/19/banco-de-cerebros-humanos-pede-doacoes-a-pessoas-saudaveis" }, "headline": "Banco de C\u00e9rebros Humanos pede doa\u00e7\u00f5es a pessoas saud\u00e1veis", "description": "Projeto portugu\u00eas come\u00e7ou a cortar e fatiar c\u00e9rebros humanos em 2012 e j\u00e1 ajudou a descobrir uma nova forma gen\u00e9tica da doen\u00e7a de Parkinson", "articleBody": "O Banco de C\u00e9rebros Humanos de Portugal, que funciona no Hospital de Santo Ant\u00f3nio, no Porto, tem cerca de 60 exemplares armazenados oriundos de pessoas com doen\u00e7as com doen\u00e7as neurol\u00f3gicas, mas pretende come\u00e7ar a receber a partir deste ano doa\u00e7\u00f5es de exemplares saud\u00e1veis. A funcionar desde 2012, tendo os primeiros dois anos sido em forma de projeto-piloto, o \u00fanico banco de c\u00e9rebros do pa\u00eds s\u00f3 recebe atualmente tecido cerebral de pessoas com doen\u00e7as neurol\u00f3gicas \u201cbem definidas\u201d, como por exemplo Alzheimer, Parkinson ou Esclerose Lateral Amiotr\u00f3fica, mas quer agora receber c\u00e9rebros s\u00e3os, contou \u00e0 Lusa o coordenador-executivo, Ricardo Taipa. \u201cEste ano temos de arranjar forma de ter c\u00e9rebros de adultos saud\u00e1veis e que estejam dispostos a colaborar com a ci\u00eancia\u201d, disse. O cl\u00ednico explicou que, para esta ideia ser uma realidade, o dador deve manifestar essa vontade em vida, por escrito, e ser acompanhado para, quando morrer, o banco ter informa\u00e7\u00f5es detalhadas sobre a sua sa\u00fade, nomeadamente se teve alguma doen\u00e7a. Esta quest\u00e3o obriga a \u201cextravasar\u201d as compet\u00eancias do banco, que a a ter de ser um projeto articulado com cl\u00ednicos associados para haver \u201c\u201d sobre os doadores. Os dados obtidos de um c\u00e9rebro saud\u00e1vel s\u00e3o \u201cvalios\u00edssimos\u201d e fundamentais para o futuro e, portanto, a import\u00e2ncia da sua recolha \u00e9 \u201curgente\u201d, disse Ricardo Taipa. \u201cTivemos uma reuni\u00e3o com a nossa comiss\u00e3o cient\u00edfica, da qual faz parte o Instituto de Ci\u00eancias Biom\u00e9dicas Abel Salazar (ICBAS), no Porto, e a Escola de Medicina da Universidade do Minho, em Braga, para estudar a possibilidade de colher tecido cerebral dos corpos que s\u00e3o doados \u00e0 ci\u00eancia para o ensino\u201d, adiantou. O coordenador-executivo referiu que a recolha de c\u00e9rebros s\u00e3os \u00e9 \u201cfundamental\u201d para perceber o que \u00e9 normal e anormal. Por exemplo, se os profissionais n\u00e3o souberem como \u00e9 um c\u00e9rebro de uma pessoa cognitivamente normal aos 90 anos n\u00e3o conseguem comparar com um c\u00e9rebro de uma pessoa de 60, 70 ou 80 anos com uma doen\u00e7a, ressalvou. Atualmente, e dado n\u00e3o terem esses tecidos, o neuropatologista explicou que sempre que precisam desse material para estudos de compara\u00e7\u00e3o solicitam a outros bancos de c\u00e9rebros internacionais, dado integrarem uma rede de bancos. Apesar de ter apenas nove anos de exist\u00eancia, o banco portugu\u00eas j\u00e1 conseguiu, quer individualmente, quer em grupo, fazer algumas descobertas \u201cinteressantes\u201d, confidenciou. \u201cDescobrimos uma forma gen\u00e9tica de Parkinson que se desconhecia qual era a sua patologia\u201d, avan\u00e7ou. Falando na necessidade de envolver mais grupos de investigadores neste projeto, assim como academias, Ricardo Taipa refor\u00e7ou que o banco de c\u00e9rebros existe para diferentes investiga\u00e7\u00f5es em neuroci\u00eancias, cujo objetivo \u00e9 descobrir curas para as doen\u00e7as. ", "dateCreated": "2020-01-19T15:39:07+01:00", "dateModified": "2020-01-19T21:59:33+01:00", "datePublished": "2020-01-19T21:31:39+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F44%2F87%2F40%2F1440x810_cmsv2_2c915c3b-f1c3-5da4-aa6c-b9181f3a0648-4448740.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Um dos 60 exemplares armazenados no Banco de C\u00e9rebros Humanos", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F44%2F87%2F40%2F432x243_cmsv2_2c915c3b-f1c3-5da4-aa6c-b9181f3a0648-4448740.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Banco de Cérebros Humanos pede doações a pessoas saudáveis

Um dos 60 exemplares armazenados no Banco de Cérebros Humanos
Um dos 60 exemplares armazenados no Banco de Cérebros Humanos Direitos de autor LUSA/ Estela Silva
Direitos de autor LUSA/ Estela Silva
De Agência Lusa
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Projeto português começou a cortar e fatiar cérebros humanos em 2012 e já ajudou a descobrir uma nova forma genética da doença de Parkinson

PUBLICIDADE

O Banco de Cérebros Humanos de Portugal, que funciona no Hospital de Santo António, no Porto, tem cerca de 60 exemplares armazenados oriundos de pessoas com doenças com doenças neurológicas, mas pretende começar a receber a partir deste ano doações de exemplares saudáveis.

A funcionar desde 2012, tendo os primeiros dois anos sido em forma de projeto-piloto, o único banco de cérebros do país só recebe atualmente tecido cerebral de pessoas com doenças neurológicas “bem definidas”, como por exemplo Alzheimer, Parkinson ou Esclerose Lateral Amiotrófica, mas quer agora receber cérebros sãos, contou à Lusa o coordenador-executivo, Ricardo Taipa.

“Este ano temos de arranjar forma de ter cérebros de adultos saudáveis e que estejam dispostos a colaborar com a ciência”, disse.

O clínico explicou que, para esta ideia ser uma realidade, o dador deve manifestar essa vontade em vida, por escrito, e ser acompanhado para, quando morrer, o banco ter informações detalhadas sobre a sua saúde, nomeadamente se teve alguma doença.

Esta questão obriga a “extravasar” as competências do banco, que a a ter de ser um projeto articulado com clínicos associados para haver “” sobre os doadores.

Os dados obtidos de um cérebro saudável são “valiosíssimos” e fundamentais para o futuro e, portanto, a importância da sua recolha é “urgente”, disse Ricardo Taipa.

“Tivemos uma reunião com a nossa comissão científica, da qual faz parte o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), no Porto, e a Escola de Medicina da Universidade do Minho, em Braga, para estudar a possibilidade de colher tecido cerebral dos corpos que são doados à ciência para o ensino”, adiantou.

O coordenador-executivo referiu que a recolha de cérebros sãos é “fundamental” para perceber o que é normal e anormal.

Por exemplo, se os profissionais não souberem como é um cérebro de uma pessoa cognitivamente normal aos 90 anos não conseguem comparar com um cérebro de uma pessoa de 60, 70 ou 80 anos com uma doença, ressalvou.

Atualmente, e dado não terem esses tecidos, o neuropatologista explicou que sempre que precisam desse material para estudos de comparação solicitam a outros bancos de cérebros internacionais, dado integrarem uma rede de bancos.

Apesar de ter apenas nove anos de existência, o banco português já conseguiu, quer individualmente, quer em grupo, fazer algumas descobertas “interessantes”, confidenciou.

“Descobrimos uma forma genética de Parkinson que se desconhecia qual era a sua patologia”, avançou.

Falando na necessidade de envolver mais grupos de investigadores neste projeto, assim como academias, Ricardo Taipa reforçou que o banco de cérebros existe para diferentes investigações em neurociências, cujo objetivo é descobrir curas para as doenças.

Editor de vídeo • Francisco Marques

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Criança com implante cerebral para controlar epilepsia está a evoluir positivamente

Cientistas europeus cortam cérebro em sete mil partes

O que acontece ao cérebro quando sofremos um traumatismo craniano?