{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2019/06/12/arte-contemporanea-made-in-luanda" }, "headline": "Arte contempor\u00e2nea \u0022Made In Luanda\u0022", "description": "\u00c1frica est\u00e1 a ditar tend\u00eancias no mundo da arte contempor\u00e2nea. Um fen\u00f3meno para o qual muito t\u00eam contribu\u00eddo os artistas angolanos.", "articleBody": "Arte africana. Por muito tempo o r\u00f3tulo \u0022ex\u00f3tico\u0022 ou \u0022tribal\u0022 foi associado a tudo o que vinha de \u00c1frica. Mas a arte africana contempor\u00e2nea deixou o colonialismo e as utopias da d\u00e9cada de 1970 para tr\u00e1s. Hoje, o continente dita tend\u00eancias em todo o mundo, com um grande contributo dos artistas angolanos. Paula Nascimento faz parte do meio art\u00edstico internacional; foi curadora do Pavilh\u00e3o Angolano, que ganhou o ouro na Bienal de Veneza, e conhece muito bem a cena art\u00edstica angolana e o que a move. \u0022\u00c9 uma cena jovem e vibrante, com pintores, fot\u00f3grafos, artistas de v\u00eddeo, todos os tipos de meios, de performances. \u00c9 um caldeir\u00e3o de ideias\u0022, afirma. Um dos artistas mais famosos de Angola, pioneiro no estilo contempor\u00e2neo, est\u00e1 a preparar uma retrospectiva dos \u00faltimos 50 anos. Ant\u00f3nio Ole , tal como os jovens artistas africanos da sua \u00e9poca, foi influenciado pelo colonialismo, mesmo depois da independ\u00eancia do pa\u00eds, em 1975. \u0022Estamos bastante ligados \u00e0 ideia de opress\u00e3o no ado, porque o colonialismo provoca uma reten\u00e7\u00e3o cultural. E \u00e9 um longo processo para restaurar essa identidade\u0022, revela o artista pl\u00e1stico. A hist\u00f3ria n\u00e3o \u00e9 esquecida, continua a ser um tema na arte. Mas \u00c1frica tamb\u00e9m faz parte do mundo globalizado. A contemporaneidade da arte africana \u00e9 reconhecida em conte\u00fado e forma. O fen\u00f3meno \u00e9 reconhecido por Ant\u00f3nio Ole. \u0022Durante anos ningu\u00e9m estava interessado na arte africana, mas de repente nas \u00faltimas d\u00e9cadas come\u00e7\u00e1mos a ocupar esse espa\u00e7o vazio, e hoje somos mais respeitados\u0022, conta. Hoje os artistas angolanos vivem e trabalham em todo o mundo. O impacto do seu trabalho est\u00e1 a mudar a perce\u00e7\u00e3o global de \u00c1frica. Mas tamb\u00e9m h\u00e1 artistas que retornam \u00e0s origens para trabalhar. Ayana V Jackson \u00e9 uma fot\u00f3grafa americana com uma bolsa de estudos em Luanda. Tornou-se conhecida pelo trabalho sobre a identidade afroamericana. Para Ayana \u0022estamos mentalmente presos na ideia de que \u00c1frica \u00e9 tradicional, vemos \u00c1frica como o ado, especialmente nas artes. Foi preciso vir aqui para perceber que faz parte da mesma rede de globaliza\u00e7\u00e3o como qualquer outro lugar do mundo\u201d. Com artistas angolanos, Ayana trabalha num novo projecto. A partir de uma autoapresenta\u00e7\u00e3o transforma-se em encarna\u00e7\u00f5es de mulheres africanas inspiradas na mitologia. Ayana viveu e trabalhou nos mais populares centros de arte africanos. Considera Luanda uma das metr\u00f3poles de arte no continente. \u0022Eu queria descobrir o que est\u00e1 a acontecer aqui. Achei que era um meio muito vibrante. Com muitos artistas. Eles est\u00e3o aqui e s\u00e3o incr\u00edveis\u0022, exclama. A arte contempor\u00e2nea de \u00c1frica est\u00e1 na vanguarda do tempo. Hoje, o panorama art\u00edstico africano inspira o resto do mundo. De acordo com Paula, \u0022\u00e9 um movimento que est\u00e1 a acontecer agora e que se tem tornado numa esp\u00e9cie de marca registrada. O mundo da arte \u00e9 global e n\u00f3s fazemos parte dele\u0022. ", "dateCreated": "2019-04-25T17:13:53+02:00", "dateModified": "2019-06-12T19:29:53+02:00", "datePublished": "2019-06-12T18:00:45+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F82%2F94%2F02%2F1440x810_cmsv2_0422f6c6-16e2-5717-ad41-80e605858eea-3829402.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "\u00c1frica est\u00e1 a ditar tend\u00eancias no mundo da arte contempor\u00e2nea. Um fen\u00f3meno para o qual muito t\u00eam contribu\u00eddo os artistas angolanos.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F82%2F94%2F02%2F432x243_cmsv2_0422f6c6-16e2-5717-ad41-80e605858eea-3829402.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Arte contemporânea "Made In Luanda"

Em parceria com
Arte contemporânea "Made In Luanda"
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

África está a ditar tendências no mundo da arte contemporânea. Um fenómeno para o qual muito têm contribuído os artistas angolanos.

PUBLICIDADE

Arte africana. Por muito tempo o rótulo "exótico" ou "tribal" foi associado a tudo o que vinha de África. Mas a arte africana contemporânea deixou o colonialismo e as utopias da década de 1970 para trás. Hoje, o continente dita tendências em todo o mundo, com um grande contributo dos artistas angolanos.

Paula Nascimento faz parte do meio artístico internacional; foi curadora do Pavilhão Angolano, que ganhou o ouro na Bienal de Veneza, e conhece muito bem a cena artística angolana e o que a move.

"É uma cena jovem e vibrante, com pintores, fotógrafos, artistas de vídeo, todos os tipos de meios, de performances. É um caldeirão de ideias", afirma.

Um dos artistas mais famosos de Angola, pioneiro no estilo contemporâneo, está a preparar uma retrospectiva dos últimos 50 anos. António Ole, tal como os jovens artistas africanos da sua época, foi influenciado pelo colonialismo, mesmo depois da independência do país, em 1975.

"Estamos bastante ligados à ideia de opressão no ado, porque o colonialismo provoca uma retenção cultural. E é um longo processo para restaurar essa identidade", revela o artista plástico.

A história não é esquecida, continua a ser um tema na arte. Mas África também faz parte do mundo globalizado. A contemporaneidade da arte africana é reconhecida em conteúdo e forma.

O fenómeno é reconhecido por António Ole. "Durante anos ninguém estava interessado na arte africana, mas de repente nas últimas décadas começámos a ocupar esse espaço vazio, e hoje somos mais respeitados", conta.

Hoje os artistas angolanos vivem e trabalham em todo o mundo. O impacto do seu trabalho está a mudar a perceção global de África.

Mas também há artistas que retornam às origens para trabalhar. Ayana V Jackson é uma fotógrafa americana com uma bolsa de estudos em Luanda. Tornou-se conhecida pelo trabalho sobre a identidade afroamericana.

Para Ayana "estamos mentalmente presos na ideia de que África é tradicional, vemos África como o ado, especialmente nas artes. Foi preciso vir aqui para perceber que faz parte da mesma rede de globalização como qualquer outro lugar do mundo”.

Com artistas angolanos, Ayana trabalha num novo projecto. A partir de uma autoapresentação transforma-se em encarnações de mulheres africanas inspiradas na mitologia.

Ayana viveu e trabalhou nos mais populares centros de arte africanos. Considera Luanda uma das metrópoles de arte no continente. "Eu queria descobrir o que está a acontecer aqui. Achei que era um meio muito vibrante. Com muitos artistas. Eles estão aqui e são incríveis", exclama.

A arte contemporânea de África está na vanguarda do tempo. Hoje, o panorama artístico africano inspira o resto do mundo.

De acordo com Paula, "é um movimento que está a acontecer agora e que se tem tornado numa espécie de marca registrada. O mundo da arte é global e nós fazemos parte dele".

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notícia

Notícias relacionadas

"ArtBasel" regressa e apoia a Ucrânia

Tate Modern inaugura exposição de Olafur Eliasson