Itália volta a rejeitar entrada a barco que resgatou migrantes no Mediterrâneo. Mas é a primeira vez que Roma fecha os portos a uma embarcação de bandeira italiana
A Itália volta a rejeitar o o às costas do país a um barco com migrantes resgatados no Mediterrâneo.
Esta segunda-feira, o "Mare Jonio", embarcação com bandeira italiana que integra o projeto Mediterranea Saving Humans, recuperou 50 migrantes, entre os quais 12 menores, que se encontravam à deriva num barco pneumático a cerca de 75 quilómetros da costa líbia.
O ministro italiano do Interior enviou às forças de segurança do país uma diretiva onde indicava que "quem assiste migrantes irregulares em águas que não são da responsabilidade de Itália, sem que Roma coordene a intervenção, está a violar a ordem e segurança do Estado".
Através do Twitter, Matteo Salvini afirmou que "os portos [italianos] permanecerão fechados".
Mas a diferença em relação a casos anteriores é que, pela primeira vez, Roma impede o o a uma embarcação com a bandeira italiana e Salvini não pode, assim, atribuir responsabilidades a outros países, como aconteceu, no ado, nos casos mediáticos do Aquarius e do Sea Watch.
A Mediterranea Saving Humans indicou que a embarcação se encontra ao largo do porto italiano de Lampedusa e que as pessoas a bordo se encontram "esgotadas e desidratadas".