{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2015/03/09/unesco-acusa-estado-islamico-de-razia-cultural-e-crime-de-guerra" }, "headline": "UNESCO acusa Estado Isl\u00e2mico de \u0022razia cultural\u0022 e \u0022crime de guerra\u0022", "description": "Est\u00e1tuas dos s\u00e9culos VII e VIII a.C. foram destru\u00eddas em Mosul, no Iraque, pelo autodenominado Estado isl\u00e2mico no final de fevereiro. Na biblioteca", "articleBody": "Est\u00e1tuas dos s\u00e9culos VII e VIII a.C. foram destru\u00eddas em Mosul, no Iraque, pelo autodenominado Estado isl\u00e2mico no final de fevereiro. Na biblioteca p\u00fablica da cidade iraquiana queimaram manuscritos, classificados como raridades pela UNESCO.Os radicais seguiram depois para Nimroud, no norte do pa\u00eds onde destru\u00edram ru\u00ednas e vest\u00edgios arqueol\u00f3gicos do imp\u00e9rio Ass\u00edrio. A antiga cidade de Hatra, localizada a uma centena de quil\u00f3metros de Mossul, resistiu \u00e0s invas\u00f5es romanas, mas n\u00e3o ao vandalismo dos extremistasEste domingo, o alvo foi a zona arqueol\u00f3gica de Dur Sharrukin, (Dur-Sha-Kin) atual cidade de Jorsabad, no norte do Iraque.Aos poucos radicais do Estado Isl\u00e2mico est\u00e3o a dizimar o patrim\u00f3nio mundial da Humanidade e ningu\u00e9m parece capaz de por fim ao que a UNESCO classifica como um crime de guerra.Alasdair Sandford, Euronews \u2013 Connosco a partir de Beirute est\u00e1 Axel Plathe, diretor da delega\u00e7\u00e3o da UNESCO para o Iraque.O \u00f3rg\u00e3o que representa chamou \u201crazia cultural\u201d e \u201ccrime de guerra\u201d ao que se est\u00e1 a ar.Podem fazer alguma coisa para parar isso? Axel Plathe, UNESCO \u2013 N\u00e3o podemos enviar ex\u00e9rcitos para proteger o patrim\u00f3nio nos diferentes locais. No entanto podemos trabalhar com os nossos parceiros, particularmente o Governo do Iraque, para ver se podemos limitar os estragos e eventualmente evitar outros ataques contra patrim\u00f3nio cultural da humanidade. Mas, neste momento \u00e9 muito dif\u00edcil operar no terreno. As Na\u00e7\u00f5es Unidas n\u00e3o t\u00eam ningu\u00e9m na zona atualmente controlada por grupos terroristasA.S. \u2013 A dire\u00e7\u00e3o da UNESCO apelou aos l\u00edderes religiosos e pol\u00edticos da regi\u00e3o, ao Conselho de Seguran\u00e7a da ONU, ao Tribunal Penal Internacional\u2026 Que medidas gostaria que fossem tomadas? A.P. \u2013 O apelo ao Tribunal Penal \u00e9 para tratar estas a\u00e7\u00f5es como crimes de guerra, que na realidade s\u00e3o. O nosso Diretor Geral tamb\u00e9m convocou uma reuni\u00e3o de emerg\u00eancia do Conselho de Seguran\u00e7a para criar uma alian\u00e7a da comunidade internacional de prote\u00e7\u00e3o do patrim\u00f3nio. Tamb\u00e9m apel\u00e1mos aos l\u00edderes religiosos e pol\u00edticos para que digam que n\u00e3o h\u00e1 nenhuma justifica\u00e7\u00e3o pol\u00edtica ou religiosa para estes crimes. Por fim, o que se tem de fazer, \u00e9 dizer aos jovens que t\u00eam de se opor a estas destrui\u00e7\u00f5es, porque \u00e9 o futuro deles que est\u00e1 a ser destru\u00eddo.A.S. \u2013 Acha que as pessoas se sentem impotentes perante a barb\u00e1rie do Estado Isl\u00e2mico?A.P. \u2013 N\u00e3o creio que sejamos impotentes a m\u00e9dio e a longo prazo. Estou convencido que com um forte apoio da comunidade internacional, dos membros do Conselho de Seguran\u00e7a, da comunidade acad\u00e9mica, tanto iraquiana como internacional, podemos criar um poder que pode responder adequadamente a m\u00e9dio e longo prazo.A.S. \u2013 Quantos mais locais est\u00e3o em risco imediato e o que est\u00e1 amea\u00e7ado? A.P. \u2013 Nesta regi\u00e3o h\u00e1 milhares de locais. Claro que estamos mais preocupados com os mais emblem\u00e1ticos. Fic\u00e1mos chocados com que se ou em Hatra, que \u00e9 Patrim\u00f3nio Cultural da Humanidade, equivale a um ataque \u00e0s pir\u00e2mides do Egito, ou ao local onde nasceu Buda em Lumbini no Nepal. Portanto isto \u00e9 uma destrui\u00e7\u00e3o muito violenta. Ashur integra a lista do Patrim\u00f3nio Mundial, bem como a cidade arqueol\u00f3gica de Samarra. S\u00e3o s\u00edtios arqueol\u00f3gicos do Iraque, muito importantes.", "dateCreated": "2015-03-09T21:26:19+01:00", "dateModified": "2015-03-09T21:26:19+01:00", "datePublished": "2015-03-09T21:26:19+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F301833%2F1440x810_301833.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Est\u00e1tuas dos s\u00e9culos VII e VIII a.C. foram destru\u00eddas em Mosul, no Iraque, pelo autodenominado Estado isl\u00e2mico no final de fevereiro. Na biblioteca", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F301833%2F432x243_301833.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

UNESCO acusa Estado Islâmico de "razia cultural" e "crime de guerra"

UNESCO acusa Estado Islâmico de "razia cultural" e "crime de guerra"
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Estátuas dos séculos VII e VIII a.C. foram destruídas em Mosul, no Iraque, pelo autodenominado Estado islâmico no final de fevereiro. Na biblioteca

PUBLICIDADE

Estátuas dos séculos VII e VIII a.C. foram destruídas em Mosul, no Iraque, pelo autodenominado Estado islâmico no final de fevereiro. Na biblioteca pública da cidade iraquiana queimaram manuscritos, classificados como raridades pela UNESCO.

Os radicais seguiram depois para Nimroud, no norte do país onde destruíram ruínas e vestígios arqueológicos do império Assírio. A antiga cidade de Hatra, localizada a uma centena de quilómetros de Mossul, resistiu às invasões romanas, mas não ao vandalismo dos extremistas

Este domingo, o alvo foi a zona arqueológica de Dur Sharrukin, (Dur-Sha-Kin) atual cidade de Jorsabad, no norte do Iraque.

Aos poucos radicais do Estado Islâmico estão a dizimar o património mundial da Humanidade e ninguém parece capaz de por fim ao que a UNESCO classifica como um crime de guerra.

Alasdair Sandford, Euronews – Connosco a partir de Beirute está Axel Plathe, diretor da delegação da UNESCO para o Iraque.
O órgão que representa chamou “razia cultural” e “crime de guerra” ao que se está a ar.
Podem fazer alguma coisa para parar isso?

Axel Plathe, UNESCO – Não podemos enviar exércitos para proteger o património nos diferentes locais. No entanto podemos trabalhar com os nossos parceiros, particularmente o Governo do Iraque, para ver se podemos limitar os estragos e eventualmente evitar outros ataques contra património cultural da humanidade. Mas, neste momento é muito difícil operar no terreno. As Nações Unidas não têm ninguém na zona atualmente controlada por grupos terroristas

A.S. – A direção da UNESCO apelou aos líderes religiosos e políticos da região, ao Conselho de Segurança da ONU, ao Tribunal Penal Internacional… Que medidas gostaria que fossem tomadas?

A.P. – O apelo ao Tribunal Penal é para tratar estas ações como crimes de guerra, que na realidade são. O nosso Diretor Geral também convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para criar uma aliança da comunidade internacional de proteção do património. Também apelámos aos líderes religiosos e políticos para que digam que não há nenhuma justificação política ou religiosa para estes crimes.
Por fim, o que se tem de fazer, é dizer aos jovens que têm de se opor a estas destruições, porque é o futuro deles que está a ser destruído.

A.S. – Acha que as pessoas se sentem impotentes perante a barbárie do Estado Islâmico?

A.P. – Não creio que sejamos impotentes a médio e a longo prazo. Estou convencido que com um forte apoio da comunidade internacional, dos membros do Conselho de Segurança, da comunidade académica, tanto iraquiana como internacional, podemos criar um poder que pode responder adequadamente a médio e longo prazo.

A.S. – Quantos mais locais estão em risco imediato e o que está ameaçado?

A.P. – Nesta região há milhares de locais. Claro que estamos mais preocupados com os mais emblemáticos. Ficámos chocados com que se ou em Hatra, que é Património Cultural da Humanidade, equivale a um ataque às pirâmides do Egito, ou ao local onde nasceu Buda em Lumbini no Nepal. Portanto isto é uma destruição muito violenta. Ashur integra a lista do Património Mundial, bem como a cidade arqueológica de Samarra. São sítios arqueológicos do Iraque, muito importantes.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Milhares reúnem-se na região curda do Iraque para celebrar o festival de Nowruz

Presidente do Irão procura cimentar laços no Iraque

Festival de Etnodesportos abre em Istambul com foco na família