Ainda à espera, ao largo da costa de Malta, continuam os 234 migrantes resgatados pelo navio da organização não governamental alemã Lifeline.
PUBLICIDADEO cargueiro dinamarquês que transportava 108 migrantes resgatados ao largo da Líbia, na sexta-feira, foi autorizado a atracar no porto de Pozzalo, na Sicília, no sul de Itália.
Segundo a Agência Press, o navio começou pouco depois das 23:00 locais (22:00 de Lisboa) a entrar no porto, ajudado por um rebocador.
A embarcação mudou de rota na sexta-feira de manhã, para socorrer 113 pessoas ao largo da Líbia. No sábado, cinco dos migrantes (quatro crianças e uma grávida), foram desembarcados na Sicília.
A ministra para a Imigração e Integração dinamarquesa, Inger Stjøberg, tinha divulgado a sua intenção de escrever ao ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, para lhe solicitar que agisse de forma a que os migrantes não continuem no barco.
Salvini, que também é vice-primeiro-ministro e chefe do partido de extrema-direita Liga, reafirmou hoje que não aceitaria mais navios humanitários das organizações não-governamentais que socorrem os migrantes ao largo da Líbia a entrarem nos portos italianos.
Também resolvida está a situação do navio da organização não governamental alemã Lifeline, que vai atracar em Malta. A informação foi avançada pelo primeiro-ministro italiano.
Giuseppe Conte revelou que a Itália vai acolher "alguns" dos 234 migrantes a bordo
Esta terça-feira a polícia italiana anunciou a detenção de seis pessoas que trabalhavam para uma organização não governamental que gere vários centros de acolhimento para migrantes, na província de Latina, a cerca de 70 quilómetros a sul de Roma.
Há suspeitas de que os migrantes eram maltratados nos centros, que estavam sobrelotados e sem condições de higiene. Os detidos enfrentam penas por crimes de maus-tratos e fraude.