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A corrida ao mercado cubano

A corrida ao mercado cubano
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De João Peseiro Monteiro com Beatriz Beiras
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François Hollande foi o primeiro chefe de Estado ocidental a visitar Cuba depois de Havana e Washington em o acordo que permitiu o reatamento

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François Hollande foi o primeiro chefe de Estado ocidental a visitar Cuba depois de Havana e Washington em o acordo que permitiu o reatamento de relações diplomáticas. A visita do presidente francês à ilha caribenha, em maio do ano ado, teve como principal objetivo aprofundar os laços económicos e políticos.

As empresas sas estão bem presentes em Cuba. Uma, em particular, exporta a imagem da ilha para todo o mundo: o grupo Pernod Ricard produz o rum Havana Club em parceria com o estado cubano. O número 2 mundial do setor das bebidas alcoólicas é o principal investidor gaulês em Cuba. No geral, a França é apenas o quarto investidor estrangeiro, atrás da Espanha, do Canadá e da Itália.

Quanto ao turismo, no ano ado viajaram para Cuba 117 mil ses. Um número que, apesar de estar em alta, continua longe do primeiro lugar ocupado pelos turistas canadianos que representam um terço dos 3,5 milhões de visitantes que Cuba recebeu em 2015 – uma subida de 17 por cento relativamente ao ano precedente. Mas as necessidades de investimento são grandes. O país conta 63 mil quartos de hotel e espera chegar aos 85 mil daqui a quatro anos. Os turistas europeus e canadianos foram uma fonte de divisas muito importante nos últimos 25 anos. Mas agora são os americanos que começam a desembarcar em massa, apesar da proibição de viajar, oficialmente, como turista.

Outro dos setores que precisa desesperadamente de investimento direto estrangeiro é o das telecomunicações. Até há pouco tempo os cubanos só podiam aceder à internet via satélite, muito por culpa do embargo americano. Mas em 2011 foi possível instalar um cabo de fibra ótica a partir da Venezuela. Agora são as autoridades americanas que propõem conectar Havana a partir de Miami. Atualmente só são possíveis cerca de 150 mil conexões por dia numa ilha que conta 11 milhões de habitantes.

O reatamento das relações com os Estados Unidos e as reformas económicas efetuadas por Raul Castro lançaram vários governos europeus na corrida ao mercado cubano que, aos poucos, se vai abrindo às condições do mercado puro e duro. É o caso da criação da zona económica de Mariel que permite às empresas estrangeiras beneficiarem de um regime fiscal excecional e repatriarem os lucros, além de não serem obrigadas a associarem-se ao Estado cubano.

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