{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2016/11/09/presidenciais-dos-eua-em-direto-na-euronews" }, "headline": "#PresidenciaisEUA: Donald Trump, \u0022o Presidente de todos os americanos\u0022", "description": "Estavam 538 votos em disputa em 50 estados e no distrito de Columbia; Eram precisos 270 votos para eleger o sucessor de Barack Obama; Donald Trump surpreendeu nas urnas e vai ser ele o\u2026", "articleBody": "Estavam 538 votos em disputa em 50 estados e no distrito de Columbia; Eram precisos 270 votos para eleger o sucessor de Barack Obama; Donald Trump surpreendeu nas urnas e vai ser ele o 45.\u00b0 Presidente dos Estados Unidos; Hillary Clinton telefonou ao republicano, felicitou-o pela vit\u00f3ria e disponibilizou-se para o ajudar a governar. Donald Trump agradeceu \u00e0 democrata pelo servi\u00e7o prestado \u201or muito tempo\u201d aos Estados Unidos. O Presidente eleito referiu o telefonema recebido da rival, a quem deu os parab\u00e9ns \u201or uma campanha muito dura\u201d. \u201cHillary trabalhou muito, por muito tempo, e devemos-lhe gratid\u00e3o pelo seu servi\u00e7o\u201d, disse. Hillary Clinton concedes the presidency to Donald Trump in a phone call, llerer and KThomasDC report. https://t.co/VGPbUL8cVg\u2014 The Associated Press (@AP) 9 de novembro de 2016 Mais comedido do que durante a campanha, n\u00e3o falou de minorias, de muros nem de conflitos. Preferiu uma mensagem positiva. Prometeu levar os Estados Unidos a \u201cduplicar o crescimento e ter a economia mais forte do mundo\u201d. \u201cAo mesmo tempo, vamos dar-nos bem com todas as outras na\u00e7\u00f5es que queiram ter uma boa rela\u00e7\u00e3o connosco\u201d, afirmou, acrescentando que \u201cnenhum sonho \u00e9 demasiado grande\u201d e que \u201ca Am\u00e9rica n\u00e3o se contentar\u00e1 com nada menos que o melhor.\u201d \u201cEmbora ponhamos os interesses dos Estados Unidos em primeiro, lidaremos com justi\u00e7a com todos os povos e pa\u00edses. Vamos procurar os pontos comuns e n\u00e3o a hostilidade, a parceria e n\u00e3o o conflito\u201d, garantiu, prometendo ser \u201residente de todos os americanos\u201d: \u201cisto \u00e9 muito importante para mim.\u201d \u201cAgora \u00e9 tempo de curar as feridas da divis\u00e3o e de nos juntarmos como um povo unido para reconstruir o pa\u00eds e renovar o sonho americano. Vamos reconstruir as nossas infraestruturas, que se tornar\u00e3o as melhores do mundo, e vamos p\u00f4r milh\u00f5es dos nossos cidad\u00e3os a trabalhar enquanto reconstru\u00edmos o pa\u00eds\u201d, prometeu. The Simpsons predicted this in 2000\u2026 #ElectionNight pic.twitter.com/keZof6PhZg\u2014 Rob Murphy (@roobmurph) 9 de novembro de 2016 A ajudar, Donald Trump contar\u00e1 com maiorias republicanas tamb\u00e9m no Senado e nas duas c\u00e2maras do Congresso. Durante os \u00faltimos quatro anos, os democratas contaram com uma minoria no Capit\u00f3lio e as pol\u00edticas implementadas por Barack Obama ao longo dos \u00faltimos oito anos poder\u00e3o estar comprometidas. O acordo para o Programa Nuclear do Ir\u00e3o e o levantamento do embargo a Cuba marcaram este derradeiro ano de mandato de Obama e agora cresce a expectativa sobre o futuro destes diplomas, mas n\u00e3o s\u00f3. Por volta das 02h30, em Nova Iorque (07h30, em Lisboa), Donald Trump chegou aos 276 votos, ultraando a fasquia dos 270 votos necess\u00e1rios para ser eleito pelo col\u00e9gio eleitoral. Hillary Clinton andou sempre atr\u00e1s do republicano e \u00e0 hora da confirma\u00e7\u00e3o da derrota, estava apenas pelos 218 votos conqustados, contra todas as previs\u00f5es. Pouco depois, ouviu-se o primeiro discurso do Presidente eleito. Trump surgiu em palco ladeado pela fam\u00edlia e num tom que contrastou com a agressividade da campanha. A palavra \u201crigged\u201d (fraude/ manipula\u00e7\u00e3o) e a express\u00e3o correio eletr\u00f3nico, por exemplo, j\u00e1 n\u00e3o se ouviram. As felicita\u00e7\u00f5es europeias Da Europa, tamb\u00e9m j\u00e1 seguiram as felicita\u00e7\u00f5es de alguns dos principais l\u00edderes. \u00c0s primeiras horas da manh\u00e3, o Presidente de Portugal \u201cenviou uma mensagem de felicita\u00e7\u00f5es ao Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, desejando-lhe sucesso no exerc\u00edcio das fun\u00e7\u00f5es que foi chamado a desempenhar pelo povo norte-americano\u201d, l\u00ea-se num comunicado na p\u00e1gina digital da Presid\u00eancia da Rep\u00fablica portuguesa. Marcelo Rebelo de Sousa fez ainda refer\u00eancia \u201caos la\u00e7os de amizade que unem Portugal e os EUA e \u00e0 significativa comunidade de portugueses e lusodescendentes residentes nos Estados Unidos da Am\u00e9rica.\u201d J\u00e1 esta ter\u00e7a-feira, questionado pelos jornalistas, o chefe de Estado portugu\u00eas afirmou: \u201cEspero que o Presidente eleito pelo voto livre dos norte-americanos d\u00ea continuidade a uma grande hist\u00f3ria e a uma grande democracia.\u201d O Presidente do Parlamento Europeu tamb\u00e9m felicitou Donald Trump e disse acreditar que o Presidente eleito ter\u00e1 na Casa Branca um comportamento diferente do adotado na campanha. My statement on the result of the US presidential elections #USElections pic.twitter.com/yrbUXOehQz\u2014 EP President (@EP_President) 9 de novembro de 2016 \u201cEste \u00e9 seguramente um momento dif\u00edcil nas rela\u00e7\u00f5es entre os Estados unidos e a Uni\u00e3o europeia, mas o novo Presidente eleito dos EUA merece o total respeito das institui\u00e7\u00f5es europeias\u201d, assumiu Martin Shulz, sublinhando os \u201cinteresses e responsabilidades comuns\u201d e esperando contar com uma \u201ccoopera\u00e7\u00e3o aprofundada\u201d para \u201cenfrentar esses desafios em conjunto\u201d \u00e0 imagem do que sucedeu \u201cat\u00e9 hoje.\u201d \u201cA UE e os Estados-membros est\u00e3o certamente prontos a cooperar com o novo Presidente dos Estados Unidos\u201d, concretizou, embora reconhecendo que \u201cn\u00e3o vai ser f\u00e1cil\u201d pelas ideias de \u201rotecionismo\u201d manifestadas por Trump na campanha e tamb\u00e9m pelas \u201alavras preocupantes sobre mulheres e minorias\u201d. \u201cEstou certo de que o Presidente eleito vai ser diferente do Donald Trump da campanha\u201d, concluiu. Vladimir Putin tamb\u00e9m enviou as felicita\u00e7\u00f5es ao sucessor de Barack Obama. O Presidente da R\u00fassia \u201cexpressou esperan\u00e7a\u201d em que um \u201ctrabalho conjunto\u201d tire as respetivas rela\u00e7\u00f5es bilaterais \u201cdo estado cr\u00edtico\u201d em que se encontram e acrescentou que \u201cconstruir um di\u00e1logo construtivo\u201d \u00e9 do interesse dos dois pa\u00edses e da comunidade internacional, l\u00ea-se num comunicado divulgado pelo Kremlin. Putin congratulates Donald Trump on his victory https://t.co/4mL3arU2dO\u2014 TASS (@tassagency_en) 9 de novembro de 2016 J\u00e1 o Presidente da Bolivia usou as redes socais para fazer ironia sobre a vit\u00f3ria de Donald Trump: \u201cSauda\u00e7\u00e3o @realDonaldTrump Esperamos trabalhar juntos contra o racismo, o sexismo, aqueles que se op\u00f5e \u00e0 imigra\u00e7\u00e3o, pela soberania de nossos povos\u201d, escreveu Evo Morales na sua conta no \u2018Twitter\u2019. Saludar triunfo de realDonaldTrump Esperamos trabajar contra el racismo, machismo, la antiinmigraci\u00f3n, por la soberan\u00eda de nuestros pueblos— Evo Morales Ayma (evoespueblo) 9 novembre 2016 Os Rep\u00f3rteres Sem Fronteiras pediram a Donald Trump que respeite a liberdade de imprensa no seu mandato, por considerarem que, durante a campanha, este teve uma atitude \u201reocupante\u201d para com os \u201cmedia\u201d. A organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o-governamental recordou que o novo presidente norte-americano amea\u00e7ou processar jornais que publicaram artigos negativos sobre si e prometeu reformar as leis relacionadas com a pr\u00e1tica do crime de difama\u00e7\u00e3o. #USElection2016 : RSF urges Donald #Trump to respect #PressFreedom in the presidency #TrumpPresident https://t.co/le0YzdIXAN pic.twitter.com/OOTj9h3MJi\u2014 RSF (@RSF_inter) 9 novembre 2016 J\u00e1 a Uni\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Sul-americanas (Unasur) expressou respeito pelos resultados das elei\u00e7\u00f5es nos EUA mas afirmou ficar \u00e0 espera que Donald Trump aclare a sua posi\u00e7\u00e3o sobre a Am\u00e9rica Latina, escreve a ag\u00eancia de not\u00edcias espanhola Efe. A secretaria-geral, sedeada em Quito, no Equador, e atrav\u00e9s das redes socias afirmou que est\u00e1 aberto \u201cum como de espera\u201d, enquanto Trump \u201cfixa e aclara a sua posi\u00e7\u00e3o\u201d, nomeadamente sobre \u201cos emigrantes, o com\u00e9rcio livre, o processo de paz na Col\u00f4mbia, a abertura das rela\u00e7\u00f5es com Cuba, o di\u00e1logo na Venezuela e a sua presen\u00e7a militar na regi\u00e3o\u201d. Comunicado de la Secretar\u00eda General pic.twitter.com/nFaB5ejd3t\u2014 UNASUR (@unasur) 9 novembre 2016 Cuba prepara-se para a guerra O Governo cubano n\u00e3o reagiu \u00e0 vit\u00f3ria de Donald Trump mas anunciou, esta ter\u00e7a-feira, a realiza\u00e7\u00e3o de um exerc\u00edcio estrat\u00e9gico, de nome \u201cBasti\u00f3n 2016\u201d, por todo o pa\u00eds, de 16 e 18 de novembro. O objetivo \u00e9 preparar \u201cas tropas e a popula\u00e7\u00e3o para enfrentar as diferentes a\u00e7\u00f5es do inimigo\u201d. A informa\u00e7\u00e3o \u00e9 avan\u00e7ada no jornal oficial do Partido Comunista de Cuba \u201cGranma\u201d, que explica que o exerc\u00edcio pretende \u201ctreinar os \u00f3rg\u00e3os de dire\u00e7\u00e3o e comando das diferentes estruturas respons\u00e1veis pela defesa nacional e territorial, a organiza\u00e7\u00e3o do trabalho para preparar o pa\u00eds para a defesa e a prepara\u00e7\u00e3o das tropas e da popula\u00e7\u00e3o para enfrentar as diferentes a\u00e7\u00f5es do inimigo\u201d. As rea\u00e7\u00f5es do mundo cient\u00edfico e ambientalista Foram v\u00e1rias e variadas as rea\u00e7\u00f5es de v\u00e1rios cient\u00edstas \u00e0 divulga\u00e7\u00e3o dos resultados das presidenciais, algumas menos polidas, que n\u00e3o podemos transcrever. Ficam aqui algumas: What hasn't changed: physicsWhat else hasn't changed: our determination. This was a hard fight last week and it's hard today. On we go\u2014 Bill McKibben (@billmckibben) 9 novembre 2016 Who might Trump pick for top environmental roles in his cabinet? https://t.co/uDfFuJ79UR via grist— Murray Rudd (DrMurrayRudd) 9 novembre 2016 My view on #PresidentTrump. A nightmare scenario on the face of it, but all hope not lost for robust climate action pic.twitter.com/Wylr4aVR1S\u2014 Will Nichols (@WillNicholsRisk) 9 novembre 2016 This is the darkest day for my country that I can ever us facing. Our voices must be even stronger.https://t.co/LaPdeMbRfm\u2014 Phil Plait (@BadAstronomer) 9 novembre 2016 At least right now, I do not share the optimism that others are seeing in Trump's acceptance speech. Why? Tigers don't change their stripes\u2014 Carolyn Porco (@carolynporco) 9 novembre 2016 Mercados europeus apreensivos Na Europa, as principais bolsas abriram em baixa, apreensivas pela vit\u00f3ria do candidato do Partido Republicano, Donald Trump, nas elei\u00e7\u00f5es presidenciais dos Estados Unidos. Depois de na segunda-feira ter registado a melhor sess\u00e3o dos \u00faltimos oito meses, com os investidores animados com as sondagens que apontavam para uma vit\u00f3ria de Hillary Clinton, a bolsa de Nova Iorque ainda terminou em alta na ter\u00e7a-feira, antes de serem conhecidos os resultados das elei\u00e7\u00f5es. O amargo sabor da derrota para Clinton Foi j\u00e1 no dia seguinte \u00e0 derrota, cerca das 11h40 em Nova Iorque, 16h40 em Lisboa, que Hillary Clinton, falou aos norte-americanos. A candidata democrata \u00e0s presidenciais norte-americanas afirmou, visivelmente emocionada, falando pausadamente, que a derrota \u201c\u00e9 dolorosa\u201d: \u201cIsto \u00e9 doloroso e vai ser durante muito tempo, mas a campanha nunca foi sobre uma pessoa, \u00e9 sobre o pa\u00eds\u201d, afirmou. Mas pediu aos seus apoiantes para manterem o esp\u00edrito aberto, \u201caceitarem os resultados\u201d e darem, a Donald Trump, uma \u201coportunidade para liderar\u201d. A candidata, pelos democratas, \u00e0 Casa Branca, itiu \u201cn\u00e3o ser este o resultado\u201d por que lutou, mas garantiu sentir \u201corgulho e gratid\u00e3o\u201d pela campanha e agradeceu o esfor\u00e7o de todos os seus apoiantes. Clinton aproveitou o momento para repetir o que tinha dito j\u00e1 a Donald Trump ao telefone, na noite anterior, que est\u00e1 dispon\u00edvel para trabalhar com o novo presidente no que for necess\u00e1rio. \u201cNesta campanha, vimos que o pa\u00eds est\u00e1 mais dividido do que pens\u00e1vamos\u201d \u2013 afirmou, frisando a import\u00e2ncia de defenderem todos os \u201cvalores comuns\u201d como o primado da lei, a igualdade e a n\u00e3o-discrimina\u00e7\u00e3o. Uma noite cheia de surpresas e emo\u00e7\u00e3o A euronews fez a cobertura em direto destas presidenciais nos Estados Unidos. Consulte em baixo a evolu\u00e7\u00e3o do nosso blogue desde que come\u00e7aram a surgir os primeiros resultados at\u00e9 ao discurso da vit\u00f3ria. Selecion\u00e1mos para si algumas das imagens mais marcantes desta noite eleitoral e das v\u00e1rias rea\u00e7\u00f5es de apoiantes de ambos os candidatos nesta que foi uma das corridas eleitorais mais intensas e controversas da hist\u00f3ria. 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#PresidenciaisEUA: Donald Trump, "o Presidente de todos os americanos"

#PresidenciaisEUA: Donald Trump, "o Presidente de todos os americanos"
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Estavam 538 votos em disputa em 50 estados e no distrito de Columbia; Eram precisos 270 votos para eleger o sucessor de Barack Obama; Donald Trump surpreendeu nas urnas e vai ser ele o…

  • Estavam 538 votos em disputa em 50 estados e no distrito de Columbia;
  • Eram precisos 270 votos para eleger o sucessor de Barack Obama;
  • Donald Trump surpreendeu nas urnas e vai ser ele o 45.° Presidente dos Estados Unidos;
  • Hillary Clinton telefonou ao republicano, felicitou-o pela vitória e disponibilizou-se para o ajudar a governar.
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Donald Trump agradeceu à democrata pelo serviço prestado “por muito tempo” aos Estados Unidos. O Presidente eleito referiu o telefonema recebido da rival, a quem deu os parabéns “por uma campanha muito dura”. “Hillary trabalhou muito, por muito tempo, e devemos-lhe gratidão pelo seu serviço”, disse.

Hillary Clinton concedes the presidency to Donald Trump in a phone call, llerer</a> and <a href="https://twitter.com/KThomasDC">KThomasDC report. https://t.co/VGPbUL8cVg

— The Associated Press (@AP) 9 de novembro de 2016

Mais comedido do que durante a campanha, não falou de minorias, de muros nem de conflitos. Preferiu uma mensagem positiva. Prometeu levar os Estados Unidos a “duplicar o crescimento e ter a economia mais forte do mundo”.

“Ao mesmo tempo, vamos dar-nos bem com todas as outras nações que queiram ter uma boa relação connosco”, afirmou, acrescentando que “nenhum sonho é demasiado grande” e que “a América não se contentará com nada menos que o melhor.”

“Embora ponhamos os interesses dos Estados Unidos em primeiro, lidaremos com justiça com todos os povos e países. Vamos procurar os pontos comuns e não a hostilidade, a parceria e não o conflito”, garantiu, prometendo ser “Presidente de todos os americanos”: “isto é muito importante para mim.”

“Agora é tempo de curar as feridas da divisão e de nos juntarmos como um povo unido para reconstruir o país e renovar o sonho americano. Vamos reconstruir as nossas infraestruturas, que se tornarão as melhores do mundo, e vamos pôr milhões dos nossos cidadãos a trabalhar enquanto reconstruímos o país”, prometeu.

The Simpsons predicted this in 2000… #ElectionNightpic.twitter.com/keZof6PhZg

— Rob Murphy (@roobmurph) 9 de novembro de 2016

A ajudar, Donald Trump contará com maiorias republicanas também no Senado e nas duas câmaras do Congresso. Durante os últimos quatro anos, os democratas contaram com uma minoria no Capitólio e as políticas implementadas por Barack Obama ao longo dos últimos oito anos poderão estar comprometidas.

O acordo para o Programa Nuclear do Irão e o levantamento do embargo a Cuba marcaram este derradeiro ano de mandato de Obama e agora cresce a expectativa sobre o futuro destes diplomas, mas não só.

Por volta das 02h30, em Nova Iorque (07h30, em Lisboa), Donald Trump chegou aos 276 votos, ultraando a fasquia dos 270 votos necessários para ser eleito pelo colégio eleitoral. Hillary Clinton andou sempre atrás do republicano e à hora da confirmação da derrota, estava apenas pelos 218 votos conqustados, contra todas as previsões.

Pouco depois, ouviu-se o primeiro discurso do Presidente eleito. Trump surgiu em palco ladeado pela família e num tom que contrastou com a agressividade da campanha. A palavra “rigged” (fraude/ manipulação) e a expressão correio eletrónico, por exemplo, já não se ouviram.

As felicitações europeias

Da Europa, também já seguiram as felicitações de alguns dos principais líderes. Às primeiras horas da manhã, o Presidente de Portugal “enviou uma mensagem de felicitações ao Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, desejando-lhe sucesso no exercício das funções que foi chamado a desempenhar pelo povo norte-americano”, lê-se num comunicado na página digital da Presidência da República portuguesa.

Marcelo Rebelo de Sousa fez ainda referência “aos laços de amizade que unem Portugal e os EUA e à significativa comunidade de portugueses e lusodescendentes residentes nos Estados Unidos da América.” Já esta terça-feira, questionado pelos jornalistas, o chefe de Estado português afirmou:

“Espero que o Presidente eleito pelo voto livre dos norte-americanos dê continuidade a uma grande história e a uma grande democracia.”

O Presidente do Parlamento Europeu também felicitou Donald Trump e disse acreditar que o Presidente eleito terá na Casa Branca um comportamento diferente do adotado na campanha.

My statement on the result of the US presidential elections #USElectionspic.twitter.com/yrbUXOehQz

— EP President (@EP_President) 9 de novembro de 2016

“Este é seguramente um momento difícil nas relações entre os Estados unidos e a União europeia, mas o novo Presidente eleito dos EUA merece o total respeito das instituições europeias”, assumiu Martin Shulz, sublinhando os “interesses e responsabilidades comuns” e esperando contar com uma “cooperação aprofundada” para “enfrentar esses desafios em conjunto” à imagem do que sucedeu “até hoje.”

“A UE e os Estados-membros estão certamente prontos a cooperar com o novo Presidente dos Estados Unidos”, concretizou, embora reconhecendo que “não vai ser fácil” pelas ideias de “protecionismo” manifestadas por Trump na campanha e também pelas “palavras preocupantes sobre mulheres e minorias”. “Estou certo de que o Presidente eleito vai ser diferente do Donald Trump da campanha”, concluiu.

Vladimir Putin também enviou as felicitações ao sucessor de Barack Obama. O Presidente da Rússia “expressou esperança” em que um “trabalho conjunto” tire as respetivas relações bilaterais “do estado crítico” em que se encontram e acrescentou que “construir um diálogo construtivo” é do interesse dos dois países e da comunidade internacional, lê-se num comunicado divulgado pelo Kremlin.

Putin congratulates Donald Trump on his victory https://t.co/4mL3arU2dO

— TASS (@tassagency_en) 9 de novembro de 2016

Já o Presidente da Bolivia usou as redes socais para fazer ironia sobre a vitória de Donald Trump:

“Saudação @realDonaldTrump Esperamos trabalhar juntos contra o racismo, o sexismo, aqueles que se opõe à imigração, pela soberania de nossos povos”, escreveu Evo Morales na sua conta no ‘Twitter’.

Saludar triunfo de realDonaldTrump</a> Esperamos trabajar contra el racismo, machismo, la antiinmigración, por la soberanía de nuestros pueblos</p>&mdash; Evo Morales Ayma (evoespueblo) 9 novembre 2016

Os Repórteres Sem Fronteiras pediram a Donald Trump que respeite a liberdade de imprensa no seu mandato, por considerarem que, durante a campanha, este teve uma atitude “preocupante” para com os “media”.

A organização não-governamental recordou que o novo presidente norte-americano ameaçou processar jornais que publicaram artigos negativos sobre si e prometeu reformar as leis relacionadas com a prática do crime de difamação.

#USElection2016 : RSF urges Donald #Trump to respect #PressFreedom in the presidency #TrumpPresidenthttps://t.co/le0YzdIXANpic.twitter.com/OOTj9h3MJi

— RSF (@RSF_inter) 9 novembre 2016

Já a União das Nações Sul-americanas (Unasur) expressou respeito pelos resultados das eleições nos EUA mas afirmou ficar à espera que Donald Trump aclare a sua posição sobre a América Latina, escreve a agência de notícias espanhola Efe.

A secretaria-geral, sedeada em Quito, no Equador, e através das redes socias afirmou que está aberto “um como de espera”, enquanto Trump “fixa e aclara a sua posição”, nomeadamente sobre “os emigrantes, o comércio livre, o processo de paz na Colômbia, a abertura das relações com Cuba, o diálogo na Venezuela e a sua presença militar na região”.

Comunicado de la Secretaría General pic.twitter.com/nFaB5ejd3t

— UNASUR (@unasur) 9 novembre 2016

Cuba prepara-se para a guerra

O Governo cubano não reagiu à vitória de Donald Trump mas anunciou, esta terça-feira, a realização de um exercício estratégico, de nome “Bastión 2016”, por todo o país, de 16 e 18 de novembro. O objetivo é preparar “as tropas e a população para enfrentar as diferentes ações do inimigo”. A informação é avançada no jornal oficial do Partido Comunista de Cuba “Granma”, que explica que o exercício pretende “treinar os órgãos de direção e comando das diferentes estruturas responsáveis pela defesa nacional e territorial, a organização do trabalho para preparar o país para a defesa e a preparação das tropas e da população para enfrentar as diferentes ações do inimigo”.

As reações do mundo científico e ambientalista

Foram várias e variadas as reações de vários cientístas à divulgação dos resultados das presidenciais, algumas menos polidas, que não podemos transcrever. Ficam aqui algumas:

What hasn't changed: physics
What else hasn't changed: our determination.
This was a hard fight last week and it's hard today. On we go

— Bill McKibben (@billmckibben) 9 novembre 2016

Who might Trump pick for top environmental roles in his cabinet? https://t.co/uDfFuJ79UR via grist</a></p>&mdash; Murray Rudd (DrMurrayRudd) 9 novembre 2016

My view on #PresidentTrump. A nightmare scenario on the face of it, but all hope not lost for robust climate action pic.twitter.com/Wylr4aVR1S

— Will Nichols (@WillNicholsRisk) 9 novembre 2016

This is the darkest day for my country that I can ever us facing. Our voices must be even stronger.https://t.co/LaPdeMbRfm

— Phil Plait (@BadAstronomer) 9 novembre 2016

At least right now, I do not share the optimism that others are seeing in Trump's acceptance speech. Why? Tigers don't change their stripes

— Carolyn Porco (@carolynporco) 9 novembre 2016

Mercados europeus apreensivos

Na Europa, as principais bolsas abriram em baixa, apreensivas pela vitória do candidato do Partido Republicano, Donald Trump, nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Depois de na segunda-feira ter registado a melhor sessão dos últimos oito meses, com os investidores animados com as sondagens que apontavam para uma vitória de Hillary Clinton, a bolsa de Nova Iorque ainda terminou em alta na terça-feira, antes de serem conhecidos os resultados das eleições.

O amargo sabor da derrota para Clinton

Foi já no dia seguinte à derrota, cerca das 11h40 em Nova Iorque, 16h40 em Lisboa, que Hillary Clinton, falou aos norte-americanos.

A candidata democrata às presidenciais norte-americanas afirmou, visivelmente emocionada, falando pausadamente, que a derrota “é dolorosa”:

“Isto é doloroso e vai ser durante muito tempo, mas a campanha nunca foi sobre uma pessoa, é sobre o país”, afirmou.

Mas pediu aos seus apoiantes para manterem o espírito aberto, “aceitarem os resultados” e darem, a Donald Trump, uma “oportunidade para liderar”.

A candidata, pelos democratas, à Casa Branca, itiu “não ser este o resultado” por que lutou, mas garantiu sentir “orgulho e gratidão” pela campanha e agradeceu o esforço de todos os seus apoiantes.

Clinton aproveitou o momento para repetir o que tinha dito já a Donald Trump ao telefone, na noite anterior, que está disponível para trabalhar com o novo presidente no que for necessário.

“Nesta campanha, vimos que o país está mais dividido do que pensávamos” – afirmou, frisando a importância de defenderem todos os “valores comuns” como o primado da lei, a igualdade e a não-discriminação.

Uma noite cheia de surpresas e emoção

A euronews fez a cobertura em direto destas presidenciais nos Estados Unidos. Consulte em baixo a evolução do nosso blogue desde que começaram a surgir os primeiros resultados até ao discurso da vitória.

Selecionámos para si algumas das imagens mais marcantes desta noite eleitoral e das várias reações de apoiantes de ambos os candidatos nesta que foi uma das corridas eleitorais mais intensas e controversas da história.

Colégio Eleitoral: Votos confirmados e mapa dos estados

US election votingCom Nara Madeira

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